segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Rui Nepomuceno adere ao Movimento Madeira-Autonomia

Movimento tenta demonstrar-se apartidário com aderentes de diferentes origens.

É a tentativa de deixar claro que o Movimento Madeira-Autonomia é apartidário. Os dirigentes do movimento divulgam os nomes de mais alguns aderentes ao projecto, pessoas de diferentes origens e conotações partidárias.
Um dos nomes mais sonantes que aceitou o convite para integrar o movimento é Rui Nepomuceno, histórico militante do Partido Comunista Português.
Com conotação partidária, aparece também Cláudio Pestana que, depois de ser dirigente da juventude do Bloco de Esquerda, agora está envolvido no projecto de José Manuel Coelho e do Partido Trabalhista Português.
Sónia Almada, mulher de Roberto Almada, dirigente do BE, também assume a sua pertença ao Madeira Autonomia, assim como Gonçalo Nuno Santos, assessor de imprensa do CDS.
Há ainda um conjunto de pessoas sem conotação partidária óbvia, mas que também dão a ideia de uma participação socialmente alargada: José Casimiro Pereira - oficial de justiça; Pedro Miguel Luís Dinis - oficial de justiça; Fernando Jorge Mourão Braga - oficial de justiça; Teresa Jesus Pestana Marcos - professora; Ângela Maria Gomes Ferreira de Sousa - técnica administrativa; Filipe Pinto - operador de telemóveis.
O Madeira-Autonomia assume-se como um movimento que pretende defender as causas autonómicas, sem se substituir aos partidos. Nasceu há alguns meses, ainda que não tenha existência formal.
Mesmo assim tem vindo a realizar algumas iniciativas para se dar a conhecer, como a divulgação de um manifesto ou uma audiência com o Representante da República para a Madeira - Ireneu Barreto.
São os primeiros rostos do movimento: Rui Caetano; Miguel Fonseca e Aires Pedro.


domingo, 19 de fevereiro de 2012

A Escola e os alunos com fome

A sociedade contemporânea exige, cada vez mais,às escolas novas formas de estar e de olhar o mundo,não só porqueos seus desafios se renovam todos os dias, como os seus paradigmas também estão em fase de mudança. Nada é constante, o estudo, a aprendizagem, o emprego, o conceito da carreira profissional, os horários de trabalho, a precariedade, os despedimentos, a família, isto é, tudo se alterou.
Esta dinâmica da nossa sociedade, a transbordar informação e tecnologias e coma era digital a invadir as nossas vidas,exige que os alunos construam de forma diferente do tradicionalo seu próprio conhecimento, o seu saber e nunca abandonem a forte vontade para adquirirem as competências necessárias para atingirem o sucesso académico e profissional.

A escola, por sua vez, tem de ser capaz de ensinar os alunos a pensar melhor, a refletir, a reinventar cada situação, a serem autodidatas, a tomarem opções, a assumirem um espírito crítico, a enfrentarem as transformações do mundo como uma etapa normal do desenvolvimento, todavia, hoje, esta tarefa esbarra com uma dura realidade que se chama fome. Fome com duas faces: uma envergonhada, escondida atrás de um olhar triste e de uma dor constante no estômago, e outra mais visível!
A escola assume assim uma nova e importante função social. Continua a ensinar conteúdos programáticos, a passar valores, a gerir conflitos sociais e a resolver os mais diversos problemas disciplinares, sem dúvida, mas, por força das circunstâncias, juntou agora aos seus objetivosa necessidade de encontrar os meios suficientes para diminuir a fome entre muitos dos seus alunos.

Em algumas situações, a escola significa o último recurso para estas crianças e jovens.

Os resultados que a escola tem atingido nesta matériasó têm sido possíveis porque existem professores solidários, verdadeiros profissionais que juntamente com algumas instituições procuram ajudar a garantir parte das necessidades básicas dos seus alunos.
OPINIÃO publicada: In DIÁRIO

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Escola Gonçalves Zarco ajuda a encontrar emprego - UNIVA-ZARCO

A Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco dispõe de uma Unidade de Inserção na Vida Activa (UNIVA), organização acreditada pelo Instituto de Emprego da Madeira, que tem como objectivos principais garantir o acolhimento, a informação e a orientação profissional, bem como o apoio e o acompanhamento dos jovens, alunos ou familiares de alunos em experiências no mundo do trabalho e na procura de uma formação ou de emprego. Com 200 inscritos, através da UNIVA-Zarco, 10 % já conseguiram emprego e 23% formação.
A maioria dos inscritos é do sexo feminino, em idade adulta e com fracas habilitações académicas. Segundo o presidente do conselho executivo da escola, Rui Caetano, esta unidade tem desenvolvido a sua intervenção "no apoio directo aos alunos em fase de transição para a vida activa, bem como aos seus familiares, recolhendo e divulgando propostas e ofertas de emprego, estágios e possibilidades de formação profissional". "O trabalho da UNIVA- Zarco incide ainda na promoção, integração e encaminhamento profissional dos jovens, fomentando no indivíduo o desenvolvimento de técnicas de procura activa de emprego, a qualificação e o empreendedorismo", frisou, salientando que também apoia as empresas na selecção de colaboradores, realizando também sessões individuais e colectivas sobre procura activa de emprego.
"O trabalho tem sido bastante positivo em termos de abertura da escola à sociedade e à sua integração na realidade dos nossos alunos", sublinhou, precisando que "as dinâmicas desenvolvidas conseguem encaminhar centenas de famílias em situação de desemprego à escola, havendo uma excelente interacção entre a UNIVA-Zarco e a comunidade educativa e garantindo uma intervenção partilhada, com resultados evidentes".

In DIÁRIO

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Na Gonçalves Zarco - Recolha selectiva ajuda a financiar escola pública - Por cada quilo de material entregue serão pagos cinco cêntimos

Depois do protocolo com o BANIF e os quatro mil euros para o fundo escolar, a Escola Gonçalves Zarco prepara-se para assinar nova parceria, desta vez com uma empresa de recolha de material eléctrico. A escola compromete-se a recolher velhos electrodomésticos e a empresa paga por cada quilo cinco cêntimos.
O contrato de cooperação entre a escola e a empresa - uma firma do continente - deverá ser assinado no fim do mês e é mais uma forma de conseguir as receitas que, neste momento, não existem na Secretaria Regional de Educação. "Este é um excelente acordo e é, uma vez mais, uma alternativa aos problemas financeiros". O contrato está já acertado, mas os responsáveis pela empresa só poderão estar na Madeira no fim de Janeiro.
Rui Caetano, o director da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, explica que este protocolo tem, além dos cinco cêntimos por cada quilo de material eléctrico recolhido, tem um lado educativo, promove também as boas práticas ambientais e apela à recolha selectiva de resíduos. "Vamos lançar uma grande campanha, vamos envolver toda a comunidade educativa neste projecto e apelar às pessoas para entregar os velhos electrodomésticos - fogões, frigoríficos, televisões - no âmbito desta campanha".
Em vez de ficarem parados, os órgãos de gestão da escola, que têm autonomia para isso, foram à procura de alternativas para financiar os projectos. A ideia é garantir verbas que permitam à escola manter o nível de educação. Tal como os quatro mil euros do BANIF, este dinheiro será colocado no fundo escolar e deverá servir para financiar as actividades directamente relacionadas com os alunos.
O director da Escola Gonçalves Zarco refere que, com esta campanha de um quilo de material eléctrico por cinco cêntimos e com o protocolo assinado já com o BANIF, o estabelecimento tentará contornar a grave situação de aperto orçamental que se vive no sector público da Região. O importante, explica, "é não ficar parado à espera que alguém resolva o problema".
Protocolo com o Banif: apoio de 4 mil euros O protocolo assinado ontem manhã entre a Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco e o BANIF irá assegurar uma receita de quatro mil euros à escola. O dinheiro vai para o fundo escolar e irá garantir o pagamento de material necessário ao funcionamento e ao projecto educativo. Rui Caetano, o director, explica que, além desta verba, o BANIF irá entrar também com esferográficas, papel e capas.
Para a escola, esta é uma forma de contornar as dificuldades financeiras e o aperto que se vive em termos orçamentais; para o BANIF este protocolo integra o projecto de responsabilidade social. Ricardo Pestana, o representante do banco na assinatura do protocolo, explicou que a Gonçalves Zarco é a sexta escola a receber apoio. Na prática, o BANIF entra com quatro mil euros e a escola coloca as contas neste banco e abre o espaço para a promoção dos produtos do BANIF.
Segundo Rui Caetano, esta é uma forma de manter o projecto educativo da escola de pé. "Devemos procurar alternativas, não podemos ficar parados", sublinhou. O apoio é, na prática, feito em troca de publicidade autorizada no recinto escolar, da transferência das contas das escola para a instituição bancária. Os professores e os funcionários são livres de manter as contas onde as têm, mas o BANIF terá agora tratamento preferencial na Gonçalves Zarco.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Projecto contra 'bullying' é para continuar na Gonçalves Zarco





