São casos residuais. Mas há eleitores que conseguiram votar duas vezes nas últimas eleições europeias, confirmou esta tarde à TSF o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Nuno Godinho de Matos em resposta a uma notícia, avançada pelo “Diário de Leiria” sobre um homem que conseguiu votar duas vezes.
Vítor Manuel Teixeira da Costa Santos tinha recebido o novo cartão de eleitor há pouco tempo, depois de mudar de residência para outra freguesia. No domingo, dia 7, dia de eleições europeias, foi votar na freguesia de onde era natural, em Golpilheira, concelho da Batalha, com o velho cartão de eleitor. Depois decidiu verificar se o sistema funcionava e com o cartão do cidadão foi votar na freguesia de residência, em Maceira, Leiria, onde reside há 28 anos.
Acabou por conseguir votar nos dois sítios. A história é contada hoje pelo “Diário de Leiria”.Contactado pelo “Diário de Leiria”, Nuno Godinho de Matos afirma que o facto só pode ter sido devido a “um erro informático”, que fez com que o cidadão registado em Maceira permanecesse recenseado na Golpilheira. E adiantou ainda que a CNE tem conhecimento de mais um caso.
O porta-voz alerta ainda para o facto de se votar duas vezes conscientemente ser crime, apesar da Lei Eleitoral para o Parlamento Europeu, no seu artigo 14º B, apenas entender como punível o voto em simultâneo em Portugal e noutro país da União Europeia.
À TSF, Nuno Godinho de Matos defendeu que o caso deve ser denunciado à Direcção-Geral da Administração Interna e frisou que estes casos, embora necessitem de ser corrigidos, são residuais e não colocam em causa os resultados eleitorais.
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