domingo, 30 de setembro de 2007

Mais uma "NEGOCIATA" do PSD-M


A política, que deveria ser uma das actividades mais nobres da sociedade, cai na lama, quase todos os dias, e o mais frustrante é que os principais responsáveis por esta imagem tão degradada são os próprios políticos.
Na Madeira, o PSD-M prepara, às escondidas, um enorme insulto aos madeirenses. O PSD vai apresentar uma proposta de lei, na Assembleia Legislativa da Madeira, com o objectivo de aumentar significativamente os dinheiros para os partidos.
Depois do volumoso “JACKPOT” do ano passado, negociado para os partidos enriquecerem, o PSD-M vem agora inventar mais uma aldrabice.
Agarrando-se à sua prepotência de sempre, vão roubar ao erário público mais verbas e impor mais uma nova “negociata” para que os partidos políticos da Região passem a receber ainda mais por cada deputado eleito.
Hoje, os partidos já recebem, por cada deputado eleito, cerca de 86 mil euros anuais. No entanto, os mesmos políticos que estão no poder Regional e tanto lamentam as dificuldades económicas da Madeira preparam-se para aumentar as verbas para os seus cofres partidários, na ordem dos 100 mil euros anuais.
Quero ver depois como é que vão explicar aos madeirenses que não há dinheiro para a saúde; que não há dinheiro para a educação; que não há dinheiro para apoiar os idosos.
Em suma, com que lata é que vão dizer aos madeirenses que o Governo Regional do PSD não tem dinheiro para os diversos apoios de cariz social, quando desviam, pela calada, o dinheiro de todos nós para os caprichos e mordomias dos partidos políticos?
Um escândalo do tamanho do mundo!

sábado, 29 de setembro de 2007

Ser Poeta

O poeta
abre a casa da pedra irreal
para esboçar a areia sem cor

cria o espelho com o linho das palavras
pois só ele conhece a dança da primavera
nos lábios frágeis de uma flauta.

Com a nitidez das notas
ergue as pálpebras
o poeta
contra a arrogância do vento

e não esconde o mito original
de juntar o aroma dos pomares
ao sal de uma lágrima
liberta
pelo esplendor da criação.

Rui Caetano

(Desta vez, deixo aqui uma poesia da minha autoria)

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

VERGONHA hoje na Assembleia Municipal do Funchal

Hoje, houve uma reunião da Assembleia Municipal do Funchal e assistiu-se a uma vergonhosa atitude de alguns autarcas do PSD.
Ora, quando um dos autarcas do PS começou a intervir, da ala onde se encontravam agrupados os representantes do PSD ouviram-se uivos, gritos prolongados e lamentosos de cão, e, pasme-se, alguém começou a ladrar, qual cão de fila. É mesmo verdade! Ladravam como autênticos cães, a tentarem humilhar o autarca do PS que falava.
A falta de respeito atingiu o topo da indecência.
O que estes meninos mimados e domados pelo poder absoluto fizeram foi de uma falta de dignidade atroz. Agiram com uma falta de elevação sem retorno. Foi do mais baixo que já se assistiu.
O mais grave é que não foi a primeira vez, em outras reuniões da Assembleia Municipal, as mesmas cenas já tinham ocorrido.
São por atitudes deste quilate que os cidadãos fogem da política, são por estas razões que os políticos e a política têm a imagem tão degradada.
O sr. presidente da Assembleia Municipal vai assistindo e fazendo de conta que não está a ouvir.
Podem dizer que não se deve informar estas situações, que só servem para prejudicar a imagem da política.
Podem dizer inclusive que são questões menores, mas eu não me importo, estou indignado. Não somos santos, não somos puritanos, no entanto, estas atitudes são de gente sem um mínimo de honradez.
E os cidadãos têm de conhecer os comportamentos desta gente que está na política, mas que ao agir desta forma mostra que não tem educação, nem formação de base, nem berço, nem aceitam os valores da liberdade nem os da democracia. Em suma, não sabem viver numa sociedade plural.

Um aqueduto abandonado na Ribeira Brava


O Governo Regional e as autarquias da Madeira não possuem uma política do Património. Esqueceram-se de preservar a nossa história, desvalorizando as suas reais potencialidades tanto em termos turísticos, como na criação de qualidade de vida para os cidadãos.
Investiram num desenvolvimento apressado e sem planeamento, desqualificando, por isso, a paisagem urbana e rural.
Não nos podemos esquecer de que as artes, a arquitectura, a preservação do ambiente e da paisagem, a recuperação de centros ou núcleos históricos constituem um valor cultural imprescindível para a formação da identidade e do carácter de uma cidade, de uma freguesia ou de uma localidade.


A política cultural das autarquias não se pode limitar a organizar espectáculos musicais e a atribuir subsídios, embora sejam muito importantes, é preciso muito mais.
Uma verdadeira política cultural tem de se ligar às questões do património. O turismo procura na Região o deslumbramento da natureza, a paisagem, o clima e a segurança. O turista procura, nos concelhos que percorre ao longo da ilha, a nossa autenticidade, a originalidade de cada sítio, as nossas características rurais.
Como é evidente, deverão ser as Câmaras as primeiras a defender este património natural e a incentivar a sua preservação.
Um desafio: sejam inovadores e criem uma Sociedade de Desenvolvimento do Património.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Secção do PSD no Maringá? E em Marte?

Estas eleições do PSD transformaram-se numa anedota. Dos ataques pessoais, às irregularidades, passando pelo pagamento de quotas a mortos e agora surge uma secção do PSD em Maringá. Nem me atrevo a classificar o acto eleitoral interno laranja como uma comédia, porque de comédia não tem nada, é mesmo uma anedota daquelas que nos atira ao chão de tanto rir à gargalhada.

