Criticar é muito fácil. Enumerar os erros alheios ainda é mais fácil. No entanto, reconhecer os méritos dos outros é deveras difícil e pouco frequente.
Apesar de algumas posições bastante discutíveis e outras pouco aceitáveis, torna-se injusto omitir ou mesmo desvalorizar o papel extremamente positivo da Igreja na sua vertente de intervenção social e educativa.
Apesar de algumas posições bastante discutíveis e outras pouco aceitáveis, torna-se injusto omitir ou mesmo desvalorizar o papel extremamente positivo da Igreja na sua vertente de intervenção social e educativa.
A Igreja pratica, como é natural, os seus rituais tradicionais e defende de um modo intransigente as suas regras e os seus princípios, bem como não desiste do seu papel religioso e evangelizador. Mas a Igreja é muito mais. Basta olharmos para o trabalho abnegado de tantos e tantos religiosos e religiosas que se dedicam a ajudar os outros. Na região, tal como em todo o mundo, a Igreja assume, desde sempre, uma função social, cultural e, inclusive, económica digna de relevo.
O trabalho estrutural realizado com as paróquias, com as suas escolas e universidades, com as misericórdias, com a Cáritas, com a organização e promoção do voluntariado e do apoio domiciliário aos doentes e idosos acamados entre outras formas de intervenção representam, na sociedade, uma influência positiva incomensurável.
Encontramos ainda a Igreja a se responsabilizar pelo ensino e formação de milhares de estudantes, a criar e a gerir lares de terceira idade, instituições particulares de solidariedade social que recebe população deficiente, crianças e jovens abandonados ou em situação de risco, centros de dia e organizações que trabalham em actividades de ocupação dos mais idosos e de ajuda aos sem-abrigo. Isto é a Igreja. É uma instituição dinâmica que, presa aos valores da vida, à solidariedade e ao sentido da partilha, procura intervir no interior das igrejas, nos salões paroquiais, nas ruas, desenvolvendo e organizando actividades com os jovens ou menos jovens, procurando contribuir, e muito, no apoio social, mas também não abdicando do seu papel empreendedor de organizar actividades que formem para a cidadania e que promovam os seus princípios morais e cívicos.
Não obstante, as câmaras municipais desprezam este trabalho e limitam-se a atribuir subsídios para as pequenas coisas: para os arranjos do adro, do sino, apoios aos arraiais, ao coro da paróquia etc.
Não obstante, as câmaras municipais desprezam este trabalho e limitam-se a atribuir subsídios para as pequenas coisas: para os arranjos do adro, do sino, apoios aos arraiais, ao coro da paróquia etc.
Na minha opinião, deveriam investir no saber acumulado da igreja, no apoio aos mais desfavorecidos. Por isso, deveriam desenhar protocolos de parceria e definir projectos estratégicos comuns de apoio social aos mais pobres dos diversos concelhos.
1 comentário:
Concordo com esse aspecto
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