"Dimensão portuguesa está para além da sua insuficiente faixa continental".
O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, defendeu ontem a necessidade dos políticos nacionais perceberem a importância dos territórios insulares atlânticos, defendendo que, sem Açores e Madeira, a afirmação portuguesa no mundo fica "drasticamente diminuída".
O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, defendeu ontem a necessidade dos políticos nacionais perceberem a importância dos territórios insulares atlânticos, defendendo que, sem Açores e Madeira, a afirmação portuguesa no mundo fica "drasticamente diminuída".
"É uma urgência a compreensão pelos políticos nacionais da evidência da qualidade estratégica do investimento e da valorização dos territórios portugueses insulares atlânticos", afirmou Carlos César, no discurso que proferiu na cerimónia comemorativa do Dia dos Açores, em Toronto, no Canadá.
Para o líder regional açoriano, "sem a correcta consideração dos Açores e da Madeira, a afirmação portuguesa no processo de construção europeia e no mundo fica drasticamente diminuída".
"O país político não deve esquecer o capital multiplicador do enquadramento geo-estratégico dos Açores, nem muito menos esquecer que a dimensão portuguesa está para além da sua insuficiente faixa continental", alertou.
Nesse sentido, salientou a "relevância açoriana" em áreas como a navegação marítima e aérea, a política de pescas e o potencial de localização de centros reguladores, tecnológicos ou de investigação.
"No plano da segurança internacional, os Açores são um activo em revalorização constante. São a fronteira de segurança próxima da América e são a mais relevante fronteira europeia de cooperação internacional em matéria de segurança do mundo ocidental", acrescentou.
"Uns por ignorância, outros por preconceito centralista, não compreendem o país assim. Desconsideram-nos, é certo, mas, pior, desbaratam o sentido mais útil da dimensão nacional", frisou.
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