Filipe Meneses, candidato à liderança do PSD, afirmou que o Marques Mendes pagou a quota a 200 militantes da cidade do Maringá, uma recôndita cidade do Paraná.
Ora, se o Marques Mendes ganhar estas eleições, o que não fará nas eleições legislativas de 2009. Com esta força toda, vai descobrir eleitores em Marte. O Sócrates que se prepare.

Dia Mundial do Turismo

Hoje comemora-se o Dia Mundial do Turismo! Muito bonito e interessante em termos de promoção do nosso destino turístico.
Mas... e nós, e nós os madeirenses, e nós os que sonhamos, há anos e anos, por um dia pagarmos uma viagem ao continente português a um preço acessível às nossas bolsas. Para quando o dia mundial em que os responsáveis do Governo anunciarão a redução dos preços das passagens aéreas entre a Madeira e o Continente?
E não venham agora acusar apenas o Governo Socialista, este problema vem desde sempre, estiveram no Governo o Cavaco, com maioria absoluta, o Durão Barroso, o Santana Lopes e o Paulo Portas, todos da direita, desde o PSD ao PP, e nada fizeram.

As justificações vinham ornamentadas com conjuntos de frases feitas, traziam muitas flores e alguns bailinhos, todavia, o preço das passagens, em vez de reduzir, ia aumentando, ano após ano, atingindo preços exorbitantes.
Este governo está a dar os primeiros passos nesta matéria, embora esteja a andar demasiado devagar, aliás, até arrisco a dizer que com esta velocidade, apenas os nossos bisnetos é que vão usufruir deste direito de pagar um preço acessível para viajarem ao Continente.
E, por favor, não venham com mais desculpas inócuas. Resolvam o problema e já!

Resultado da Sondagem

A Sondagem que lancei, aqui neste espaço, sobre os Parques Empresariais, terminou. O resultado foi bastante esclarecedor. O empate entre as Câmaras e as Associações de Empresários é curioso, as duas soluções são viáveis não só pelo facto de estarem por dentro das necessidades dos empresários e conhecerem as realidades locais, como pela simples razão de o responsável pela gestão dos Parques não ter conseguido trazer resultados positivos para os Concelhos.
Não há dúvida de que os Parques Empresariais da Região devem sair da alçada da Madeira Parques. Falharam em todos os aspectos.
Pois, se as Câmaras continuam a licenciar empresas fora dos Parques, em alguns casos a uns míseros 500 metros de distância, quer dizer que estão de costas voltadas para a Madeira Parques, quer dizer que não confiam na gestão dessa Empresa, quer dizer que os referidos Parques continuarão vazios, apesar dos milhões gastos.
Perante esta realidade, o governo só tem um caminho: fechar a Empresa Madeira Parques e poupar os milhares de euros de ordenados chorudos que paga aos gestores.

Quase nada



O amor
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz.


Eugénio de Andrade

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Traidores no PS-Madeira!!


Já não é de agora, todavia, nos últimos tempos, a situação ganhou contornos tão evidentes e descarados que é preciso resolver a questão o mais breve possível.
O blogue do Filipe Malheiro, ilustre militante e secretário-geral adjunto do PSD-M, publica informações fidedignas sobre reuniões da Comissão Política do PS-M, relatando, quase ao pormenor, as várias intervenções, dizendo o que um disse e o outro não disse, contando quem entra e quem sai, descrevendo quem se espreguiça e quem boceja e tudo isto pouco tempo depois de terminada a reunião.
Outras vezes, como recebe alguma informação sobre a vida interna do PS-M, primeiro do que os dirigentes do PS, publica as notícias em primeira mão no seu blogue. O caso mais recente é o da demissão de militante do Vereador de Câmara de Lobos, eleito nas listas do PS. Eu, por exemplo, tive essa informação através do referido blogue.
Não sei se existe um traidor no seio do PS, também não sei se existem mercenários nos órgãos do partido que vendem informações, o que sei e todos já se aperceberam é de que alguém trafica informação. O mais interessante é que até sabemos quem é a fonte covarde que, segundo o Filipe Malheiro, ganhou o seu respeito e confiança, face à credibilidade da notícia dada. Cá por mim, resolvia o assunto já.

O que esta fonte traiçoeira, sem coluna vertebral e sem qualquer dignidade se esquece é que quem se transforma em traidor e covarde uma vez, quem vende a alma a cada esquina e a qualquer preço tende a vender-se durante toda a vida. E se tiver oportunidade vende a mãe ao primeiro que aparecer, por isso, será tratado sempre como um traidor em qualquer partido. Curve-se as vezes que se curvar, será tratado sempre como alguém ignóbil e desprezível, até por quem o comprou.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Os mortos já votam no Marques Mendes



Esta guerra interna no PSD está a um nível elevadíssimo. Então não é que acabei de ouvir na televisão um dos candidatos a acusar o outro de ter pago as quotas de dois militantes que já tinham falecido.
Ora, na Madeira, em tempos, os mortos votavam no PSD-M, agora, no Continente, com o Marques Mendes e para o Marques Mendes, os mortos também já votam.

Poesia para um sonho


Confiança

O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...


