segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Viva 2008!


Um novo ano chegou.
Criam-se novas expectativas, outras ambições, mais utopias e uma esperança renovada. Todos nós devemos acreditar que será durante este ano que iremos concretizar os nossos sonhos. Até podemos duvidar, mas desistir, nunca.
Devemos sim traçar as nossas metas e investir todo o nosso esforço e empenho na realização desses sonhos, por muito ousados que sejam, e dedicarmo-nos, sem receios, à construção da nossa felicidade.

O novo ano de 2008 depende de nós, neste momento, é uma janela aberta ao nosso querer e às nossas vontades fortes, tal como sugere o belíssímo quadro de Salvador Dali. Por isso, evitemos desiludi-lo.

sábado, 29 de dezembro de 2007

O faz-de-conta!

Há algum tempo atrás, foi lançado um desafio a várias figuras públicas da Região com o objectivo de angariar fundos para comprar brinquedos de Natal às cerca de 400 crianças que se encontram em diversas instituições sociais e que não passariam o Natal com as famílias.
A ideia, intitulada "Uma tela, uma prenda", consistia em que estas figuras públicas fizessem um trabalho dentro das áreas das artes plásticas com o propósito de o expor e vender.
Considero a ideia original e muito interessante.
No entanto, o que já não é nada original é encomendar uma pintura, como alguém fez, e assinar por baixo como se fosse obra sua.
Talvez eu esteja a ser mesquinho, possivelmente o importante é o dinheiro arrecadado, mas, no meu entender, para ajudar estas crianças não havia necessidade de fazer de conta que se é artista! Ou estou enganado?
Pois é. Se as referidas figuras públicas queriam ajudar aquelas crianças, se estavam com real vontade em contribuir com a sua imagem pública para angariar alguns meios financeiros, poderiam encontrar outras formas talvez mais rentáveis.
Mas, infelizmente, é a sociedade em que estamos!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Assassinaram Benazir Bhutto!

Lá conseguiram matar a mulher!
O Natal e todo o espírito que o rodeia só existe para alguns. Em pleno século XXI, enquanto uns morrem de fome, outros ainda são assassinados por questões políticas. Parece que há gente que apenas vive para provocar a violência e espalhar a morte.
Assassinaram Benazir Bhutto. Uma mulher paquistanesa que, por duas vezes, ocupara o cargo de primeira-ministra do seu país, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do governo de um estado muçulmano moderno.
Hoje, 27 de Dezembro,durante um comício na cidade de Rawalpindi, um suicida detonou explosivos atingindo Benazir Bhutto e mais 20 pessoas. Esta morte acontece a duas semanas da realização de eleições no Paquistão.
Após oito anos de auto-exílio, no Dubai e em Londres, Benazir Buttho voltou ao Paquistão. Desembarcou em Karachi em 18 de Outubro de 2007, sendo recebida por uma multidão de mais de cem mil pessoas.

Ao desfilar com apoiantes pela capital paquistanesa, duas explosões ocorreram no meio da multidão, perto dos carros da sua comitiva, matando pelo menos 140 pessoas e ferindo mais de 200. A ex-primeira-ministra, entretanto, não foi atingida.
Desde o seu regresso ao
Paquistão, a ex-primeira-ministra, que chegou a ser mantida em prisão domiciliária, temporariamente, pediu a renúncia do general Pervez Musharrafda à presidência do Paquistão, mesmo depois do referido general ter proposto à líder oposicionista, Benazir Buttho, o cargo de primeira-ministra.
(Informações retiradas de alguns jornais e da Wikipédia).
É incrível, há povos que só conhecem uma forma de diálogo: a violência e a morte!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

A Árvore de Natal

A tradição da Árvore de Natal tem raízes muito mais longínquas do que o próprio Natal.
Os romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje preparamos a Árvore de Natal.
Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casa no dia mais curto do ano (que é em Dezembro), como símbolo de triunfo da vida sobre a morte.
Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.
Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto.
Na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o ápice para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.

A primeira referência a uma “Árvore de Natal” surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela se vulgarizou na Europa Central, há notícias de árvores de Natal na Lituânia em 1510.
Diz-se que foi Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante, que após um passeio, pela floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de Natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim no dia do nascimento do Menino Jesus.
O costume começou a enraizar-se. Na Alemanha, as famílias, ricas e pobres, decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel (as flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam a inocência). Isto permitiu que surgisse uma indústria de decorações de Natal, em que a Turíngia se especializou.
No início do século XVII, a Grã-Bretanha começou a importar da Alemanha a tradição da Árvore de Natal pelas mãos dos monarcas de Hannover.
Contudo, a tradição só se consolidou nas Ilhas Britânicas após a publicação pela “Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de Natal no castelo de Windsor, no Natal de 1846.
Esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA aquando da guerra da independência pelas mãos dos soldados alemães.
A tradição não se consolidou uniformemente dada a divergência de povos e culturas. Contudo, em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de Natal e a tradição mantém-se desde 1923.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

