Sandra Cardoso, Correspondente em Lisboa
Deputado socialista madeirense vota contra avaliação dos professores.
O deputado madeirense do PS na Assembleia da República, Rui Caetano, desrespeitou ontem a disciplina partidária e votou ao lado do PCP e do BE duas propostas pela suspensão do actual modelo de avaliação de desempenho dos docentes, uma bandeira do Governo de Sócrates.
As iniciativas foram chumbadas pelos partidos de coligação, PSD e CDS, e pelo PS. Mas o parlamentar, que é professor e presidente da Escola Gonçalves Zarco, optou por votar ao lado dos proponentes. Numa declaração de voto onde justifica a posição, o madeirense arrasa o actual modelo de avaliação do desempenho dos professores, elaborado pelo seu partido.
"É pois um modelo que não avalia o professor nem o seu real desempenho na escola, antes pelo contrário, além dos factores de instabilidade, implica mais trabalho burocrático", acusa. E prossegue: "Retira mais tempo da actividade lectiva e/ou formativa do professor para que ele consiga cumprir os requisitos exigidos". O professor considerou ainda no documento que "a suspensão do actual modelo facilitaria a implementação de um novo modelo que venha ao encontro dos interesses dos professores, dos alunos e da comunidade educativa em geral".
Rui Caetano escusou-se a comentar o assunto e remeteu a posição para a declaração de voto entregue. O DIÁRIO sabe, contudo, que a postura de rebeldia não caiu bem no grupo parlamentar, sobretudo devido ao assunto em causa.
Entretanto, o actual Governo está a trabalhar num novo modelo. O ministro da Educação, Nuno Crato, anunciou que quer concluir até ao dia 9 de Setembro a negociação com os sindicatos sobre o novo sistema de avaliação. Mas garantiu que as quotas são para manter. "As quotas são uma orientação geral da Função Pública" e se não existissem "seríamos todos excelentes, o que seria injusto porque queremos que os melhores professores sejam privilegiados", justificou.
In DIÁRIO
sábado, 30 de julho de 2011
Na Assembleia da República, Rui Caetano vota ao lado dos professores e contra orientação do PS de LISBOA
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