quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A era do empreendedorismo

Hoje, é comum ouvir-se o termo empreendedorismo. À primeira análise, até parece que se trata de uma simples questão de moda, mas, na verdade, não é, pois o assunto é bastante sério e torna-se inclusive essencial no desenvolvimento de uma sociedade.
Se conseguirmos formar cidadãos com um espírito empreendedor, então, o nosso país terá um futuro auspicioso. Decidir por uma postura empreendedora exige de nós o querer fazer com vontade persistente, mas não basta querer fazer, é preciso acreditar nas nossas potencialidades inovadoras e nunca perder a motivação.
Acredito também que a própria sociedade, nas suas diversas valências, e o ensino, em concreto, deveriam investir de modo substantivo num processo de formação ao longo da vida cuja trave mestra fosse o educar para o empreendedorismo.
A vida do nosso tempo já não tem reservado um lugar ao sol para os cidadãos que se recusam a agarrar novos desafios, preferindo passar ao lado das oportunidades que vão surgindo, por simples comodismo ou, muitas das vezes, porque têm medo de correr riscos. Se não quisermos ficar no rol dos excluídos, a sociedade dos nossos dias obriga-nos a estar atentos e a assumir uma atitude dinâmica na vida profissional, social e pessoal.
Deste modo, considero que as escolas têm um longo caminho a percorrer neste campo da formação de cidadãos empreendedores.
Há a necessidade de a escola ensinar, ainda mais, a olhar para o mundo como uma oportunidade de vida. É preciso ajudar os alunos a despertar a inquietação e a motivar para a curiosidade. Por isso, entendo que as escolas deverão investir de um modo sistematizado no ensino do empreendedorismo.
Poderia ser possível criar uma disciplina do empreendedorismo onde os alunos aprendessem a conceber um projecto empresarial fictício, mas exequível. Assim, poderiam praticar a gestão, cumprindo todos os requisitos legais como se estivessem à frente de uma iniciativa verdadeira. Ganhariam prática e novas competências, tentariam prever acontecimentos, aprenderiam a corrigir e a alterar os objectivos consoante os resultados. Tomariam consciência dos riscos e das consequências das decisões tomadas.
Seria mais uma forma de despertar nos alunos a necessidade de fazer, mas de fazer algo concreto, inclusive, um possível negócio de produção ou comercialização de produtos ou serviços que tivessem a hipótese de aplicar num futuro próximo e na vida real. Seria mais uma estratégia de se aperceberem que se estiverem atentos ao mundo envolvente, as oportunidades existem, mas é imprescindível manter-se bem informado e trabalhar no sentido de agarrar essas oportunidades de vida.

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