Miguel Torga

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Ainda os Professores e os Alunos

Quem é que formou e enformou os cidadãos de hoje, desde os mais simples aos mais capazes, passando pelos excelentes e grandes cérebros da economia, das finanças, da cultura e dos políticos que ocupam os diversos sectores e espaços organizativos da nossa sociedade? Foram os professores! Quem é que ensinou estes ilustres a ler e a escrever, a analisar e a reflectir? Foram os professores!
O ensino tem andado ao sabor de vaidades políticas. Num ano, exigem exames nacionais e provas globais, no outro, retiram-nos. Alteram as estruturas dos currículos sem ouvirem os professores, aumentam os conteúdos das disciplinas sem ajustar a carga horária; facilitam as transições de ano lectivo e inventam interrupções lectivas.
E os professores?! Adaptam-se a esta instabilidade, ano após ano, política após política, obrigados a cumprir os extensos programas!
Hoje, as funções docentes não se limitam a trabalhar os conteúdos das disciplinas, também prescrevem aos professores as tarefas de educarem para: a sexualidade, questões ambientais, primeiros socorros, alimentação saudável, segurança rodoviária, respeito e valorização dos idosos.
Gerem conflitos, ajudam a solucionar os imensos casos de alcoolismo, drogas, roubos e agressões entre os alunos. Transformam-nos ainda em pais, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais... e, por vezes, são alvos das raivas, insolências e violência dos alunos.

domingo, 23 de setembro de 2007

Ser Professor Hoje

Amanhã inicia-se, na Região, o ano lectivo. A azáfama recomeça, os alunos vão à procura de um sonho, enquanto os professores tentarão fazer o seu melhor.
Esta profissão atravessa, talvez, o seu pior período, sendo o problema do desemprego o mais grave e o mais difícil de resolver.
Os professores representam um dos pilares fundamentais de uma sociedade desenvolvida, fazendo parte de um dos sectores mais decisivos para a construção do futuro.

A escola não se limita a transmitir conhecimentos, pois os professores assumem o papel de educadores e formadores, ajudam os alunos a adquirir, a organizar e a gerir o saber, ao mesmo tempo que lhes transmitem valores de cidadania e responsabilidade, garantindo a formação integral dos homens e mulheres da sociedade.
A Educação precisa de uma reforma séria e o primeiro lance até poderá incidir na área dos professores, porque nem tudo corre bem no reino da docência, todavia, o sucesso das novas medidas depende da capacidade do governo em motivar, mobilizar e melhorar o potencial dos professores.

sábado, 22 de setembro de 2007

Poesias que nos ensinam


O Dia

Passa o dia contigo
Não deixes que te desviem
Um poema emerge tão jovem tão amigo
Que nem sabes desde quando em ti vivia.


Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A intolerável realidade do nosso futebol


As contas do nosso futebol.
Apresento as contas de um clube madeirense que se encontra a disputar o Campeonato Nacional de Futebol, na II Divisão, Série B, o Clube Desportivo da Ribeira Brava. Não expresso, para já, qualquer comentário. Analisem estas contas recolhidas do seu relatório de contas de 2006.
Subsídios recebidos pelo Clube:
Dos cofres da Câmara Municipal: 240.736,25 €
Por via do IDRAM recebem mais: 381.395,22 €
Do governo regional mais: 28.512,23 €

Receitas
O Clube arrecadou, no ano inteiro, em venda de bilhetes, 908 €, menos do que no ano anterior que foi de 1.415,00 €. Os sócios pagaram 3.749,56 € de quotas, também inferior ao ano transacto que foi de 5.617,50 €.

Despesa total
Durante o ano de 2006, o relatório do clube apresenta uma despesa total de 650.310,71 €.

Dívidas à banca
O clube pagou, durante o ano de 2006, a quantia de 23.327,62 € apenas para pagar juros da dívida. Tendo entregue também à banca 227.426,72 € com o objectivo de amortizar a dívida que ainda se situa nos 252.520,18 €. É curiosa a forma como alguns dos custos são indicados no relatório, vejamos: apresenta custos com pessoal de 350.172,54 €. Mais à frente, indica a verba de 98.402,66 € de ordenados de jogadores. E depois volta a apresentar uma outra verba de 170.850,00 €, referente ao pagamento de honorários.

Poesias

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo no chão, apodrecidos.

Eugénio de Andrade


Temos de olhar para o que acontece a nosso redor!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Parque Urbano de São Vicente


Na Vila de São Vicente foi inaugurado, em Setembro de 2004, pelo Governo Regional, um empreendimento, da responsabilidade da Sociedade de Desenvolvimento do Norte da Madeira, chamado Parque Urbano.
Gastaram milhares de euros para edificarem um conjunto de contentores de cimento para lojas comerciais, mas, porque não fizeram qualquer estudo de necessidades, nem se preocuparam em planear o investimento de modo que tivesse viabilidade económica, o projecto resultou num fracasso.
Passados apenas dois anos da sua conclusão, houve a necessidade de remodelar todo o projecto tornando-o num espaço mais homogéneo e funcional. Levaram dois anos a perceber que o brutal investimento na infra-estrutura pública tinha falhado na captação de investimento privado.
Estamos na presença de outro exemplo de vergonhosos desperdícios dos dinheiros públicos. E foram os próprios autarcas do PSD-M que afirmaram que o projecto não tinha sido feliz e, por isso, as mudanças seriam necessárias.
Isto é, mais gastos do erário público para recuperar mais uma obra mal concebida pelos senhores do poder laranja.

Políticas Intermunicipais

Nos tempos modernos, o poder local já não pode ser visto como um bairro fechado dentro de si mesmo. Hoje, exige-se uma outra visão estratégica. Considero primordial o relançamento de um debate que promova políticas de parceria intermunicipal. Há problemas que são comuns a todos os Concelhos, por isso, a intervenção conjunta dos diversos municípios obterá melhores resultados e efeitos mais práticos.
As cidades e/ou os concelhos madeirenses deveriam funcionar, em muitos aspectos, como uma área metropolitana. As Câmaras devem rentabilizar os recursos públicos, apostar na convergência de meios e de apoios a vários níveis, definindo, deste modo, uma política de desenvolvimento sustentável que garanta a qualidade de vida dos cidadãos.
Nesta perspectiva, há um conjunto de medidas estruturantes, como os transportes públicos, as actividades culturais, a educação e outras mais, que deveriam ser planeadas em conjunto.

