quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O referendo ao Tratado de Lisboa

Discordo da decisão do primeiro-ministro em não referendar o Tratado de Lisboa. Em meu entender, trata-se de um erro estratégico, ainda mais quando a vitória do sim estava praticamente garantida.
A simples ratificação do Tratado de Lisboa no Parlamento sabe a pouco. Com um referendo, haveria a oportunidade dos portugueses discutirem, reflectirem e conhecerem, entre outras questões fundamentais, as novas responsabilidades desencadeadas com a assinatura do Tratado de Lisboa.
Seria também uma forma de se lançar no país um debate sério e esclarecedor entre grupos de cidadãos e os partidos políticos europeístas e anti-europeístas.

Como o PS e o PSD apoiam o Tratado de Lisboa, como já afirmei, a vitória do sim no referendo estava garantida. Assim, os partidos da esquerda, BE e PCP, ficariam isolados nas suas opções anti-europeístas. Quanto ao CDS, ainda não percebi se votariam sim ou não no referendo.

Apesar de compreender os argumentos apresentados pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República, considero que Portugal só teria a ganhar se fizesse o referendo.

13 comentários:

CIELO disse...

HOLA...OBRIGADO PARA VISING MEU BLOG.... ELE ASSIM AGRADÁVEL PARA ENCONTRAR-SE COM O. VOLTADO POR FAVOR LOGO.

Cielo

Darshany L. disse...

Olá, estou retribuindo a visita =)

Bom, não posso concordar nem discordar com o tal primeiro-ministro, porquê eu nem faço idéia sobre essa história de referendo aí em Portugal.

Mas, na minha opinião, um referendo sempre é uma oportunidade de o povo mostrar o que pensa, o que quer. Aqui no Brasil houve um assim, em relação à lei do desarmamento.

=)

DESEJOXXX disse...

penso que tem de existir concenso entre todos os membros da UE o que não quer dizer que só tomem as decisões os politos, as pessoas tem direito a opinar mas neste caso acho que não há uma necessidade util em se fazer um referendo.
era preferivel ao inves disso, que fosse, por exemplo distribuido alguma informação sobre o que realmente é, o tal Tratado de Lisboa!

um abraço

Anónimo disse...

Efectivamente, o regime democrático de Portugal teve hoje um mau dia. A maioria das questões do Tratado Constitucional mantêm-se inalteradas no Tratado de Lisboa. Os deputados não deveriam estar mandatados para mais uma venda da soberania nacional, mas sim para promover uma real construção da Europa, com e pelos cidadãos europeus. É pena.

Joel Viana - Ribeira Brava(causanostramadeira.blogspot.com)

MMV disse...

Acho que só a Irlanda é que irá fazer o referendo não é verdade?!

Quanto ao referendo, concordo plenamente com o seu ponto de vista!

Lóginus disse...

Obrigado pela visita!

Percebo que seu blog fala bastante sobre política, assunto que não domino muito, mas sempre tento me manter informado. Acho muito importante.

Vou passar a visitar mais vezes... e vai ser interessante, enquanto falo sobre os tramites da alma vc fala sobre os tramites políticos!

Tudo de bom pra vc aí de Portugal!

Té + v

Anónimo disse...

Realizar um referendo ia custar muito dinheiro ao estado e perda de tempo... Se o governo não realiza referendo é porque sabe que não ia compensar porque o povo portugues não tem cultura para perceber o que é que ele significa e o que valeu ser fechado em solo Portugues...

Sócrates fez muito bem arrumar logo o assunto para ter mais tempo para apontar as atenções para dentro do país que bem que temos muita coisa por fazer!

Cavaco também o apoiou, por isso, pondo tudo na balança, acho que o referendo não ia trazer nada de novo... Foi uma questão de despachar trabalho porque há mais que fazer :)

amsf disse...

Penso que na generalidade os políticos defensores do referendo o fazem como arma de arremesso político contra o governo, veja-se o caso do AJJ. Defendo o referendo não para ter oportunidade de votar contra o Tratado de Lisboa mas porque vejo-o como uma oportunidade para que o cidadão comum tome consciência do que é a U.E. Como é que não percebendo a filosofia da UE se compreende a quantidade de subsídios recebidos pela Madeira dessa proveniência. O cidadão comum pensará que os "estrangeiros" são tontos? Às vezes pergunto-me o que pensarão os idosos, os analfabetos e a generalidade da população sobre a generosidade da Europa!

Anónimo disse...

O reverendo seria o ideal para uma decisão tão importante como esta, mas por outro, sou obrigado a concordar com o primeiro ministro. O governo não quer fazer o referendo porque tem medo que aconteça o mesmo que noutros países da primeira vez. As pessoas votaram "não" para mostrar o seu descontentamento com os seus governos, e não por não concordarem com o tratado em si. Aqui em Portugal para além desse problema, tenho a certeza que a grande maioria dos portugueses nem sequer iria votar, porque simplesmente têm coisas mais importantes para fazer como ver telenovelas e jogos de futebol. Enfim...

Maria disse...

Eu só pergunto quantos portugueses conhecem o texto do Tratado de Lisboa.......

Maria Silva disse...

É grave, o não compromisso que fez com os eleitores. Será isto Democracia?

Maria Laura disse...

Será que teria mesmo vantagens? Só se houvesse um esclarecimento do que o tratado implica. Doutra forma, era mesmo perda de tempo.

Mateso disse...

Tão generoso que elel foi, não foi.
Diz, que a democracia é demasiado séria para ser deixada aos eleitores! Um Democrata.
Bj.