quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Na Gonçalves Zarco - Recolha selectiva ajuda a financiar escola pública - Por cada quilo de material entregue serão pagos cinco cêntimos

Depois do protocolo com o BANIF e os quatro mil euros para o fundo escolar, a Escola Gonçalves Zarco prepara-se para assinar nova parceria, desta vez com uma empresa de recolha de material eléctrico. A escola compromete-se a recolher velhos electrodomésticos e a empresa paga por cada quilo cinco cêntimos.
O contrato de cooperação entre a escola e a empresa - uma firma do continente - deverá ser assinado no fim do mês e é mais uma forma de conseguir as receitas que, neste momento, não existem na Secretaria Regional de Educação. "Este é um excelente acordo e é, uma vez mais, uma alternativa aos problemas financeiros". O contrato está já acertado, mas os responsáveis pela empresa só poderão estar na Madeira no fim de Janeiro.
Rui Caetano, o director da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, explica que este protocolo tem, além dos cinco cêntimos por cada quilo de material eléctrico recolhido, tem um lado educativo, promove também as boas práticas ambientais e apela à recolha selectiva de resíduos. "Vamos lançar uma grande campanha, vamos envolver toda a comunidade educativa neste projecto e apelar às pessoas para entregar os velhos electrodomésticos - fogões, frigoríficos, televisões - no âmbito desta campanha".
Em vez de ficarem parados, os órgãos de gestão da escola, que têm autonomia para isso, foram à procura de alternativas para financiar os projectos. A ideia é garantir verbas que permitam à escola manter o nível de educação. Tal como os quatro mil euros do BANIF, este dinheiro será colocado no fundo escolar e deverá servir para financiar as actividades directamente relacionadas com os alunos.
O director da Escola Gonçalves Zarco refere que, com esta campanha de um quilo de material eléctrico por cinco cêntimos e com o protocolo assinado já com o BANIF, o estabelecimento tentará contornar a grave situação de aperto orçamental que se vive no sector público da Região. O importante, explica, "é não ficar parado à espera que alguém resolva o problema".
Protocolo com o Banif: apoio de 4 mil euros O protocolo assinado ontem manhã entre a Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco e o BANIF irá assegurar uma receita de quatro mil euros à escola. O dinheiro vai para o fundo escolar e irá garantir o pagamento de material necessário ao funcionamento e ao projecto educativo. Rui Caetano, o director, explica que, além desta verba, o BANIF irá entrar também com esferográficas, papel e capas.
Para a escola, esta é uma forma de contornar as dificuldades financeiras e o aperto que se vive em termos orçamentais; para o BANIF este protocolo integra o projecto de responsabilidade social. Ricardo Pestana, o representante do banco na assinatura do protocolo, explicou que a Gonçalves Zarco é a sexta escola a receber apoio. Na prática, o BANIF entra com quatro mil euros e a escola coloca as contas neste banco e abre o espaço para a promoção dos produtos do BANIF.
Segundo Rui Caetano, esta é uma forma de manter o projecto educativo da escola de pé. "Devemos procurar alternativas, não podemos ficar parados", sublinhou. O apoio é, na prática, feito em troca de publicidade autorizada no recinto escolar, da transferência das contas das escola para a instituição bancária. Os professores e os funcionários são livres de manter as contas onde as têm, mas o BANIF terá agora tratamento preferencial na Gonçalves Zarco.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Projecto contra 'bullying' é para continuar na Gonçalves Zarco