A comemoração do Natal

O Natal surge como o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus, sendo actualmente uma das festas católicas mais importantes.
Inicialmente, a Igreja Católica não comemorava o Natal.
Foi em meados do século IV d.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.
Uma das explicações para a escolha do dia 25 de Dezembro como sendo o dia de Natal prende-se como facto de esta data coincidir com a Saturnália dos romanos e com as festas germânicas e célticas do Solstício de Inverno, sendo todas estas festividades pagãs, a Igreja viu aqui uma oportunidade de cristianizar a data, colocando em segundo plano a sua conotação pagã.
Algumas zonas optaram por festejar o acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente, esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus Cristo.
O Natal é, assim, dedicado pelos cristãos a Cristo, que é o verdadeiro Sol de Justiça (Mateus 17,2; Apocalipse 1,16), e transformou-se numa das festividades centrais da Igreja, equiparada desde cedo à Páscoa.
Apesar de ser uma festa cristã, o Natal, com o passar do tempo, converteu-se numa festa familiar com tradições pagãs, em parte germânicas e em parte romanas.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Ilustrações do pai Natal por Thomas Nast, em 1866




Ao contrário do que muita gente pensa, a imagem do Pai Natal vestido de vermelho e com barba branca não é da autoria da marca de refrigerantes Coca-Cola. É certo que, durante muito tempo, o Pai Natal foi desenhado vestido com uma grande variedade de cores e era representado a fumar um cachimbo de barro ou a beber vinho.
Também é correcto que, nos anos 30, a Coca-Cola decidiu usar a figura do Pai Natal na sua publicidade de Inverno e contratou o artista Haddon Sundblom para lhe compor a imagem.
Sundblom escolheu o vermelho e branco da Coca-Cola para vestir o Pai Natal.
Contudo, Sundblom não foi original na sua escolha já que o primeiro desenho que retratava a figura do Pai Natal tal como hoje o conhecemos foi feito por Thomas Nast e foi publicado no semanário “Harper’s Weekly”, no ano de 1866.
Nast foi um grande cartunista americano e trabalhava para o jornal "Harper's Weekly", aproveitando o espaço que lhe era reservado no jornal para fazer crítica política e para abordar os problemas sociais da época.
No final da década de 1880, Nast começou a fazer uma edição especial de Natal para o seu jornal, contudo os desenhos deste eram a preto e branco.
Mesmo assim, a autoria do senhor vestido de vermelho e de barbas brancas pertence a Nast, já que ele em 1866 criou um livro ilustrado a 4 cores intitulado de "Santa Claus and his work" , onde aparece desenhado pela primeira vez o Pai Natal tal como o conhecemos hoje.
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Estas são as primeiras imagens do Pai Natal a publicitar a Coca-Cola que surgiram apenas em 1930.

O Pai Natal de barba branca puxado por renas

A personagem do Pai Natal baseia-se em São Nicolau.
E a ideia de um velhinho de barba branca num trenó puxado por renas (o mesmo transporte que é usado na Escandinávia) foi introduzida por Clement Clark More, um ministro episcopal, num poema intitulado de An account of a visit from Saint Nicolas ( Um relato da visita de São Nicolau) que começava de seguinte modo The night before Christmas (Na noite antes do Natal), em 1822.
More escreveu este poema para as suas filhas e hesitou em publicá-lo porque achou que dava uma imagem frívola do Pai Natal.
Contudo, uma senhora, Harriet Butler, teve acesso ao poema através do filho de More e decidiu levá-lo ao editor do jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, o qual publicou o poema no Natal do ano seguinte em 1823.
A partir daí, vários jornais e revistas publicaram o poema, mas sempre sem se mencionar o seu autor. Só em 1844, é que More reclamou a autoria do poema.
O primeiro desenho que retratava a figura do Pai Natal tal como hoje o conhecemos foi feito por Thomas Nast e foi publicado no semanário “Harper’s Weekly” no ano de 1866.

A História de São Nicolau.




