Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje que a União Europeia precisa da Turquia para ser mais forte no cenário internacional, mas sublinhou que o povo turco tem uma palavra a dizer no processo de adesão.
É um processo que tem de ser medido com conta, peso e medida. Mas olhando que em 77, quando efectuamos o pedido de adesão, também éramos um pequeno país, cronicamente deficitário, com um atraso civilizacional considerável, considero que Portugal e outros que muitos beneficiaram da política de coesão da UE, têm o dever moral de apoiar uma possível entrada da Turquia.
Há no entanto a barreira advinda de uma diferente matriz civilizacional de inclusão numa europa de matriz judaica-cristão. Considero esta como uma oportunidade que poderia fortalecer a União como um dos principais actores no contexto internacional (invertendo a erosão que vem sofrendo).
Apenas estou de pé atrás, face ao facto da Europa aindanão ter lidado verdadeiramente com o enorme alargamento que sofreu há cerca de 5 anos. Enquanto esta situação não for ultrapassada e estabilizada, novos alargamentos serão contraproducentes, correndo-se o risco de criar (efectivamente) uma UE a várias velocidades, sem uma verdadeira coesão que ao fim ao cabo é a matriz de todo este projecto.
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É um processo que tem de ser medido com conta, peso e medida. Mas olhando que em 77, quando efectuamos o pedido de adesão, também éramos um pequeno país, cronicamente deficitário, com um atraso civilizacional considerável, considero que Portugal e outros que muitos beneficiaram da política de coesão da UE, têm o dever moral de apoiar uma possível entrada da Turquia.
Há no entanto a barreira advinda de uma diferente matriz civilizacional de inclusão numa europa de matriz judaica-cristão. Considero esta como uma oportunidade que poderia fortalecer a União como um dos principais actores no contexto internacional (invertendo a erosão que vem sofrendo).
Apenas estou de pé atrás, face ao facto da Europa aindanão ter lidado verdadeiramente com o enorme alargamento que sofreu há cerca de 5 anos. Enquanto esta situação não for ultrapassada e estabilizada, novos alargamentos serão contraproducentes, correndo-se o risco de criar (efectivamente) uma UE a várias velocidades, sem uma verdadeira coesão que ao fim ao cabo é a matriz de todo este projecto.
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