Aquilino Ribeiro


Ontem foram transladados os restos mortais do escritor Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional, em Lisboa. Considero este acto simbólico como uma forma de homenagear um dos grandes vultos da literatura portuguesa. Aquilino nasceu a 13 de Setembro de 1885, no Carregal e faleceu em 1963.
Das mais de 70 obras escritas, relembro as mais conhecidas: A Casa Grande de Romarigães; O Malhadinhas e Quando os Lobos Uivam.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

José António Chaves um homem das letras com qualidade



O meu amigo e colega de mestrado, José António Chaves, foi o vencedor do conhecido Prémio Literário Vergílio Ferreira 2007, vertente ensaio. O seu trabalho tem como título As Vozes das Mulheres - uma escrita acerca das mulheres e das viagens interiores de Maria Ondina Braga.

Não é a primeira vez que o Chaves ganha um concurso literário, pois, há pouco tempo, ganhou um prémio promovido pela FENPROF, quando apresentou um estudo sobre a poesia de Miguel Torga.

Para o Chaves um grande abraço e muitos parabéns.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O Capricho da Marina do Lugar de Baixo





A marina do Lugar de Baixo, na Ponta do Sol, foi um erro estratégico gravíssimo. A localização desta marina nasceu do capricho de um presidente de Câmara do PSD-M que, neste momento, está preso, por diversos crimes cometidos enquanto autarca.
Os técnicos falharam nos estudos efectuados, se é que fizeram alguns, mas a sabedoria do povo sempre avisou que, naquela zona, havia demasiadas levadias fortíssimas. A realidade é que temos assistido, ao longo destes anos, à destruição das muralhas da marina pela violência do mar.
Além do problema do mar, havia o perigo das escarpas. Quedas de terras e pedras tornaram a marina intransitável. Foram forçados a encerrá-la. Esta marina é mais um exemplo dos desperdícios deste Governo Regional.
A marina custou 36 milhões de euros, mas como as muralhas têm sido destruídas pelo mar, vão construir outro enrocamento a 50 metros do actual molhe, tentando evitar os galgamentos sobre o pontão que irá custar outros milhões de euros.
Agora, expropriados os terrenos, vão iniciar as necessárias obras de estabilização da escarpa sobranceira à marina, uma estabilização do talude sobranceiro no montante de 8 milhões de euros para evitar as constantes derrocadas.

As declarações do treinador do Nacional


O meu Nacional perdeu em Guimarães, não merecia, houve diversos erros da arbitragem, alguns demasiado graves, suficientes para influenciar o resultado. Mas erros de arbitragem já aconteceram imensos a tantas outras equipas.

Mas ao ouvir as declarações, no final do jogo, do treinador do Nacional, o mundo do Futebol ficou aturdido. O seu comentário ao jogo foi grande e profundo. Disse que vivia há 15 anos na Madeira e a cada dia que passava gostava mais de Alberto João Jardim.
O sr. Jokanovic esquece-se de que o Nacional ainda não ganhou esta temporada e em vez de, em desespero, procurar ajuda para não ser despedido, socorrendo-se do AJJ, é melhor se justificar ao seu presidente do clube e apresentar as razãos pelas quais o seu clube não ganha. Naturalmente que o dr. AJJ não quer que saia do Nacional, pois o sr. presidente do Governo é do Marítimo.
Espero que continue a viver na Madeira por muitos e muitos anos, como afirmou, mas, por favor, a treinar o Nacional não. Vai me desculpar, mas para o Nacional voar aos patamares que desejamos vai ter de encontrar um outro treinador. Veja-se o exemplo do Marítimo. Um bom treinador é fundamental.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

As fragilidades do PSD-M

O PSD-M reuniu o seu Conselho Regional e as reacções de alguns ilustres militantes surgem com o objectivo de esconderem as lutas internas que já deflagraram na praça pública.
Os exemplos são vários: a começar pelos avanços e recuos do seu presidente que, em tempos, falou numa redução da Comissão Política para 12 ou 14 elementos, mas, devido às guerrinhas e aos jogos de poder interno, foi obrigado a ceder aos delfins e então lá ficou pelos 24 elementos.
Tem piada ouvir alguns dos ilustres homens de laranja a dizerem que ninguém tem competência para falar destas questões, porque são questões internas. Pois, pois e quando são eles a se meterem nos assuntos dos outros partidos?
Gritam bem alto que o PSD-M está unido e que não tem fragilidades internas nem divisões de qualquer nível, em suma, no reino laranja, estão todos em paz e tudo é perfeito.
Ora, quem ouve estas declarações fica atónito. Estas pessoas esquecem-se de que os madeirenses não são cegos e vêem muito bem. Então, e as guerras entre o dr. Miguel Albuquerque e o dr. Cunha e Silva? Não são ambos ilustres dirigentes do PSD-M? Foi ou não foi o vice-presidente do Governo Regional, dr. Cunha e Silva, que falou de suspeitas de negociatas na CMF? Chamam unidade a isto? Esta é a paz do PSD?
E o caso do Prof. Vergílio Pereira? Expulsaram um histórico do PSD-M dos órgãos internos só porque teve a ousadia de manifestar um pensamento diferente dos seguidistas do aparelho laranja.
Todos sabemos que o PSD-M está em guerra valente na luta pelo poder interno. Os próximos capítulos prometem, vamos assistir!