Nicolau nascera entre o séc. III e o IV, não se sabe ao certo, entre os anos 270 e 250 d.C., em Lycia, na Ásia Menor.
A lenda conta que os pais de Nicolau morreram cedo. Então, por recomendação de um tio, que o aconselhou a ir visitar a Terra Santa, Nicolau decidiu viajar até à Palestina e depois ao Egipto. Durante a viagem, houve uma tempestade, que segundo a lenda, acalmou milagrosamente, quando Nicolau começou a rezar com toda a sua Fé.
Foi este episódio que o transformou no padroeiro dos marinheiros e pescadores. Quando voltou da sua viagem, decidiu que não queria viver mais em Patara e mudou-se para Mira, na actual Turquia, onde viveu na pobreza, já que tinha doado toda a sua herança aos mais pobres e desfavorecidos.
Quando anos mais tarde, o bispo de Mira morreu, os anciões da cidade não conseguiam decidir quem seria o seu sucessor, já não sabendo o que fazer os anciãos decidiram pôr o problema nas mãos de Deus.
Segundo a lenda, nessa mesma noite, o ancião mais velho sonhou com Deus, e Este dizia-lhe que o primeiro homem a entrar na igreja no dia seguinte seria o novo bispo de Mira.
Como Nicolau tinha já o hábito de se levantar cedo para ir rezar à igreja, foi o primeiro homem a entrar nela e logo foi indicado bispo São Nicolau.
Morrera a 6 de Dezembro de 342. Em meados do século VI, o santuário onde este foi sepultado transformou-se numa nascente de água.
Em 1087, os seus restos mortais foram transferidos para a cidade de Bari, na Itália, que se tornou num centro de peregrinação em sua homenagem.

Milhares de milagres foram creditados como cedo sua obra, actualmente S. Nicolau é um dos Santos mais populares entre os cristãos e milhares de igrejas por toda a Europa receberam o seu nome (só em Roma existem 60 igrejas com o seu nome, na Inglaterra são mais de 400).A sua fama vem-lhe da sua generosidade com os mais desfavorecidos, em particular crianças que protegia com toda a dedicação.

Os marinheiros, escravos e presos diziam-se protegidos pelo santo, isto porque, São Nicolau, esteve preso no reinado de Diocleciano, durante a perseguição aos cristãos, ficando encarcerado por muito tempo. Mas mais tarde Constantino, O Grande, ordenou a libertação de vários presos religiosos entre os quais se encontrava Nicolau.

As lendas e histórias que se associam à vida deste homem são muitas, mas todas se prendem com a sua bondade e protecção dos mais desprotegidos. Assim, há uma lenda que diz que Nicolau ressuscitou três crianças, convertendo-as em fiéis dedicados e seguidores.

Com o passar dos anos e com as ajudas que dava a todos os que o rodeavam, principalmente crianças sem protecção e abandonadas, São Nicolau ficou para a história como um homem bom e generoso.

Nuns locais, dizia-se que se deslocava num trenó puxado por oito renas, noutros a figura do velhinho de longas barbas brancas aparecia num burrinho, trazendo um saco cheio de presentes. Mais tarde a lenda e as palavras do povo acreditavam que este santo homem descia pelas chaminés das casas, de noite, para deixar os seus presentes, nas meias e sapatinhos das crianças (principalmente na Suécia e Nortuega).

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Feira do Marítimo

Os feirantes estão zangados com o horário de funcionamento da Feira do Marítimo, fixado entre as 12h e a meia noite. Dizem que estão a ter apenas prejuízos e que não têm possibilidades de recuperar os gastos.
Mas estes senhores feirantes, antes de se instalarem e investirem milhares de euros nas infra-estruturas, não foram informados acerca do horário de funcionamento e das limitações impostas pela localização?
Só agora é que estão a discutir esta questão?
Há coisas que eu não consigo perceber, sinceramente!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Presidente da Câmara de Santana é arguido?


O Diário de Notícias da Madeira, através da jornalista Marta Caires, noticiou o seguinte:
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"Carlos Pereira é arguido num processo de violação do Plano Director Municipal de Santana.
O presidente da Câmara está com termo de identidade e residência por ter autorizado a construção de casas na fajã da Rocha de Baixo, em São Jorge.
A informação foi avançada ontem pela RDP e, segundo o DIÁRIO soube depois, o autarca já informou os vereadores do caso.
Carlos Pereira foi constituído arguido por ter assinado algumas das licenças e por não ter embargado as outras, quando percebeu que os proprietários tinham ultrapassado a autorização para construir armazéns agrícolas.
Na mesma reunião em que anunciou a sua situação de arguido, Pereira disse ainda que a Polícia Judiciária esteve na Câmara de Santana e levou documentos para investigação".
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Será o próximo presidente de Câmara do PSD-M a ...??

