terça-feira, 25 de outubro de 2011

Escola Gonçalves Zarco - Alunos eslovenos de visita à região através do projecto Europeu Comenius

No âmbito do projecto europeu Comenius, 12 alunos oriundos da Eslovénia estão de visita à Região, num intercâmbio organizado pela Clube do Património da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco. Ontem, os jovens foram recebidos na Câmara do Funchal pela vereadora Rubina Leal e, ao DIÁRIO, a responsável pelo projecto na escola eslovena, Kristina Valic, e uma das docentes da comitiva, Sasa Kravos, referiram que há semelhanças entre a Eslovénia e a Madeira, nomeadamente no "verde da natureza".
"Os alunos estão aqui muito bem, gostam de tudo, das pessoas, da natureza e do tempo, até porque lá, na Eslovénia, agora está muito frio", disse a responsável pelo projecto, apontando que há semelhanças entre a Madeira e a Eslovénia, nomeadamente no verde que as caracteriza. "A nossa Eslovénia também é pequena e a nossa natureza também é muito verde, há rios, mar, montanhas altas", afirmou.
Quanto à existência da ilha, pertencia ao desconhecido. "Eles conheciam Portugal, mas não sabiam que existia uma ilha, no meio do oceano, que pertence ao país", confessou Sasa Kravos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A responsabilidade do PS-Madeira


Urge reflectir sobre os resultados do PS-M. Cada um de nós, se está no PS com sentido de partido e na política com o objectivo de defender os interesses da Madeira, deverá assumir as suas responsabilidades, acreditem que os madeirenses não são os culpados pela derrota, não votaram em nós porque não acreditaram no projecto nem nas pessoas.
Contudo, não basta reconhecer os erros cometidos e deixar tudo na mesma, como os primeiros indícios já denunciam. Pela reacção de alguns, pelo comportamento de outros, pelas atitudes dos de sempre, parece que o PS em vez de unir e assumir uma causa comum, um interesse colectivo, se limitará a desenhar o pequeno espaço dos instalados no partido, utilizando o calculismo pessoal, o preconceito, a exclusão e a ofensa anónima.
O PS-M não é uma associação recreativa de bairro, onde qualquer sócio poderá concorrer a presidente bastando ter as quotas em dia e escrever um conjunto de intenções. Uma moção é importante, no entanto, insuficiente. Estes documentos podem ser encomendados a um amigo ou a uma empresa de marketing. O cerne do problema do PS-M está na liderança. Somos um partido de alternativa de poder que precisa de reconquistar o respeito por si próprio. E o respeito só se conquistará quando o PS apresentar um verdadeiro líder, não um chefe de facção que procura apenas defender o seu meio metro quadrado ou um presidente arrogante que se esconde do povo e pensa que liderar é gritar, humilhar, acusar os outros e ter medo da sua própria sombra.
Os madeirenses anseiam para o PS-M um líder que conheça a realidade e o sentir do povo, exigem um líder autêntico, mobilizador, com capacidade política, visão estratégica, com carisma e com competência suficiente para ser presidente do governo.

domingo, 2 de outubro de 2011

A Dívida: a Madeira vai ser independente por falta de solidariedade nacional?

Por Miguel Luís Fonseca - Dom, 02/10/2011 - 18:31

1. Vamos lá ver se a gente se entende: não há dívida do Continente e dívida da Madeira: há dívida nacional, dívida regional dos Açores, dívida regional da Madeira e dívidas autárquicas. Depois há as PPP's em todo o território nacional, a dívida das Empresas Públicas, a dívida dos transportes públicos – Metro de Lisboa e do Porto, Carris, Transtejo, empresas regionais de transportes nas duas Regiões Autónomas.
2. Na Madeira, há as Sociedades de Desenvolvimento, a Vialitoral, a Via Expresso, os Horários do Funchal, a RTP-Madeira, a RDP-Madeira, a Empresa de Electricidade da Madeira, entre outras.
3. A responsabilidade da Dívida Nacional é de todos os Portugueses, isso é óbvio. A responsabilidade das autarquias, de cada autarquia, é dos munícipes de cada município. As dívidas dos municípios não podem ser endossadas para o Orçamento de Estado para as solver.
4. A dívida de cada Região Autónoma é da responsabilidade política e constitucional dos respectivos órgãos, que a assumiram para benefício das respectivas populações. E devem ser as regiões a assumi-la.
5. Acontece que o Governo da República cortou o subsídio de natal de todos os portugueses, incluindo os das Ilhas, e reteve-o, com o argumento de que havia uma situação de grave emergência nacional e de que, sendo um imposto extraordinário, todos os portugueses deviam contribuir para isso – incluindo os da Madeira. E ninguém contestou esse princípio, nem sequer o Governo Regional do PSD – “et pour cause”!
6. Em síntese e por princípio geral: a) todos os portugueses devem ser solidários com tudo o que se faz no País, seja na construção de bens de equipamento, seja nos apoios sociais. Aliás, defendo que as Regiões não devem reter todos os impostos cobrados nelas e que se deve desenvolver o conceito de Autonomia partilhada – o estado social e de direito é uma responsabilidade soberana. b) todos os portugueses devem ser solidários com uma determinada Região do País em situação de catástrofe; c) A nação, as regiões – autónomas e futuras administrativas – e os municípios devem assumir responsabilidades à medida das suas competências e solvências.
7. Vivemos, no entanto, uma situação de coincidência de emergência nacional e regional, o que repõe o princípio da solidariedade nacional para uma determinada parcela do território em situação emergente equivalente a uma situação de catástrofe natural – vide o 20 de Fevereiro – era quase preciso uma nova Lei de Meios -, o que impede uma dupla penalização para os madeirenses, chamados a contribuir também para acudir à emergência nacional.


Ou seja, se os madeirenses se recusassem a partilhar os sacrifícios do todo e o todo recusasse a solidariedade a esta parcela do território nacional, estava criada uma situação de secessão de facto, que punha em causa a coesão nacional. E isso ninguém deseja. Isto sem embargo de concordar que os madeirenses vão ser chamados a pesadas e graves responsabilidades. Assumam a sua como cidadãos já no dia 9 de Outubro, derrotando os responsáveis.

In DIÁRIO