domingo, 16 de setembro de 2007

O problema do Jornal da Madeira

O Jornal da Madeira existe na Região há quase 80 anos, reconheço que é importante respeitar a sua história e o papel que tem tido no jornalismo regional.
O problema do JM não está nos seus profissionais, nem na qualidade do seu trabalho. Os profissonais que exercem a sua profissão neste meio de comunicação social são homens e mulheres respeitáveis que se dedicam à sua carreira jornalística, mas também porque necessitam de sustentar a sua família. Durante esta discussão, relacionada com a sustentabilidade do JM, ninguém poderá descurar este ângulo do assunto.
Ora, a grande controvérsia do JM não está nos seus profissionais, mas sim na sua linha editorial imposta pelo PSD-M. O Jornal da Madeira assume uma linha editorial de pensamento único, recusando o contraditório. Os artigos de opinião são todos, sem excepção, a favor do poder laranja. Apesar da qualidade de alguns deles, que leio e aprecio, não existe um único escriba com um pensamento diferente das linhas orientadoras do poder instalado. Ali, não pode haver pluralismo ideológico, a única versão é a do sistema do partido do Governo. Na maior parte das vezes, o JM parece um panfleto partidário do PSD-M e é esta imagem comprometida que destrói a credibilidade do jornal e coloca em perigo os postos de trabalho.
Perante este rumo do Governo e do PSD-M, naturalmente que os jornalistas e os outros profissionais, se não quiserem perder o emprego, têm de seguir as ordens sem contestação, adoptando, por isso, um comportamento de auto-sensura. Embora violem o seu próprio código deontológico, esta é uma realidade irrevogável, enquanto o poder regional não aceitar o pluralismo das ideias.
É urgente resolver este problema do JM, sem se esquecerem da vertente humana.
Quanto a gastos e a título de exemplo, em 2005, segundo um relatório do Tribunal de Contas, o Governo Regional concedeu mais de 4,6 milhões de euros ao JM, sob a forma de suprimentos e compra de publicidade.
Hoje, o Jornal da Madeira recebe do GR 7500 € por dia. Isso mesmo, 7500 € por dia!

Poesia para a vida


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.


Ricardo Reis


Este é o meu lema de vida!

sábado, 15 de setembro de 2007

Mais autonomia para as Câmaras


As Câmaras têm uma relação de subserviência com o poder regional e com as Sociedades de Desenvolvimento. O modelo de governação imposto pelo Presidente do Governo é centralizador e penalizador para os municípios. Em qualquer altura do mandato, o Governo Regional decide, por um lado, alterar os contratos-programa sem cumprir o inicialmente acordado, por outro, sem planeamento estratégico, retira apoios e promessas financeiras e os municípios calam-se. As Câmaras são condicionadas a não exigirem nada ao Governo: escutam em silêncio, fazem a vénia e auto-amordaçam-se.
As Câmaras da Madeira vivem demasiado dependentes da vontade das Sociedades de Desenvolvimento, foram entregues às suas mãos, reduzindo o poder de decisão dos órgãos eleitos pelo povo. Os municípios perderam a sua autonomia nas decisões estruturantes para os concelhos, contudo, mantêm-se calados e serenos.

As Câmaras têm de reconquistar o seu poder local, não podem continuar debaixo da alçada das Sociedades de Desenvolvimento. Exige-se mais autonomia para as Câmaras da Região.

Perda de mandato

O Juiz do Tribunal administrativo e Fiscal do Funchal considerou improcedente o processo da minha perda de mandato do cargo de vereador. Não havia qualquer fundamento legal que me levasse a perder o mandato.
Há meses atrás, tomei conhecimento pela comunicação social de que iria perder o mandato de vereador por não ter entregue, dentro dos prazos, uma declaração de património. Como este prazo implica consequências drástica apenas quando o vereador é notificado pelo Tribunal Administrativo, fiquei surpreendido pela simples razão de nunca ter sido notificado. Assim, a minha declaração de património fora entregue por mim dentro dos prazos legais, isto é, antes de ter sido notificado.
A notificação fora enviada, mas para a Câmara da Ribeira Brava, como se pode provar através do aviso de recepção, assinado pela funcionária, mas extraviaram essa notificação.
A funcionária, inicialmente, reconhecera que não se lembrava dessa notificação, afirmava que não tinha a mínima ideia de a ter entregue nem do que poderia ter acontecido, era uma época de Natal, com muita correspondência, e é possível que se tenha perdido entre os postais natalícos. No entanto, pouco tempo antes de se apresentar ao juiz, a funcionária informou-me de que tinha recebido pressões e ameaças, de dentro da Câmara, no sentido de confirmar ao juiz que me tinha entregue a correspondência do tribunal, fazendo todos os possíveis para que eu perdesse o mandato.
E ainda tentou, todavia, ao ouvir as partes envolvidas e as testemunhas, o juiz percebeu logo que havia demasiadas contradições e que a Câmara não poderia provar que me tinha entregue a notificação, porque, na verdade, não o fizera.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O Governo Regional não sabe o que quer com o estádio do Marítimo