A escola Gonçalves Zarco lançou um projecto, no início do ano lectivo passado, com o propósito de intervir, de modo eficaz, no combate ao 'bullying'. Neste contexto, um grupo de nove alunos da escola está a desenvolver, desde aí, a campanha 'Anti-Bullying: bully don't do it', que tencionam passar para outros estudantes no próximo ano.
Este projecto foi elaborado em parceria com o Centro de Segurança Social da Madeira e o Centro Comunitário de São Martinho, com a Fundação da Juventude. Depois de terem frequentado uma formação que durou uma semana, na sala de formação do centro comunitário, sobre diversas vertentes, organizaram e dinamizaram na escola um vasto conjunto de actividades, como sessões informativas para os alunos e professores, a criação de uma página no Facebook e de um folheto informativo.
Para o ano lectivo em curso, além de continuarem com a intervenção e com as sessões de informação e debate, já foi lançado um concurso de banda desenhada, com o objectivo de sensibilizar a comunidade escolar.
Contudo, pretendem ainda realizar um intercâmbio com outro grupo de jovens que esteja também a trabalhar estas questões, no âmbito de uma eventual candidatura ao programa 'Juventude em Acção'. Outro objectivo consiste na formação de uma nova equipa de alunos que possa dar continuidade ao projecto no próximo ano lectivo, uma vez que a maioria da equipa actual frequenta o 12.º ano.


In DIÁRIO

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Movimento MADEIRA AUTONOMIA - 'Plano de emergência social' com um terço do 'jackpot'

Movimento Madeira-Autonomia desafia partidos à solidariedade
Numa altura em que a Assembleia Legislativa confirmou a manutenção dos valores das subvenções aos partidos, em mais de cinco milhões de euros anuais, o Movimento Madeira-Autonomia vem a público fazer uma sugestão aos partidos, de forma a que devolvam à sociedade parte do dinheiro que recebem. É proposto, muito concretamente, "que as diferentes forças políticas com representação parlamentar, reafectem ao 'programa de emergência social' um terço das verbas que lhes são destinadas pelo financiamento público".
Os membros do Movimento lembram que um terço do valor corresponde a propostas vindas a públicos por parte de alguns partidos. Mas essas propostas não vingaram no parlamento.
O Madeira-Autonomia diz que essas reivindicações correspondem a uma "justa indignação" de vários políticos e partidos e afirmam que, actualmente, defender os madeirenses (lema do movimento) "é defender os madeirenses mais pobres".
O movimento propõe aos partidos, que recebem subvenções, que façam com o dinheiro o que o Orçamento da Região deveria ter feito e não fez. "Em nome da justiça distributiva" criem um programa de emergência social.
Esse programa deverá contemplar várias vertentes, umas de curto prazo, outras mais alargadas no tempo. "De natureza urgente e imediata" é defendido um programa de emergência alimentar para crianças e jovens, que, em colaboração com as escolas, possa garantir, no mínimo, uma refeição diária.
Numa "intervenção mais alargada", é proposta a doação de verbas a instituições de solidariedade social e religiosas, "nomeadamente paróquias ou jurisdição equivalente de diferentes credos".
"De natureza estratégica e de sustentabilidade económica e social" é proposto um plano alimentar regional, sustentado nas actividades marítima, piscícola e de produção horto-frutícola. Um programa que teria a mais-valia de conter um componente paisagística e de ordenamento do território.
"Este programa pode e deve ser pensado tendo em conta os recursos humanos disponíveis, nomeadamente desempregados, a quem seria dada a formação necessária a este projecto, feito em colaboração com organismos de natureza diversa, nomeadamente a Universidade da Madeira e organismos profissionais de várias ordem."
Dar a caraApós um primeiro momento, em que apenas três pessoas aceitaram dar a cara pelo movimento, nesta altura existe um conjunto de pessoas que já assumem publicamente estarem empenhadas no projecto Madeira-Autonomia.

Para já, são mais dez, mas Rui Caetano assegura que, muito em breve, mais pessoas estarão dispostas a assumir a participação no projecto. Trata-se um processo lento, mas seguro, garante. A ideia é não fazer do Madeira-Autonomia um projecto que venha a desaparecer, como aconteceu com vários outros na região.
Os nomes que aceitam a divulgação são: Eduardo Freitas - licenciado em engenharia biomédica; Sancho Gomes - licenciado em filosofia; Rosália Ornelas - professora; Duarte Franco - licenciado em gestão; Carolina Santos - licenciada em psicologia; Sérgio Abreu - professor; Fátima Pitta Dionísio - poetisa; José Abreu - enfermeiro; Patrícia Spínola - professora; e Maria José Fernandes - reformada.
(Membros fundadores : Miguel Fonseca, Aires Pedro e Rui Caetano)