domingo, 20 de fevereiro de 2011

Serrão vai abalar PS nacional com moção a pedir mudança

Um PS mais próximo da sua matriz natural, do socialismo democrático, e que se demarque claramente do modelo neo-liberal que está a contaminar a governação de José Sócrates. Em traços gerais, é esta ideia-base da moção de estratégia global que Jacinto Serrão vai apresentar no XVII Congresso Nacional do PS, constituindo-se como alternativa à moção defendida pelo líder nacional. Espera-se, por isso, que a reunião magna a realizar entre 8 e 10 de Abril no Porto seja palco de grande discussão e polémica.
O líder dos socialistas madeirenses considera que a estrutura nacional precisa de voltar a conquistar a sociedade portuguesa e que depois o Governo da República vai perceber os sinais de mudança que se registam no PS. Serrão defende por isso que "o Congresso não pode ser uma missa cantada", mas antes palco de reflexão sobre o melhor caminho a seguir. Jacinto Serrão entende que é nos fundamentos do socialismo democrático e na defesa do estado social que se encontram as respostas para a crise que Portugal atravessa, e não na fórmula neoliberal, que em nome de uma pretensa liberdade económica está a criar desigualdade social e a colocar em causa as próprias liberdades políticas.
Aliás, o texto que será defendido pelo político madeirense vai recordar que os problemas financeiros do país têm a origem em ataques de especuladores, pelo que a 'factura' também deve ser paga pelos bancos e não apenas com uma sobrecarga de impostos sobre trabalhadores e pequenas e médias empresas.
A apresentação de uma moção de estratégia global está reservada aos candidatos à liderança do PS nacional. Mas esse, contudo, não é o objectivo que leva Jacinto Serrão a apresentar o citado documento orientador, tanto mais que continua a afirmar que a sua luta é pela Madeira.

PS defende pequenos e médios comerciantes

O líder do PS, Jacinto Serrão, foi ontem à Zona Velha do Funchal chamar à atenção para os problemas que afectam os pequenos comerciantes locais, a contas com prejuízos económicos resultantes das inundações causadas pela deficiente rede de escoamento de águas pluviais e de saneamento básico. Segundo Serrão, "este PSD que governa a Região e a autarquia durante estes anos todos nunca teve uma política para incentivar os pequenos e médios empresários, antes pelo contrário". A este propósito, deu os exemplos da dívida administrativa que representa "colocar uma corda ao pescoço dos pequenos e médios empresários" e a construção de bares e restaurantes pelas sociedades de desenvolvimento, no que definiu como sendo concorrência desleal.

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