O estádio do Marítimo! O grande projecto megalómano defendido com unhas,dentes e alma pelo Presidente do Governo e pelos senhores do PSD. Prometeram e garantiram. A oposição discordava da ideia de um Estádio novo, alegando que, perante a nossa realidade, dificuldades económicas e carências em diversos sectores da nossa sociedade madeirense, bastava recuperar o actual Estádio dos Barreiros, evitando-se gastar milhões de euros num novo Estádio.
Mas não, os grandes pensadores políticos do PSD é que mandavam e quem tinha o poder de decidir eram os governantes, os autocráticos eram donos do poder de decisão, por isso, toca a avançar com um Estádio exemplar, o melhor da Europa, aliás o melhor do mundo. Aquelas cabeças inteligentes só sabiam abrir a boca a proferir adjectivos sobre o Estádio que nem as crianças queriam acreditar. Então, decidiram escolher o local, iniciaram as expropriações, lançaram projectos e mais projectos, com apresentações pomposas, lindas e vistosas.Para quê?
A oposição lutava, argumentava com a falta de dinheiro, indignava-se com a irresponsabilidade de se tornar a desperdiçar os dinheiros públicos, todavia, o PSD ganhou as eleições e agarrou-se, como sempre, à prepotência, cantando em todas as esquinas da Região que o Novo Estádio do Marítimo seria uma realidade e que haveria milhões e milhões de euros para o construir. Dinheiro não seria problema, diziam os homens fortes do PSD-M, pois, a rentabilidade estava garantida!
Em relação aos partidos da oposição, principalmente o PS-M, diziam que não sabíamos o que dizíamos, que só sabíamos destruir, que não tínhamos ideias e que a melhor solução para a Madeira e para o desporto regional seria construir um novo estádio, o da Praia Formosa.
Hoje, passado tão pouco tempo, após a vitória nas eleições, depois de escolherem o local, depois de solicitarem e pagarem uns bons milhares por um projecto, depois de iniciarem expropriações, eis que, vêm recuar e dar razão a toda a oposição. Enganaram uma vez mais a população.
Afinal, o dinheirinho não dá para o Estádio novo, há outras prioridades,como sempre dissera o PS. Mais uma vez, o PSD demonstra que não tem uma ideia clara, fundamentada e estruturada para a Região. O PSD-M trata do futuro da Madeira em cima dos joelhos de interesses e de caprichos de alguns que conhecemos bem. Vão agora retornar aos Barreiros! Já iniciaram os grandes louvores à ideia do recuo, assim sim, quanto ao dinheiro já gasto não importa, é do erário público,que se dane,depois logo se vê.
A irresponsabilidade deste Governo Regional não se encontra no recuo do que disseram e fizeram, considero essa atitude positiva, concordo plenamente que recuperem o Estádio dos Barreiros, o problema reside no facto de persistirem na ideia megalómana, sem sentido, de gastar milhões num Estádio novo. Pois essa casmurrice fez com que o erário público gastasse alguns milhares para nada. Desperdiçaram, esbanjaram e sabe-se lá que mais.
Não obstante, tanto o PS, como o senhor vice-presidente, Cunha e Silva, estaremos atentos ao que os especialistas da Câmara Municipal do Funchal irão fazer aos terrenos expropriados da Praia Formosa e às novidades que vão nascer agora também na zona dos Barreiros.
Cuidado com as negociatas!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O abuso dos pendões





















Estes pendões ainda estão dependurados em muitos postes espalhados por vários Concelhos. Parece que se trata de um esquecimento, fazem com que esta permanência de pendões, abusiva, lesiva ao ambiente, seja fruto de um lapso de quem retira estas coisas. E são capazes de desvalorizar quem questiona, no entanto, a verdade é que retiram os de todos os outros partidos menos os do PSD.
Não, meus caros, os pendões estão ali afixados porque fazem parte de uma estratégia política. Não foram recolhidos nem serão, apenas devem ser substituídos pelos outros pendões do próximo ano. Os senhores do PSD-M não querem que o povo se esqueça das cores do partido nem retirem da vista, por um instante que seja, a setinha que indica o caminho do céu.
Mas aguardem porque, no próximo ano, hei-de propor à direcção do PS que anuncie através de pendões a nossa Festa da Liberdade com o símbolo Socialista bem visível. Veremos depois o que farão aos nossos, se vão ficar o ano inteiro dependurados como os do PSD. Apesar do PSD-M levar estas estratégias a sério, o que vou propor a sério e é quase certo que o faremos mesmo, será, todavia, uma imitação política engraçada, pois, digo, e bem, que é engraçado porque só podemos lidar com estas coisas menores com um largo sorriso nos lábios.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Complexo Desportivo da Madeira (II)



Nesta mesma visita ao Complexo Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava, encaminhei-me para o parque de estacionamento e qual o meu espanto quando verifico que uma parte do referido parque está vedada com uma fita vermelha, porque do tecto corre uma quantidade de água considerável. Para uma obra inaugurada há tão poucos dias, o responsável pelo empreendimento não fica bem na fotografia. Será que estamos perante um problema provocado pela pressa em concluir os trabalhos ou é um sinal de péssima qualidade de construção?


Não sei a resposta, o que sei é o que vi. E vi água a cair, em grande quantidade, a inundar o parque de estacionamento.



Por cima do parque, a lagoa, que brilhava e encantava durante a inauguração, está já vazia e dentro dela e à volta havia uma azáfama de trabalhadores a colocarem um isolamento no fundo.
Este contratempo não coloca em causa o todo. Esperemos, no entanto, que estes percalços fiquem por aqui e que amanhã não surjam outros e depois de amanhã mais outros problemazinhos que somados contabilizarão um enorme problema.

Complexo Desportivo da Madeira (I)



Visitei o novo Complexo Desportivo da Madeira inaugurado há poucos dias e fiquei bem impressionado com a beleza de toda aquela infra-estrutura. Reconheço que a nível paisagístico está enquadrado de um modo quase exemplar, os recintos apresentam à vista grande qualidade e mostram-se apeteciveis à prática desportiva. Apesar de alguns pormenores pouco conseguidos, no geral, a obra tem um nível elevado. Arrisco-me a dizer, todavia, que esta qualidade não é suficiente para garantir o sucesso. Há uma questão que, para mim, se torna fundamental para garantir o futuro, a rentabilidade. Sinceramente, apesar da qualidade, não acredito que a Sociedade de Desenvolvimento da Ponta Oeste tenha capacidade de gestão para rentabilizar economicamente aquele empreendimento. A medida do utilizador/pagador tem lógica e é, em parte, justa, mas não nos podemos esquecer dos que não têm capacidade financeira para utilizar o recinto. Em suma, cá estaremos para ver.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Serviços de cocktail na Sala Vip dos Barreiros




Os madeirenses têm de conhecer algumas das despesas vergonhosas realizadas pela Câmara Municipal do Funchal com o objectivo único de satisfazer os caprichos dos senhores do PSD-M. Será que os munícipes concordam com estes desperdícios? Será eticamente aceitável autorizar estas despesas com os dinheiros do erário público? E o dr. Miguel Albuquerque assina estas requisições?

