segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

As minhas poesias


Os dias


Os dias não se desvanecem
enquanto o vento nunca se afasta

os dias não se apagam no furor das vagas
ao encontro do canto das gaivotas

os dias não morrem

e se o calor do sol adormecer na esquina das trevas
entre os lençóis negros das nuvens
os dias continuam a não morrer

os dias não morrem quando o verde
vivo da natureza se atira contra o murmúrio da terra ...

porque auscultam sempre o eco dos séculos
porque vêem sempre a magia acesa na face oculta do teu rosto
os dias não morrem.

-
Rui Caetano

20 comentários:

Maria Laura disse...

Um belíssimo poema de quem contempla os ciclos contínuos dos dias que não morrem. Uma influência insular muito bela.

Pena disse...

Talentoso Amigo:
Um poder admirável como lida e manusea as palavras que lhe saem do seu sentir e pensar.
Grandioso talento concebido por um poema fabuloso que registo com agrado e satisfação.
Parabéns, gosto muito do que escreve de forma deliciosa e sentida.

Abraço forte de estima e amizade.

Com imenso respeito e consideração

pena

Anónimo disse...

Poema interessante... E eu que nem gosto muito de literatura e poesia mas está bonito. Já pensou em escrever um livro de poesia?

Já agora, podia aproveitar e escrever um livro de gestão autárquica e oferecer um exemplam aos pe-pe-deias que andam aflitos a pedir socorro à AMRAM! haha. :)

Abg. PATRICIA S. SALAZAR C. disse...

realmente bello este poema, pasaba a saludarte, besos....

Anónimo disse...

Oie Ruy, impressionantes versos! "a magia acesa na face oculta do teu rosto os dias não morrem" Poxa lindo, viu?
Que sua semana seja de realizações!
Beijos

Sugar Bear disse...

Estas palavras são bonitas. Obrigado visitando meu blog.
Karla

São disse...

Gostei do poema, sim!

Gostaria de saber a sua opinião acerca do tema que postei em Silêncio Culpado, cujo link está nas minhas Netamizades.

Obrigada!

rui disse...

Lindo!
Os dias não morrem, renovam-se!

Abraço

isabel mendes ferreira disse...

os dias não morrem ....

enquanto continuares a nos oferecer este "lado de ti" frente ao teu mar...de marés Vivas.



um beijo.

tchi disse...

Os dias nascem depois de todas as noites e madrugadas.

Beijo.

Déborah Capel disse...

Os dias só morrem com o fim de nós.
O fim da vida.
Bem legal aqui!
E obrigada pelo elogio!
;*

Maria disse...

Pois não, assim os dias não morrem.....

Muito bonito!
Beijo

Diego. disse...

os dias não morrem, mas a vida não espera... muito bom seu poema!

Al Cardoso disse...

Nao os dias nao morrem, por vezes nos mata-mo-los quando nao somos capazes de contribuir cada dia com algo util para toda a sociedade.
Um pouquinho de cada vez talvez daqui a mil anos o mundo seja muito melhor!

Um abraco d'algodrense.

[A] disse...

Já estou naquele ponto do caminho em que prefiro os dias de sol.
E os dias de sol são também feitos de sombras...

Acho mais ricos os dias de sol.


Troco um sorriso rasgado pelas tuas palavras.
És sempre bem vindo, mesmo quando eu nada tenha para trocar.

paula disse...

Os dias não morrem... e como isso é fantástico!

Fernando Santos (Chana) disse...

CAro Amigo, gostei da sua poesia e tambem da pintura !
Um abraço

Oliver Pickwick disse...

"...porque auscultam sempre o eco dos séculos..."
Ei, Rui! Deveria publicar mais textos com a dimensão dos versos desta poesia, eternos, ternos e cósmicos.
Pelo menos não se estressaria com os maus políticos. Pois estes, meu caro, também não morrem jamais. São como a tropa de elite do exército da antiga Pérsia, os 10.000 imortais, à medida que alguns sucumbiam em batalha, eram imediatamente substituídos por outros, dando a ilusão ao inimigo de uma tropa indestrutível.
Grande texto, gostei muito!
Saudações do Brasil!

Heraclita disse...

Há sempre uma razão mágica para que "os dias não morram" ;) bonito texto poético.

APC disse...

É... Os dias insistem em sê-lo, já o dizia eu, de outra maneira, lá no tasco, por coincidência!