quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Política com diálogo

Para mim, a política séria e com grande possibilidade de sucesso faz-se com debate de ideias, com o confronto de propostas, constrói-se também na firmeza das convicções, mas sem nunca esquecer o respeito pelos outros nem banir o diálogo da actuação política. O que os Governos Regionais têm feito, ao longo dos anos, é adoptar uma estratégia de guerrilha permanente
contra os governos da República prejudicando, em larga medida, os madeirenses e o futuro da Região. A arrogância política, a prepotência e a recusa do diálogo com as instituições políticas da República caracterizam a postura de um Governo Regional que tem dado votos ao partido do poder, no entanto, tem vindo a prejudicar a Madeira.
O exemplo de que o diálogo e a concertação de posições representam a melhor estratégia para solucionar problemas e a melhor forma de ajudar os madeirenses aconteceu recentemente em três situações muito concretas.
1 - Além das transferências regulares da República, a CMF vai receber mais um apoio do Orçamento de Estado na ordem dos 217 mil euros para a concretização do projecto social “Escolhas”. Este apoio foi possível através de um protocolo assinado entre a CMF e o Ministério da Presidência.
2 - A instalação do primeiro Julgado de Paz na Região, um tribunal com características de funcionamento e organização muito próprias, mais ágeis e eficazes em termos da administração da justiça, foi uma realidade porque houve uma parceria entre a CMF e o Ministério da Justiça. Aliás, uma “cooperação exemplar”. A CMF assumiu o investimento na infra-estrutura, a rondar os 350 mil euros, o Ministério da Justiça garantiu a colocação e a formação do pessoal que vai exercer funções neste tribunal.
3 – A Assembleia da República aprovou uma proposta de alteração do OE para que a Madeira possa contrair mais um endividamento até 79 milhões de euros, porque houve diálogo e cedências entre as partes envolvidas.
É assim em democracia!

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