sábado, 21 de março de 2009

Quatro anos de governo do PS


Passados 4 anos de governo PS, concluímos que, apesar de o governo ter ganho a aposta no plano tecnológico, embora se reconheça o seu esforço por implementar medidas sociais aos mais desfavorecidos e por adoptar estratégias económicas para ajudar o sector empresarial, nem tudo correu bem. As políticas reformistas deste governo, muitas delas extremamente necessárias, mexeram demasiado com a vida dos cidadãos. Alteraram hábitos, retiraram vícios, criaram novos conceitos e lançaram as bases para uma visão moderna da sociedade, contudo, o objectivo economicista de algumas das reformas retirou privilégios e direitos adquiridos que não agradaram.

Na Região, a origem dos problemas não vem da República, mas dos erros estratégicos dos sucessivos governos do PSD e da sua governação autista. É falso e desonesto responsabilizar a Lei das Finanças Regionais pelas dificuldades da Madeira. Esta Lei trouxe, na verdade, mais rigor e contenção às contas públicas. Houve um corte das verbas da República para a Madeira, no entanto, o valor retirado é insignificante, pois a redução foi inferior aos milhões de euros que o governo regional está a gastar com a obra inútil da Marina do Lugar de Baixo.

A saúde económica, bem como o poder de compra dos madeirenses têm vindo a se agravar desde muito antes da LFR. O PSD-M provocou eleições antecipadas com o objectivo de esconder a sua incapacidade para governar com contenção, rigor e planeamento. Refugiando-se atrás das trincheiras das ameaças, da chantagem, dos insultos, dos discursos separatistas e do contencioso das autonomias, habituou-se a governar sem regras e inchado de fundos inesgotáveis. Sem estas condições não sabe governar.

Fizeram obras necessárias, como era seu dever, todavia, também estiveram, ao longo de 30 anos, a esbanjar e a desbaratar os recursos financeiros públicos na promoção de imensas obras inúteis e na aposta de um modelo de desenvolvimento obsoleto que criou uma dívida monstruosa e, entre outras consequências graves, lançou na sociedade madeirense mais de 10 mil desempregados.
As únicas medidas anti-crise que chegam à casa dos madeirenses, até hoje, são as políticas do governo do PS. O GR, sem alternativas, limita-se a aplicar as medidas do PS sem qualquer tipo de adaptação à nossa realidade insular, embora tenham poder para proceder a essas alterações.
Lembremo-nos de que o dr. Alberto João já disse que estava “disponível a apoiar Sócrates se este não tiver maioria absoluta”.

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