Para Eduardo Lourenço, ensaísta convidado para a sessão comemorativa do 75º aniversário da publicação de Mensagem, o poema épico de pessoa foi «tomado de imediato como uma espécie de bíblia no nacionalismo poético, apesar do seu misticismo obscuro», de tal forma que chegou a ser «um livro quase popular».
«Em parte devido a essa confiscação patriótica do poema, muitos dos que admiravam Pessoa como um mago que alterara a nossa paisagem lírica e a nossa visão do mundo prestaram pouca atenção» a Mensagem, afirmou o ensaísta, na sessão que decorreu num repleto auditório da Biblioteca Nacional, em Lisboa.
«É um livro de um outro futuro, 'Mensagem' teria que esperar uma leitura mais adequada ao seu mistério e à sua intrínseca estranheza, tanto no fundo como na forma, num outro tempo mais propício e aberto, igualmente mais complexo e estranho», acrescentou.
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=155748
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