Li no Diário de Notícias da Madeira:"É mais um protesto do deputado do PND na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM). Esta manhã, José Manuel Coelho chegou à Assembleia Legislativa da Madeira vestido à veraneante, com óculos de sol, e instalou à porta do parlamento regional uma espreguiçadeira onde esteve algum tempo deitado. À acção, juntou-se o líder do PND, Baltasar Aguiar, que manteve um diálogo preparado com José Manuel Coelho. Este é mais um protesto contra o que o deputado do PND considera ser o pouco tempo de trabalho dos parlamentares da Região.
Ontem o mesmo deputado manifestou-se contra a proposta do líder da bancada social-democrata, Jaime Ramos, de encerrar para férias os trabalhos da ALM já nesta quarta-feira".
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Estava hoje num café a ler o Diário quando se aproximou um grupo de 5 alunos, alguns desconhecidos, outros tinham sido meus alunos, há uns bons anos atrás.
Depois de conversarmos um pouco sobre os resultados dos exames nacionais, um deles, ao ver a foto do deputado do PND no DN, perguntou logo o que é que o homem do relógio tinha feito desta vez.
Descrevi o acontecimento e depois de sorrirmos todos, um deles dissera que nunca tinha votado, apesar dos seus 19 anos, mas, nas próximas eleições, iria "ter a maçada de ir votar no homem do relógio, porque a política é uma podridão e os deputados só querem é comer o seu, não fazem nada, aumentam o seu ordenado às escondidas", e continuou: "o homem do relógio é um espectáculo, aquele pelo menos diz as verdades que os outros têm medo de dizer". Os restantes concordaram com o colega e um falava que lá em casa os pais já tinham dito que iriam votar no deputado do relógio.
(Não é a primeira vez que ouço este tipo de comentários).
Foi curioso que um destes rapazes contou que um seu irmão, que frequenta o 9.º ano, foi à Assembleia Regional com a turma e enquanto um deputado discursava, uns liam os jornais, outros bocejavam, outros falavam ao telefone, outros mandavam bocas, até um estava a mascar, parece que aquilo foi uma vergonha.
Era um grupo de adolescentes, a maioria bons alunos, apenas um deles não tinha conseguido média para o curso pretendido. Pelas conversas que tivemos, em poucos minutos, deu para perceber que estes adolescentes estão atentos à dura realidade da Madeira e olham para a política e os políticos de um modo demasiado negativo.