O contrato de cooperação entre a escola e a empresa - uma firma do continente - deverá ser assinado no fim do mês e é mais uma forma de conseguir as receitas que, neste momento, não existem na Secretaria Regional de Educação. "Este é um excelente acordo e é, uma vez mais, uma alternativa aos problemas financeiros". O contrato está já acertado, mas os responsáveis pela empresa só poderão estar na Madeira no fim de Janeiro.
Rui Caetano, o director da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, explica que este protocolo tem, além dos cinco cêntimos por cada quilo de material eléctrico recolhido, tem um lado educativo, promove também as boas práticas ambientais e apela à recolha selectiva de resíduos. "Vamos lançar uma grande campanha, vamos envolver toda a comunidade educativa neste projecto e apelar às pessoas para entregar os velhos electrodomésticos - fogões, frigoríficos, televisões - no âmbito desta campanha".
Em vez de ficarem parados, os órgãos de gestão da escola, que têm autonomia para isso, foram à procura de alternativas para financiar os projectos. A ideia é garantir verbas que permitam à escola manter o nível de educação. Tal como os quatro mil euros do BANIF, este dinheiro será colocado no fundo escolar e deverá servir para financiar as actividades directamente relacionadas com os alunos.
O director da Escola Gonçalves Zarco refere que, com esta campanha de um quilo de material eléctrico por cinco cêntimos e com o protocolo assinado já com o BANIF, o estabelecimento tentará contornar a grave situação de aperto orçamental que se vive no sector público da Região. O importante, explica, "é não ficar parado à espera que alguém resolva o problema".
Protocolo com o Banif: apoio de 4 mil euros O protocolo assinado ontem manhã entre a Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco e o BANIF irá assegurar uma receita de quatro mil euros à escola. O dinheiro vai para o fundo escolar e irá garantir o pagamento de material necessário ao funcionamento e ao projecto educativo. Rui Caetano, o director, explica que, além desta verba, o BANIF irá entrar também com esferográficas, papel e capas.
Para a escola, esta é uma forma de contornar as dificuldades financeiras e o aperto que se vive em termos orçamentais; para o BANIF este protocolo integra o projecto de responsabilidade social. Ricardo Pestana, o representante do banco na assinatura do protocolo, explicou que a Gonçalves Zarco é a sexta escola a receber apoio. Na prática, o BANIF entra com quatro mil euros e a escola coloca as contas neste banco e abre o espaço para a promoção dos produtos do BANIF.
Segundo Rui Caetano, esta é uma forma de manter o projecto educativo da escola de pé. "Devemos procurar alternativas, não podemos ficar parados", sublinhou. O apoio é, na prática, feito em troca de publicidade autorizada no recinto escolar, da transferência das contas das escola para a instituição bancária. Os professores e os funcionários são livres de manter as contas onde as têm, mas o BANIF terá agora tratamento preferencial na Gonçalves Zarco.