O relatório da auditoria escreve na pág. 139 o seguinte: "Aquisição de serviços para recepção de dirigentes desportivos .... no montante de 20.642,11 €, todas adjudicadas à empresa Solução, Lda."

E os acontecimentos desportivos onde se gastaram estes milhares de euros, entre 2002 e 2004, foram: "Almoço na Sala VIP do Estádio dos Barreiros; Madeira de honra para 40 pessoas ao Clube Sport Marítimo, no âmbito do seu apuramento para a Taça UEFA; Serviço de Almoço para 38 pessoas (recepção ao S.L.Benfica); 36 serviços de cocktail na sala VIP do Estádio dos Barreiros por ocasião de jogos de futebol; serviço de cocktail... por ocasião da subida de divisão do C.D. Nacional; serviço de cocktail ... por ocasião da subida de divisão do C.F. União".

Reunião extraordinária da Assembleia Municipal

É hoje que os deputados municipais vão debater a auditoria à CMF. Espero bem que os do PSD apareçam. Compareçam e justifiquem as enormidades detectadas pela auditoria. Não tenham vergonha nem medo de tentar contradizer as desconfianças do Vice-Presidente do Governo Regional Cunha e Silva.
Pois, bem vistas as coisas, o principal responsável por toda esta situação embaraçosa, a entidade que despoletou esta polémica e falou de negociatas e ilegalidades na CMF foi o Vice-Presidente Cunha e Silva. Naturalmente que ele sabia muito bem o que estava a dizer, tanto sabia que o relatório da auditoria veio provar que havia mesmo negociatas na CMF.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Taxas de natalidade




Filipe Malheiro, em artigo de opinião, volta reflectir sobre o problema do envelhecimento da população. É uma temática deveras importante que necessita urgentemente de uma outra visão política por parte dos nossos governantes. Portugal, e a Europa, precisa de políticas mais agressivas com o objectivo de incentivar as famílias a aumentarem as taxas de natalidade. O problema da natalidade em portugal é muito preocupante. Segundo os dados estatíticos, já se contam três anos consecutivos em que a queda das taxas de natalidade continuam a descer. Esta tendência, que não é apenas portuguesa, traz consequências graves a todos os níveis da sociedade, sendo a mais visível o rejuvenescimento e a substituição das nossas gerações, acentuando o envelhecimento da população. O governo socialista de Sócrates já iniciou um caminho positivo nesta matéria, lançando um conjunto de incentivos. Não obstante, tendo em conta a gravidade da situação, considero que as medidas tomadas ainda não são suficientes. É preciso muito mais.


Mas o governo regional do PSD também nada faz neste campo. Limita-se a assistir e a criticar o governo socialista, em vez de lançar medidas de apoio concretas às famílias madeirenses. Têm poder para isso, têm meios, falta-lhes todavia a vontade política. O PSD-M escolhe o mais fácil: sacode para o chão as suas responsabilidades e não assume, como devia, o seu papel de governar com seriedade.


O Filipe Malheiro fez um estudo aprofundado do problema, conhece a realidade, é um político com visão política e como é o homem da máquina do PSD-M, talvez o único, que não tem medo de dizer o que pensa, mesmo que atinja as suas cores políticas, talvez fosse pertinente tentar influenciar o seu partido do governo a avançar com medidas concretas em prol das famílias madeirenses. (Aliás, Filipe Malheiro será o único homem do PSD-M que assumirá até ao fim uma fidelidade inquebrável com o seu presidente AJJ, mais ninguém).

domingo, 9 de setembro de 2007

Um romance a não perder

Ver : Amor. Esta obra fabulosa, envolvente, narra a história de um menino de nove anos, o Momik, filho de uma família judia que se salvara do Holocausto nazi.
Momik ia ouvindo, às escondidas, os familiares a falarem do Holocausto e não conseguia perceber o sentido daquilo tudo. Mas com a inesperada chegada do tio-avô, desaparecido desde a segunda guerra, antigo escritor, doente e fortemente traumatizado, o rapaz passa a escutar os seus monólogos com atenção e vai juntando, aos poucos, as partes da cruel história nazi.
Dividido em quatro partes, o romance vai-nos surpreendendo a cada página. Atrai a originalidade de nos confrontarmos com a visão de uma criança sobre os horrores da guerra. Através das histórias do seu tio-avô, Momik envolve-se de uma forma profunda nas réstias de humanidade que ainda conseguem nascer em cada monstruosidade praticada pelo nazismo. É um livro diferente, pois apesar de contar a morte, realça a força da vida.
Grossman, nascido em jerusalém, com o seu Ver: Amor recusa a fórmula do castigo daquela violênca atroz que se encravara nas memórias dos povos, mostra outro caminho: o do amor.

sábado, 8 de setembro de 2007

Parque Empresarial da Cancela


Um bom exemplo

O caso do Dr. Ricardo Vieira

Sempre considerei o Dr. Ricardo Vieira um homem sério e um bom político. Conheci o Dr. Ricardo Vieira na Universidade Católica, não foi meu professor, mas sempre ouvi muitas referências positivas dos meus colegas acerca das suas aulas, salvo erro, sobre questões de ética. Desde há muitos anos, ainda eu não andava nestas aventuras de cariz político e já apreciava a sua luta contra o poder absoluto do PSD. Embora o seu discurso não se enquadrasse na minha visão de sociedade, via-o como um homem vertical nas suas ideias e era mais um rosto fora do aparelho do partido que governava a defender a causa pública.
Hoje, estou decepcionado. Pensava que, pela sua formação académica e religiosa, tivesse outra postura neste caso particular do Hotel CS. Sinceramente, não esperava esta posição estranha e duvidosa. Cala-se porque é o advogado da polémica. Incrível. Para o Dr. Ricardo Vieira não perder definitivamente a sua credibilidade política só tem um caminho: demitir-se de vereador da CMF.

