"O contacto com práticas e bens culturais deve ser estimulado por pais e professores, quanto mais cedo melhor." A opinião da ministra da Cultura foi revelada a um conjunto de professores e alunos da escola Gonçalves Zarco, durante uma conferência em que foi protagonista, realizada ontem de manhã. Gabriela Canavilhas fez uma comunicação subordinada ao tema 'A escola transmissora de cultura".
A ministra defendeu que as escolas têm um papel singular na formação de cidadãos mais cultos, o que não se limita à formação académica. Um cidadão mais culto é ao mesmo tempo, mais lúcido, exigente, interveniente, informado e sensível, garantiu Canavilhas.
A governante falou do conceito de cultura e dos três géneros que integra, na sua acepção. Canavilhas vê a cultura como a criação e preservação de valores, sendo estes os dois aspectos mais clássicos. Mas, no século XX nasceu um novo "género", o da "cultura recreativa de consumo de massas".
Nesta última acepção, a "fasquia do receptor está muito a baixo das tradicionais". A ministra falou mesmo em "subprodutos aligeirados", mas abrangentes e muito importantes para as economias dos diferentes países.
A distinção entre o que é relevante para uma estratégia de cultura faz-se a partir das escolas. Daí o papel importante referido ao início.
Sobre a importância económica, Gabriela Canavilhas não qualifica como melhor ou pior a "cultura recreativa", apenas entende que esse não é o objecto de um Ministério como o seu. Será, por exemplo, de um ministério da Economia. A governante deu os exemplos da importância dos Beatles para a economia do Reino Unido e do cinema para a dos Estados Unidos.
A ministra diz que o País tem de passar do modelo francês, de financiamento quase a 100% da cultura pelo Estado, para um modelo mais próximo do britânico, em que o Estado financia sensivelmente a 50%, ficando os outros 50 a cargo dos privados, no que se inclui bilheteira.
Disponibilidade para devolução
Ainda na escola Gonçalves Zarco, Gabriela Canavilhas disse que o Governo está disponível para facilitar o regresso À Madeira dos documentos da Região que se encontram depositados na Torre do Tombo.
Na parte da tarde, depois de ter almoçado e visitado a Quinta Monte Palace, Canavilhas foi visitar a exposição de arte Deco, na Casa das Mudas.
A ministra disse-se encantada com o que viu e destacou dois aspectos: o edifício em si, na simbiose com a natureza, e a colecção propriamente dita. Canavilhas disse que Berardo tem sido visionário nas suas aquisições. "Esta é uma colecção com importância nacional."
Na Casa das Mudas, Berardo manifestou alguma tristeza por a exposição não ter grande adesão dos madeirense, mas compreende as dificuldades que sentem. Sugeriu que durante dois dias semanais as entradas sejam gratuitas para os madeirenses, mas pagas para os turistas. Assim seria garantida uma maior afluência.
A ministra defendeu que as escolas têm um papel singular na formação de cidadãos mais cultos, o que não se limita à formação académica. Um cidadão mais culto é ao mesmo tempo, mais lúcido, exigente, interveniente, informado e sensível, garantiu Canavilhas.
A governante falou do conceito de cultura e dos três géneros que integra, na sua acepção. Canavilhas vê a cultura como a criação e preservação de valores, sendo estes os dois aspectos mais clássicos. Mas, no século XX nasceu um novo "género", o da "cultura recreativa de consumo de massas".
Nesta última acepção, a "fasquia do receptor está muito a baixo das tradicionais". A ministra falou mesmo em "subprodutos aligeirados", mas abrangentes e muito importantes para as economias dos diferentes países.
A distinção entre o que é relevante para uma estratégia de cultura faz-se a partir das escolas. Daí o papel importante referido ao início.
Sobre a importância económica, Gabriela Canavilhas não qualifica como melhor ou pior a "cultura recreativa", apenas entende que esse não é o objecto de um Ministério como o seu. Será, por exemplo, de um ministério da Economia. A governante deu os exemplos da importância dos Beatles para a economia do Reino Unido e do cinema para a dos Estados Unidos.
A ministra diz que o País tem de passar do modelo francês, de financiamento quase a 100% da cultura pelo Estado, para um modelo mais próximo do britânico, em que o Estado financia sensivelmente a 50%, ficando os outros 50 a cargo dos privados, no que se inclui bilheteira.
Disponibilidade para devolução
Ainda na escola Gonçalves Zarco, Gabriela Canavilhas disse que o Governo está disponível para facilitar o regresso À Madeira dos documentos da Região que se encontram depositados na Torre do Tombo.
Na parte da tarde, depois de ter almoçado e visitado a Quinta Monte Palace, Canavilhas foi visitar a exposição de arte Deco, na Casa das Mudas.
A ministra disse-se encantada com o que viu e destacou dois aspectos: o edifício em si, na simbiose com a natureza, e a colecção propriamente dita. Canavilhas disse que Berardo tem sido visionário nas suas aquisições. "Esta é uma colecção com importância nacional."
Na Casa das Mudas, Berardo manifestou alguma tristeza por a exposição não ter grande adesão dos madeirense, mas compreende as dificuldades que sentem. Sugeriu que durante dois dias semanais as entradas sejam gratuitas para os madeirenses, mas pagas para os turistas. Assim seria garantida uma maior afluência.
In DIÁRIO
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