A escola Gonçalves Zarco lançou um projecto, no início do ano lectivo passado, com o propósito de intervir, de modo eficaz, no combate ao 'bullying'. Neste contexto, um grupo de nove alunos da escola está a desenvolver, desde aí, a campanha 'Anti-Bullying: bully don't do it', que tencionam passar para outros estudantes no próximo ano.
Este projecto foi elaborado em parceria com o Centro de Segurança Social da Madeira e o Centro Comunitário de São Martinho, com a Fundação da Juventude. Depois de terem frequentado uma formação que durou uma semana, na sala de formação do centro comunitário, sobre diversas vertentes, organizaram e dinamizaram na escola um vasto conjunto de actividades, como sessões informativas para os alunos e professores, a criação de uma página no Facebook e de um folheto informativo.
Para o ano lectivo em curso, além de continuarem com a intervenção e com as sessões de informação e debate, já foi lançado um concurso de banda desenhada, com o objectivo de sensibilizar a comunidade escolar.
Contudo, pretendem ainda realizar um intercâmbio com outro grupo de jovens que esteja também a trabalhar estas questões, no âmbito de uma eventual candidatura ao programa 'Juventude em Acção'. Outro objectivo consiste na formação de uma nova equipa de alunos que possa dar continuidade ao projecto no próximo ano lectivo, uma vez que a maioria da equipa actual frequenta o 12.º ano.


In DIÁRIO

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Movimento MADEIRA AUTONOMIA - 'Plano de emergência social' com um terço do 'jackpot'

Movimento Madeira-Autonomia desafia partidos à solidariedade
Numa altura em que a Assembleia Legislativa confirmou a manutenção dos valores das subvenções aos partidos, em mais de cinco milhões de euros anuais, o Movimento Madeira-Autonomia vem a público fazer uma sugestão aos partidos, de forma a que devolvam à sociedade parte do dinheiro que recebem. É proposto, muito concretamente, "que as diferentes forças políticas com representação parlamentar, reafectem ao 'programa de emergência social' um terço das verbas que lhes são destinadas pelo financiamento público".
Os membros do Movimento lembram que um terço do valor corresponde a propostas vindas a públicos por parte de alguns partidos. Mas essas propostas não vingaram no parlamento.
O Madeira-Autonomia diz que essas reivindicações correspondem a uma "justa indignação" de vários políticos e partidos e afirmam que, actualmente, defender os madeirenses (lema do movimento) "é defender os madeirenses mais pobres".
O movimento propõe aos partidos, que recebem subvenções, que façam com o dinheiro o que o Orçamento da Região deveria ter feito e não fez. "Em nome da justiça distributiva" criem um programa de emergência social.
Esse programa deverá contemplar várias vertentes, umas de curto prazo, outras mais alargadas no tempo. "De natureza urgente e imediata" é defendido um programa de emergência alimentar para crianças e jovens, que, em colaboração com as escolas, possa garantir, no mínimo, uma refeição diária.
Numa "intervenção mais alargada", é proposta a doação de verbas a instituições de solidariedade social e religiosas, "nomeadamente paróquias ou jurisdição equivalente de diferentes credos".
"De natureza estratégica e de sustentabilidade económica e social" é proposto um plano alimentar regional, sustentado nas actividades marítima, piscícola e de produção horto-frutícola. Um programa que teria a mais-valia de conter um componente paisagística e de ordenamento do território.
"Este programa pode e deve ser pensado tendo em conta os recursos humanos disponíveis, nomeadamente desempregados, a quem seria dada a formação necessária a este projecto, feito em colaboração com organismos de natureza diversa, nomeadamente a Universidade da Madeira e organismos profissionais de várias ordem."
Dar a caraApós um primeiro momento, em que apenas três pessoas aceitaram dar a cara pelo movimento, nesta altura existe um conjunto de pessoas que já assumem publicamente estarem empenhadas no projecto Madeira-Autonomia.

Para já, são mais dez, mas Rui Caetano assegura que, muito em breve, mais pessoas estarão dispostas a assumir a participação no projecto. Trata-se um processo lento, mas seguro, garante. A ideia é não fazer do Madeira-Autonomia um projecto que venha a desaparecer, como aconteceu com vários outros na região.
Os nomes que aceitam a divulgação são: Eduardo Freitas - licenciado em engenharia biomédica; Sancho Gomes - licenciado em filosofia; Rosália Ornelas - professora; Duarte Franco - licenciado em gestão; Carolina Santos - licenciada em psicologia; Sérgio Abreu - professor; Fátima Pitta Dionísio - poetisa; José Abreu - enfermeiro; Patrícia Spínola - professora; e Maria José Fernandes - reformada.
(Membros fundadores : Miguel Fonseca, Aires Pedro e Rui Caetano)