quarta-feira, 25 de março de 2009

Política partidária

Hoje, assumir como opção de vida o exercício da cidadania plena, integrando um partido político, com o objectivo de participar de forma activa na construção de uma sociedade mais justa e mais livre não constitui uma tarefa fácil nem no interior da estrutura partidária nem no exterior!
Na política, em qualquer região do país e do mundo, não basta parecer bem, ter uma gravata bonita, um fato bem engomado, uma licenciatura e boas ideias. Torna-se imprescindível além do respeito pelos outros e da capacidade de interacção e da disponibilidade para conviver com as regras da pluralidade, ter o discernimento de saber como expressar os argumentos necessários para defender as suas ideias.

Infelizmente, há gente na política partidária demasiado presa ao calculismo dos seus passos e age apenas porque se integrou num qualquer jogo de sombras que, em vez de unir e assumir uma causa comum, um interesse colectivo, se limita a desenhar o seu pequeno espaço utilizando as cores do preconceito, da rejeição, da exclusão e da ofensa.
Esta forma de actuar não tem nada a ver com política, este procedimento significa oportunismo e serve para destruir o que a política tem de mais genuíno que é o pluralismo, o debate de ideias e a construção de projectos em prol de uma causa comum.

Quem está há, relativamente, pouco tempo na política e já utiliza a estratégia da exclusão e da ofensa pessoal como meios para atingir os seus objectivos políticos, mostra a sua fraqueza e, em pouco tempo, tornar-se-á vítima da sua própria estratégia. Os comportamentos de arrogância e sobranceria não encontram sucesso na vida quotidiana e muito menos no sistema político democrático.

Como dizia Hipócrates “O tempo é aquele em que há oportunidade e a oportunidade é aquilo em que há tempo, mas não muito”. Por isso, devemos agarrar as oportunidades que nos surgem e não deixá-las escapar por meros egoísmos ou porque não queremos contar com todos, mas apenas com alguns.

10 comentários:

Cadinho RoCo disse...

Não sei o que acontece, mas esta publicação traz relação estreita com a realidade que vivemos aqui no Brasil. Impressionante.
Cadinho RoCo

Anónimo disse...

Penso que está a falar no João Carlos Gouveia? Ou estou enganado?

poetaeusou . . . disse...

*
eu já me recuso
a pensar em "tal",
quanto mais . . .
falar ou escrever . . .
,
um abraço,
,
*

Alexandro Pestana - www.miradouro.pt disse...

Mai nada! Embrulha! heheh :D

A foto do gato que se vê com cara de leão ao ver-se ao espelho lembra-me umas personalidades do PSD-M :D

Rui Caetano disse...

Não! Não me refiro ao Joâo Carlos Gouveia.

Espaço do João disse...

Meu caro Rui.
Estou completamente de acordo. No entanto há também aqueles que fazem política única e simplesmente para melhoria do cidadão. Não sei se já comentei que quando estive na política autarquica, até as senhas de presença rejeitei, oferecendo-as aos bombeiros locais. Sempre pugnei que a política não é uma profissão mas, uma dedicação á causa nacional e ao povo. Acima de tudo, o político não deve ter mancha . Também não pode viver sem dinheiro, mas penso que não se vai para a política por dinheiro. Um abraço do João.

xistosa, josé torres disse...

De política só sei que todos os imbecis com que lidei, mesmo no partido que votei e não escondo, foi PS, foram os que treparam mais e mais depressa.
Não posso referir concelhias, que ia descobrir a careca a carecas, mas quando fui arrastado, posso dizer o nome, por Orlando de Barros Gaspar, para militância, nunca mais me esquece do que lhe disse.
Política no nosso país, só de armas na mão.
E não mudo o pensamento, mesmo que não disparasse contra ninguém, tenho a certeza que muitos valentões que acusam a república, porque já não há monarquia, até se borrav ...

Fui sempre assim e o Orlando Gaspar sabe que cerca de 1100 funcionários estavam contra mim, (houve quem me quisesse bater - mas um a um era um pouco difícil que nunca fui fácil de assoar) para meu bem, possuía a verdade do que se ia tratar e eu e o Orlando não saímos em ombros porque não gosto de melífluos.

Um dia ainda lhe hei-de contar uma cena com o camarada das bebedeiras ... como se chama ele, ah! Alberto João Jardim, o Imperador das Frutas Tropicais e outras que tais ...

Donne disse...

Olhe optimo atigo...
Considero-o pelo o pouco que o conheço um verdadeiro socialista, dentro de um partido como o PS, que cada vez mais practica politicas de direita..
Voce faz bem ao PS...

Anónimo disse...

Que nem uma luva para o Dr. CARLOS PEREIRA!

Anónimo disse...

E ao Rui Caetano? Conhece?