sábado, 30 de abril de 2011

PS propõe referendo sobre aterro - Escolha deverá ser entre cais junto ao aterro ou ampliação da pontinha

O Partido Socialista pretende que a Câmara do Funchal organize um referendo municipal sobre o futuro do aterro colocado junto ao cais da cidade, dando a possibilidade de a população escolher entre as duas soluções que estão em cima da mesa: a proposta do Governo Regional para a construção de um cais e outras alterações de fundo de toda a frente mar; ou a proposta da própria autarquia funchalense que defende o prolongamento do Molhe da Pontinha em 400 metros.

Esta proposta foi entregue pelo vereador Rui Caetano na última reunião camarária, realizada na passada quinta-feira. No entanto, a respectiva votação só acontecerá numa próxima reunião.
"A frente mar da cidade do Funchal é um bem intransmissível e inegociável, por isso defendemos que os funchalenses deverão ser chamados a participar de um modo activo e empenhado, manifestando a sua opinião de um modo objectivo, antes da decisão final dos governantes sobre o projecto", justificou o autarca socialista.
Governo não inspira confiança
Rui Caetano chama à atenção que está em causa o futuro estratégico da cidade e dá a entender que não é possível confiar no processo que está a ser conduzido pelo executivo madeirense.

"O processo de discussão pública que decorre não traz qualquer hipótese de alternativas. O que o Governo pretende é cumprir o requisito legal e pede sugestões para o seu projecto", aponta o mesmo autarca. Em alternativa, o representante socialista prefere realizar um referendo, com "debate alargado, confronto de propostas e ideias consistentes, o envolvimento dos funchalenses na discussão, com sessões de esclarecimento e depois chamá-los a participar na decisão entre as duas propostas existentes".
A terminar, Rui Caetano recorda que "o Governo Regional não tem demonstrado, ao longo dos anos, exemplos que garantam a fiabilidade do seu projecto", em termos de segurança das pessoas e de viabilidade económica. A este respeito, aponta o caso da marina do Lugar de Baixo.

In DIÁRIO

domingo, 24 de abril de 2011

Pilar de Saramago - Pilar fala do escritor e do homem da crise e da Madeira. E ensina a ler Saramago



Entrevistada por Sandra Cardoso



Saramago, a Madeira e as Canárias. A crise económica portuguesa, que afinal "resulta de uma crise moral do Mundo". O papel do cidadão. O DIÁRIO à conversa com a mulher do Nobel da Literatura português, menos de um ano depois da sua morte.
A mulher que tornou José Saramago "mais acessível, mais aberto, capaz de derramar os sentimentos e de abandonar a sua habitual atitude de defesa". A descrição é de Violante Matos, a filha do escritor, sobre Pilar del Rio, a jornalista espanhola que partilhou com o escritor os últimos 24 anos e quatro dias de vida. Foi sua companheira, tradutora da obra para castelhano, secretária e militante nas convicções. Sempre sem deixar de parte o jornalismo, mesmo quando refugiados na inóspita ilha espanhola de Lanzarote. Nem os mais de 20 anos de idade que os separavam foi impeditivo para um história de amor imortalizada no documentário José & Pilar, de Miguel Gonçalves Mendes.
(...)
Activistas da liberdade?


Sim, mas não como entendem os neoliberais Da igualdade e da fraternidade, porque uma sem a outra são coxas. São valores fundamentais, mas falar deles nos dias de hoje é invulgar e pode parecer patético. Os neoliberais falam muito de liberdade, mas da liberdade deles próprios não a de quem trabalha para eles, não da liberdade de outros povos, de outras zonas do Mundo onde há escravos, porque isso traz-lhes benefícios e graças a isso podem viver uma vida esplêndida. Não se pode falar da liberdade, sem igualdade e fraternidade. Não quer dizer que tenhamos que ser todos os mesmos. Não podemos ser todos altos, loiros, magros e multimilionários, mas podemos ser iguais, uns com mais, outros com menos, uns altos e outros baixos, uns mais inteligentes que outros, uns mais cultos que outros, mas todos iguais.


Ninguém mais que ninguém. A não ser os cidadãos mais dos que os Governos, porque os cidadãos depositam a representação nos eleitos para que exerçam o acto de governar.

"Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos"

A luta por esses valores é um dos objectivos da Fundação José Saramago, a que preside?


Está nos nossos estatutos. Os valores cívicos e a Declaração Universal dos Direitos do Homem, não a declaração para ser dita em dias solenes, mas para levá-la à prática e de forma muito concreta, é para isso que começamos a caminhar. Será uma Fundação de discussão e de debate, de ideias, de valores, de actividade cultural, mas também de um posicionamento muito claro e nítido.

(...)


Uma entrevista a não perder no: DIÁRIO

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Arquivamento do inquérito às mortes da catástrofe "é o culminar de um processo doloroso"

O secretário regional dos Assuntos Sociais da Madeira disse hoje que o arquivamento pelo Ministério Público do inquérito às mortes provocadas pelo temporal de 20 de Fevereiro "é o culminar de um processo doloroso para as famílias".
"É o culminar de um processo de um período de muito sofrimento e o Ministério Público trabalhou célere para bem das famílias que perderam os seus familiares", disse à agência Lusa Francisco Ramos.
O secretário regional adiantou que com o encerramento do inquérito, as famílias vão poder resolver "partilhas, receber os dividendos e as pensões" a que têm direito.
O jornal Público noticia hoje que o "Ministério Público, na investigação feita ao temporal de 20 de Fevereiro de 2010 na Madeira, não encontrou indícios que permitam imputar a morte de qualquer das 48 vítimas a acto humano, voluntário ou meramente negligente", acabando por concluir que todas as mortes resultaram de "causa natural".
"O procurador da República na Região ordenou assim o arquivamento do inquérito, sem desencadear qualquer procedimento criminal", refere o jornal.
O diário acrescenta que no "no despacho de arquivamento, o procurador da República coordenador na Madeira, Gonçalves Pereira, justifica que durante a investigação não foram recolhidos indícios do cometimento de qualquer ilícito criminal, de natureza pública, razão pela qual não determinou a extracção de qualquer certidão para procedimento criminal".
"Todas as mortes são de causa acidental, não podendo estabelecer-se qualquer nexo de causalidade entre comportamento humano, culposo ou doloso, e os resultados da morte verificados", diz ainda o relatório.
O temporal de 20 de Fevereiro causou 48 mortes e sete desaparecidos e 1.080 milhões de euros de prejuízos.

In DIÁRIO
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Na Madeira é sempre assim! Não há culpados, é um regime de inimputáveis crónicos! O tempo paga tudo! O governo aprova obras em zonas de risco e o tempo é que é o culpado, a Câmara autoriza e promove intervenções em zonas de risco e a culpa é do tempo. Os governantes não salvaguardam as pessoas e os seus bens, desprezam o risco iminente, em diversas zonas da Região, ocupam os leitos das ribeiras, alteram os seus percursos, reduzem as zonas de vazão e o tempo é que é o culpado.

Os madeirenses que não se deixem enganar por este poder de inimputáveis laranjas!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Escola Gonçalves Zarco vai ter compostor de lixo orgânico

No âmbito do projecto Eco-Escolas, a Secundária Gonçalves Zarco, através de um projecto desenvolvido por um grupo de alunos de 9.º ano e empenho de um encarregado de educação, vai construir um compostor definitivo de material orgânico proveniente dos jardins e da cozinha da nossa escola.

Segundo comunicado da direcção executiva da escola, liderada por Rui Caetano, vai construir "um compostor orgânico para ser utilizado depois como fertilizantes orgânicos ou húmus, nos nossos jardins e horta urbana, tendo como objectivo a melhoria das características dos solos sem causar prejuízos ou qualquer risco ao ambiente", explica. "Deste modo, conseguimos, por um lado, nutrir o solo e, por outro, reciclamos o lixo orgânico produzido na nossa escola", frisa ainda.

"O compostor será construído pelos funcionários da escola e o material foi cedido pela AFA (Avelino Farinha & Agrela)", numa parceria entre a Gonçalves Zarco e a referida empresa de construção civil. "Sem este apoio não seria possível concretizarmos este projecto importante do ponto de vista da educação ambiental", conclui. In DIÁRIO