Ontem, realizou-se o jogo Nacional-Marítimo. O resultado final foi um empate (1-1). À noite, na RTP-M, realizou-se o programa desportivo Prolongmento. Neste programa, entre outros intervenientes, existe um convidado do Marítimo e outro do Nacional.
A discussão foi viva, os argumentos, de um e outro lado, nem sempre foram coerentes e, num ápice, o fanatismo veio ao de cima. A determinado momento, estes dois representantes dos clubes esqueceram-se de que estavam num programa televisivo e passaram facilmente para uma gritaria sem sentido. Parecia que estavam numa tasca qualquer a discutir futebol.
Ninguém percebia nada do que diziam, falavam ao mesmo tempo, agrediam-se verbalmente, atropelavam-se constantemente e deitaram no lixo a boa educação e o respeito por quem estava a assistir ao programa.
O mais caricato de tudo isto foi o que ocorreu no final do programa.
O presidente do Nacional, o engenheiro Rui Alves, dirigiu-se às instalações da RTP-M com o objectivo de pedir satisfações ao comentador do Marítimo. A discussão foi violenta e não chegaram a se agredir, porque os restantes convidados e o apresentador conseguiram evitar.Por muito que tentem esconder, estes acontecimentos são o reflexo do nível do nosso futebol. É para isto que o Governo Regional despeja milhões de euros no Futebol profissional.
Depois lamentam-se!
5 comentários:
Cada um tem o que merece...
Sou um simples contribuinte involuntário, da política regional do esbanjamento destinado ao futebol regional. Com a arma do voto, tento mudar esse estado de coisas seguindo as regras da democracia. Também sou contribuinte da televevisão pública onde se assiste às querelas entre roto e do esfarrapado alimentados pelo orçamento regional, dinheiro de todos nós, gostemos ou não de futebol.
Todo esse disparate dá azo a estes fenómenos de protagonismo ressabiado, como é o caso do tal presidente alvi-negro que ostenta o seu nome numa estrutura desportiva paga por todos, tal como Saddam Hussein exercitava ostensivamente o seu nome na toponímia de Bagdad.
Essas atitudes arruaceiras a que os pseudo-finos desta terra, diriam serem típicas de bairro de categoria inferior, é protagonizada por essa criatura dos círculos jet-set da nossa ilhota.
O meu desprezo e a reconfirmação dum modelo esgotado e até criminoso numa terra com tanta necessidade.
São os dirigentes que (infelizmente) temos.
Para ser dirigente de um clube deveria ser necessário um teste de aptidão educativa.
Este requisito deveria também estender-se aos comentadores que (infelizmente também) nos entram pela casa através da televisão...
Seria de bom tom que a direcção da RTP-Madeira (faço desde já aqui o apelo ao Sr. Leonel de Freitas) banisse os comentadores do programa e que os substituísse por gente educada.
O Governo não despeja milhões para o futebol profissional. O Governo despeja para os clubes, clubes estes que o Futebol Profissional é a sua principal imagem e principal meio lucrativo.
Então esses senhores não teem a quem sair? Aprenderam com o AJJ. O povo superior que os julgue. Na casa da Madeira, ( AR ) é o que se vê, quanto mais fora dela.
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