Opinião publicada no TRIBUNA.
Comemora-se mais um dia da Cidade do Funchal. Infelizmente, hoje, a nossa cidade atravessa enormes problemas, porque os seus governantes, ao longo dos anos, não foram capazes de gerir a nossa cidade segundo um planeamento sustentável.
A cidade do Funchal de hoje poderia ser melhor. Houve meios financeiros e humanos para que se tivesse feito desta cidade uma capital de referência nacional, mas, os interesses colectivos foram descurados em benefício dos interesses privados. Faltou visão de futuro. Cometeram demasiados erros estratégicos do ponto de vista do ordenamento, do planeamento, do ambiente e até em termos económicos, recusando investir na preservação das nossas potencialidades patrimoniais e naturais.
O Funchal não cresceu fruto de uma política urbana coerente, onde se soubesse que tipo de centro urbano se apostava, que modelo de desenvolvimento seria melhor, como se distribuiria o tecido económico, que áreas a privilegiar, que mais-valias a preservar, que historia seria interessante guardar para as gerações futuras e que poderiam servir como pólos de atracção turística, definindo, etapa a etapa, o carácter da nossa cidade, criando uma identidade funchalense. Em suma, faltou desenhar uma cidade que é a montra da Madeira, que é a nossa capital.
A ganância e a cegueira pela construção desenfreada, sobressaindo a especulação imobiliária, destruíram os bens públicos colectivos, isto é, grande parte do património histórico, o ar puro, o ambiente, as paisagens, o mar e respectivos acessos.
Em virtude deste crescimento apressado, o Funchal é uma cidade com demasiados problemas estruturais, começando nas zonas altas e terminando no centro urbano. Não se construiu uma cidade a pensar nos cidadãos e na sua qualidade de vida. Como se verifica, os problemas sociais aumentaram e diversificaram-se.
Não houve uma política de protecção e promoção do comércio tradicional. Apostou-se demasiado na construção de bairros sociais monstruosos sem qualidade, sem o devido acompanhamento nas deslocalizações das pessoas, sem espaços de lazer. Hoje, temos uma cidade onde a criminalidade aumenta e o sentimento de insegurança existe.
A cidade do Funchal é uma cidade com futuro, todavia, necessita de um novo rumo e de uma visão estratégica que garanta a qualidade de vida dos funchalenses.
Torna-se fundamental gerir a nossa cidade sem esquecer as traves mestras do planeamento, licenciamento e fiscalização, incidindo a atenção no lançamento de um plano de ordenamento da orla costeira e outro para a recuperação e preservação do centro histórico do Funchal. Os funchalenses esperam ainda por soluções para o trânsito caótico, por uma outra nova política de mobilidade e políticas de coesão social.
Do ponto de vista cultural, falta um verdadeiro investimento na produção artística e cultural. Lançar um projecto que crie no centro do Funchal uma “movida cultural”, dinamizando a cidade com actividades culturais: teatro, música, dança, artes plásticas entre outras.
O Funchal deve estruturar-se como uma rede de intervenção social, que identifique os que estão em regime de exclusão social e encontre caminhos de integração.
A cidade do Funchal de hoje poderia ser melhor. Houve meios financeiros e humanos para que se tivesse feito desta cidade uma capital de referência nacional, mas, os interesses colectivos foram descurados em benefício dos interesses privados. Faltou visão de futuro. Cometeram demasiados erros estratégicos do ponto de vista do ordenamento, do planeamento, do ambiente e até em termos económicos, recusando investir na preservação das nossas potencialidades patrimoniais e naturais.
O Funchal não cresceu fruto de uma política urbana coerente, onde se soubesse que tipo de centro urbano se apostava, que modelo de desenvolvimento seria melhor, como se distribuiria o tecido económico, que áreas a privilegiar, que mais-valias a preservar, que historia seria interessante guardar para as gerações futuras e que poderiam servir como pólos de atracção turística, definindo, etapa a etapa, o carácter da nossa cidade, criando uma identidade funchalense. Em suma, faltou desenhar uma cidade que é a montra da Madeira, que é a nossa capital.
A ganância e a cegueira pela construção desenfreada, sobressaindo a especulação imobiliária, destruíram os bens públicos colectivos, isto é, grande parte do património histórico, o ar puro, o ambiente, as paisagens, o mar e respectivos acessos.
Em virtude deste crescimento apressado, o Funchal é uma cidade com demasiados problemas estruturais, começando nas zonas altas e terminando no centro urbano. Não se construiu uma cidade a pensar nos cidadãos e na sua qualidade de vida. Como se verifica, os problemas sociais aumentaram e diversificaram-se.
Não houve uma política de protecção e promoção do comércio tradicional. Apostou-se demasiado na construção de bairros sociais monstruosos sem qualidade, sem o devido acompanhamento nas deslocalizações das pessoas, sem espaços de lazer. Hoje, temos uma cidade onde a criminalidade aumenta e o sentimento de insegurança existe.
A cidade do Funchal é uma cidade com futuro, todavia, necessita de um novo rumo e de uma visão estratégica que garanta a qualidade de vida dos funchalenses.
Torna-se fundamental gerir a nossa cidade sem esquecer as traves mestras do planeamento, licenciamento e fiscalização, incidindo a atenção no lançamento de um plano de ordenamento da orla costeira e outro para a recuperação e preservação do centro histórico do Funchal. Os funchalenses esperam ainda por soluções para o trânsito caótico, por uma outra nova política de mobilidade e políticas de coesão social.
Do ponto de vista cultural, falta um verdadeiro investimento na produção artística e cultural. Lançar um projecto que crie no centro do Funchal uma “movida cultural”, dinamizando a cidade com actividades culturais: teatro, música, dança, artes plásticas entre outras.
O Funchal deve estruturar-se como uma rede de intervenção social, que identifique os que estão em regime de exclusão social e encontre caminhos de integração.
Rui Caetano
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