Parque Empresarial de Santana






Visitei esta manhã o parque empresarial de Santana e o seu estado é igual a tantos outros. Vazio. Não me preocupa tanto a realidade de ainda se encontrar naquele estado desolador, entregue ao abandono, revolta-me sim o simples facto de perceber que os senhores gestores daquelas infra-estruturas não têm soluções para resolver o problema.
São estes exemplos que nos levam a desconfiar de que o interesse residiu apenas na construção, isto é, dar lucro a quem construiu e a quem comprou e vendeu os terrenos. Será?

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Como reservar um estacionamento


Na Ribeira Brava é assim. E não é brincadeira, é mesmo verdade.
O caos a que chegou os estacionamentos na Ribeira Brava tem colocado os munícipes em alvoroço. Ora, os ribeirabravenses que possuem cartão de morador têm apenas um simples cartão pago na Câmara, porque um lugar para estacionar, isso já não têm. A falta de fiscalização tem permitido que estes lugares reservados sejam frequentemente ocupados por automóveis sem a respectiva licença de morador. A Câmara já foi informada, várias vezes, inclusive foram apresentadas algumas propostas, mas nada se fez.
A solução tem sido reservar o lugarzinho com o que tiverem à mão, como documenta a foto tirada esta semana.

Quem deve salvar os Parques?


Por que razão não se acaba com a Empresa Madeira Parques? Não serve para nada. Porque não entregam a gestão desses parques empresariais às Câmaras Municipais? Elas sim conhecedoras da realidade e poderão gerir o ordenamento consoante as necessidades e as possibilidades dos empresários. Porque não cedem a gestão dos parques empresariais às associações de empresários?

Não confiam nos presidentes de Câmara? Não confiam nos empresários? Ou apenas querem manipular, controlar... não me digam que é preciso tirar o chapéu ao senhorio MPE, antes de entrar no Parque!!

Ainda os Parques

A Madeira Parques Empresariais falhou. A estratégia não resultou.

A MPE age como se quisesse controlar o tecido empresarial dos Concelhos, atirando para canto os presidentes de Câmara. Quer assumir-se como um grande patrão, monopolista, que domina os parques empresariais e dita as leis para a instalação de empresas nos referidos parques, controlando-as e exigindo vassalagem por parte das empresas.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Fissuras e queda de terras no Parque das Ginjas



Já sabemos que não há perigo. Os técnicos já deliberaram, estejam todos descansados. Estas fissuras são normalíssimas, aliás representam o estado da MPE. Estão a quebrar e assobiam para o alto.
Os parques empresariais estão vazios e neste parque das Ginjas, a única empresa instalada confronta-se com esta linda fissura, muito artística.
E se, por mero acaso, a muralha ceder e cair, a culpa será, sem qualquer dúvida, da intempérie.
Inclusive, o relatório já está prontinho, guardado na gaveta e assinado pelos técnicos.
Foto DN

A "anedota" do Hotel CS é uma NEGOCIATA ?

Uma vergonha o que a CMF está a fazer aos munícipes. Não me digam que estão a proteger o erário público.

Só queria saber: que interesses estão a ser defendidos? Quem está a lucrar com tudo isto? Será que perante as evidências apresentadas pelo vereador Luís Vilhena ainda existem dúvidas do que está por trás desta "anedota" chamada HOTEL CS?

Haja decência! O vice-presidente do Governo afinal parece que sabia o que estava a dizer em tempos.

Parabéns ao arquitecto Luís Vilhena, vereador do PS-M, pelo excelente trabalho de fundamentação deste novo negócio da CMF. Mais uma prova evidente.

E o Ministério Público? Quantos exemplos mais serão necessários? Digam que é para sabermos quantos faltam. Somos pacientes, não desistiremos. Qual é o próximo?

Gestão dos Parques Empresariais

Pode parecer a repetição do assunto parques empresariais, mas não é. O que se trata agora é de reagir à inércia, à incompetência e ao marasmo da MPE.
Os Parques Empresariais estão vazios. A gestão destes parques empresariais falhou. Demonstraram incompetência na gestão dos recursos públicos.Os erros já vêm de início, pois não efectuaram estudos de viabilidade económica sustentados. Os investimentos foram feitos sem ter em conta a viabilidade económica das infra-estruturas, como aliás é exigido a qualquer empresa.
Construíram os parques sem atenderam às necessidades do mercado. Esqueceram-se de estudar a realidade dos concelhos, não tiveram em conta as necessidades locais em termos de indústrias. Não contactaram as realidades, desprezaram as opiniões e as intervenções das Câmaras, não tiveram em conta a operacionalidade dos parques, a localização e o dimensionamento. Em termos de gestão, foi um fracasso que levaria qualquer empresa à falência. Contudo, na Madeira, ninguém assume as responsabilidades por este autêntico falhanço e desperdício dos dinheiros públicos.

Retomar de actividade

Finalmente, a partir de hoje, este blogue vai reiniciar a sua actividade.