Urge reflectir sobre os resultados do PS-M. Cada um de nós, se está no PS com sentido de partido e na política com o objectivo de defender os interesses da Madeira, deverá assumir as suas responsabilidades, acreditem que os madeirenses não são os culpados pela derrota, não votaram em nós porque não acreditaram no projecto nem nas pessoas.
Contudo, não basta reconhecer os erros cometidos e deixar tudo na mesma, como os primeiros indícios já denunciam. Pela reacção de alguns, pelo comportamento de outros, pelas atitudes dos de sempre, parece que o PS em vez de unir e assumir uma causa comum, um interesse colectivo, se limitará a desenhar o pequeno espaço dos instalados no partido, utilizando o calculismo pessoal, o preconceito, a exclusão e a ofensa anónima.
O PS-M não é uma associação recreativa de bairro, onde qualquer sócio poderá concorrer a presidente bastando ter as quotas em dia e escrever um conjunto de intenções. Uma moção é importante, no entanto, insuficiente. Estes documentos podem ser encomendados a um amigo ou a uma empresa de marketing. O cerne do problema do PS-M está na liderança. Somos um partido de alternativa de poder que precisa de reconquistar o respeito por si próprio. E o respeito só se conquistará quando o PS apresentar um verdadeiro líder, não um chefe de facção que procura apenas defender o seu meio metro quadrado ou um presidente arrogante que se esconde do povo e pensa que liderar é gritar, humilhar, acusar os outros e ter medo da sua própria sombra.
Os madeirenses anseiam para o PS-M um líder que conheça a realidade e o sentir do povo, exigem um líder autêntico, mobilizador, com capacidade política, visão estratégica, com carisma e com competência suficiente para ser presidente do governo.
Sem comentários:
Enviar um comentário