segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Líder do PS-M acusa Cavaco de ter pactuado com os atropelos à democracia

O líder dos socialistas insulares, Jacinto Serrão, acusou hoje Cavaco Silva de falta de isenção «na relação com as regiões autónomas», tendo feito «uma leitura partidária do cargo».
O presidente do Partido Socialista da Madeira fez uma declaração política relativamente ao significado das visitas dos candidatos Cavaco Silva e Manuel Alegre à região, no âmbito da pré-campanha para as presidenciais, tendo anunciado o apoio convicto a candidato apoiado pelo PS e BE.
Considerou que Cavaco «fez uma leitura partidária do cargo, perturbou o livre exercício constitucional dos órgãos de governo dos Açores e pactuou, por omissão, com os graves atropelos à democracia e à autonomia desta maioria autoritária do PSD-Madeira».
O líder insular disse ainda que Cavaco Silva não exerceu em pleno as competências presidenciais na sua relação com os órgãos de governo próprio da Região Autónoma da Madeira, pois, «não só se absteve de fazer uso da prerrogativa constitucional de enviar mensagens ao parlamento regional», como foi também «cúmplice, por omissão e silêncio público, com os insultos ao parlamento e aos princípios da Constituição da República, perpetrados por este regime político».
Jacinto Serrão afirmou também não ser «admissível nem tolerável» que haja atropelos sistemáticos à democracia e à liberdade num país da União Europeia e que «o chefe de Estado desse país não actue».
«A verdade é que, se há um problema de democracia numa parcela do território nacional, há um problema de democracia em Portugal. Ninguém pode continuar a fechar os olhos a estes problemas, como fez Cavaco Silva durante o seu mandato», afirmou.
Comparando os candidatos Cavaco Silva e Manuel Alegre, o presidente do PS Madeira, afirmou que Alegre «não se cala, não
pactua, nem concorda com os atropelos à democracia e à liberdade».


In SOL

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