quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

'Madeira-Autonomia' para defender interesses da Região

Rui Caetano, Miguel Fonseca e Aires Pedro integram o núcleo fundador.


"É necessário que todas as forças políticas se abram ao diálogo e à cooperação"

É um movimento que está numa fase embrionária, mas que promete vir a dar que falar. Trata-se da organização 'Madeira-Autonomia'.
O movimento vai-se revestir de informalidade na sua organização. Não haverá uma estrutura formalmente constituída, nem regras internas. Será um movimento de reflexão, que terá como um dos objectivos produzir documentos sobre a vida da Madeira e da Autonomia Regional, no sentido da unidade dos madeirenses e como contributo para se ultrapassarem os momentos de dificuldades que se vivem.
Esse trabalho, em teoria, deveria estar a ser desenvolvido pelos partidos, mas isso não está a acontecer. Quem o afirma é uma das três pessoas que compõem o núcleo inicial, Rui Caetano. As outras duas são Miguel Fonseca, que se assume como subscritor número um do manifesto que já foi elaborado, e Aires Pedro.


Lembram os subscritores que já foi possível haver unidade partidária em grandes questões, como o reforço da autonomia através da revisão do Estatuto Político Administrativo. Mas foi noutros tempos.
Já existem cerca de 20 pessoas que deverão aderir ao movimento, o que neste momento passa por assinarem o primeiro documento que já foi produzido, o manifesto 'Em defesa da Madeira'. Mas 'o núcleo duro', para já, prefere não divulgar os nomes.
Certo é que o movimento está aberto a todas as pessoas que queiram participar, independentemente da proveniência e da preferência política. A única condição é disponibilidade para participar na reflexão a favor da Madeira. Isto, apesar de o núcleo fundador ser constituído por pessoas do PS.
O manifesto que já foi produzido desenvolve-se em cinco pontos essenciais, através dos seguintes capítulos: "A Autonomia insular é a pedra de toque e o aval necessário à coesão entre todos os portugueses; Pacto democrático e partidário interno para a negociação com a República submetido a referendo; Reforço das competências constitucionais e estatutárias, com novo Estatuto e potenciação negocial dos nossos recursos e da nossa posição geoestratégica no concerto nacional e europeu; Recusa intransigente do retorno a um passado de submissão ao centralismo imperial e antidemocrático que sempre se exerceu em prejuízo da coesão nacional; Defesa férrea e inabalável da Autonomia constitucional; Convite à participação cívica em defesa dos interesses da Madeira e da sua Autonomia e recusa de qualquer situação de gueto".
Mas, para retirar a Madeira da situação em que se encontra, o movimento pretende dar apenas uma colaboração.


Não pretende substituir-se aos partidos, nem transformar-se num. "É necessário que todas as forças políticas se abram ao diálogo e à cooperação, como alavanca para estabelecer as bases de entendimento necessárias a uma estratégia para retirar a Madeira da situação em que se encontra, o que deve envolver os cidadãos, as famílias e todas as instituições com representatividade de vária ordem".