domingo, 31 de janeiro de 2010

ACAPORAMA sem dinheiro leva a demissões - A dívida atinge os 265 mil euros

Cinco funcionários da Associação das Casas do Povo da Madeira apresentaram no último mês a sua carta de demissão por terem cinco meses de salários em atraso. Desde Setembro que a ACAPORAMA não consegue pagar os vencimentos e não há previsão de poder cumprir com os compromissos dos trabalhadores.
Como se tudo isto não bastasse, a Associação regista actualmente um passivo na ordem dos 265 mil euros. Números 'gordos' apresentados aos sócios na última Assembleia Geral e que levou ao espanto da esmagadora maioria dos presentes naquela Assembleia. Pior.
A asfixia financeira origina já ao incumprimento com as contribuições às Finanças e à Segurança Social o que a impede de celebrar o contrato-programa com o Governo Regional para assim receber o respectivo subsídio anual tal como vinha sucedendo por esta altura. No ano transacto, a subvenção foi de 57 mil euros para cobrir as despesas das diferentes actividades.
Desta feita, foi impossível fazê-lo. Mas há mais problemas. Por exemplo. 36 das 40 Casas do Povo da Região encontram na ACAPORAMA uma porta aberta para ali entregar a sua contabilidade. A Associação, através dos serviços de contabilidade, organizam a documentação ao prestar este serviço. Agora, com a onda de demissões, não há técnicos suficientes para poderem, com rigor e celeridade,prestar a colaboração que vinha a ser prestada. De acordo com informações recolhidas e que o próprio presidente da direcção, Luís Madruga, confirmou ao DIÁRIO, a 'bola de neve' vem crescendo com as direcções anteriores à sua recém-chegada à presidência. Rui Moisés, actual presidente da Câmara de Santana e ainda José Alberto Gonçalves também presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, ambos eleitos pelo PSD, estiveram à frente da agremiação durante alguns mandatos. Agora, ambos são visados com criticas à gestão.
Tanto assim é que há vozes dentro da ACAPORAMA que se manifestaram surpresos quando descobriram que a colectividade é co-proprietária de duas lojas em Lisboa de artigos regionais e cuja despesa ajuda a aumentar o défice da agremiação.
Ao DIÁRIO mostraram-se renitentes em proferir declarações, mas sob a capa do anonimato afirmam que é de todo conveniente que haja urgentemente uma auditoria às contas.
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Espero que o Governo Regional e as Câmaras que atribuem subsídios a estas Casas do Povo mandem investigar a gestão desta Associação sem fins lucrativos. O DIÁRIO publicou e ninguém veio desmentir a informação de que esta associação era co-proprietária de duas lojas em Lisboa.

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