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Complexo Desportivo do Marítimo

O Marítimo tem um complexo desportivo, em Santo António, onde o erário público investiu milhões de euros.
No entanto, pasme-se, os escalões de formação do Marítimo não treinam nos campos ali existentes. Os atletas de futebol destes escalões treinam nos campos de futebol do Liceu Jaime Moniz, do Andorinha, do 1.º de Maio e no RIF, aqui, um campo de terra.
Acreditem porque é mesmo verdade.
Não entendo nada disto! Então, aquele complexo desportivo, inaugurado com muita pompa, e que custou milhões e milhões de euros ao erário público, não era para servir os escalões de formação do Clube?
Sinceramente, quando, hoje, me contaram esta situação nem quis acreditar, mas como a "fonte" é uma pessoa que conhece muito bem a realidade do clube por dentro e, além disso, tem um filho a praticar futebol nestes escalões no Marítimo, só pode ser verdade.
Alguém anda a brincar com o nosso dinheiro.
Ora, estes atletas não utilizam os recintos que custaram milhões ao erário público? Mas como é possível? Como é que planearam o espaço, como é que gerem os recintos desportivos do complexo?
A acrescentar à "história", o Governo Regional ofereceu o Estádio dos Barreiros ao Marítimo e, utilizando o nosso dinheiro, vai entregar mais uns milhões e milhões de euros para a sua remodelação.
Será aceitável? Haverá algum espírito de responsabilidade nestas atitudes despesistas?
Somos uma Região rica? É o que parece! Ou o Governo Regional da Madeira é obrigado a alimentar os caprichos pessoais de alguns "amigos" ?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

22 milhões de euros!!

Ouvi na RTP-M o presidente do Nacional dizer que o erário público entregou 22 milhões de euros para pagar o Estádio do Nacional.
Eu até sou adepto, apenas adepto, do Nacional, mas considero este investimento uma vergonha do tamanho do mundo.
E o Estádio do Marítimo já vem a caminho! Mais palavras para quê?

domingo, 16 de dezembro de 2007

Gestão de resíduos sólidos e as Câmaras Municipais

Os resíduos sólidos transformaram-se num enorme problema para as Câmaras.
Sem ouvir a opinião das autarquias sobre esta questão dos lixos, o Governo Regional, através da empresa Valor Ambiente, que surgiu para dar lucro, impôs às Câmaras preços insuportáveis para a utilização, obrigatória, das estações de transferência de resíduos sólidos.
A Associação de Municípios, ao longo deste ano, nada fez para negociar com o governo estes valores. A direcção da AMRAM foi pressionada pelas Câmaras a criar uma equipa de trabalho para resolver o problema, porque a direcção mostrou incapacidade e incompetência.
A título de exemplo, a Câmara da Ribeira Brava, quando recolhia e entregava, com as suas viaturas, os resíduos na Meia Serra, em Santa Cruz, pagava, como taxa fixa, 9.750 euros. A partir do momento em que passou e entregar na Meia Légua, em casa própria, na estação de transferência construída no seu Concelho, passou a pagar 16.975€. Inadmissível.
E se os munícipes, por iniciativa própria, decidirem entregar qualquer tipo de lixo nesta estação de transferência têm de pagar o que depositarem. Incompreensível!
As câmaras pagam uma determinada quantia por cada tonelada de lixo entregue nas estações de transferência, mas, além deste valor, pagam ainda uma taxa fixa todos os meses.


As taxas são as seguintes:
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Valor da taxa fixa mensal
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Porto Moniz - 4.055 €

Santana - 11.697 €

S. Vicente - 8.717 €

Calheta - 15.559 €

Ponta do sol - 10.630 €

Ribeira Brava - 16.975 €

Machico - 30.737 €

Santa Cruz - 48.122 €

Câmara de Lobos - 41.551 €

Funchal - 220.373 €

Porto Santo - 12.323 €

sábado, 15 de dezembro de 2007

Deputados com fome!

Ontem, nas notícias da RTP-M, assisti a um episódio hilariante, mas triste, protagonizado por um deputado do PSD-M.
Na Assembleia Legislativa da Madeira, decorria a discussão do Orçamento da Região, quando, a determinado momento da sessão, um ilustre deputado do PSD-M, um dos que também já foi delfim, e é vice-presidente da Assembleia, Miguel de Sousa, irritou-se com o meu amigo, deputado do PS-M, Carlos Pereira, porque estava a fazer demasiadas intervenções sobre a ordem de trabalhos, o Orçamento da Região. Isto é, estava a trabalhar muito e fora da hora de trabalho!
O sr. deputado Miguel de Sousa nunca tinha feito qualquer intervenção sobre o Orçamento da Região, segundo afirma Carlos Pereira no seu blogue Apontamentos sem Nome, no entanto, a primeira vez que decide falar é para dizer que aquelas intervenções do socialista eram feitas de propósito para que os senhores deputados não fossem almoçar.
Esta justificação, só mesmo na Madeira.
Ouvi as suas palavras na RTP-M afirmarem que os deputados estavam muito cansados e com fome. Só faltou dizer que queria ir para casa dormir um soninho antes de ir fazer as compras de Natal.
É preciso ter lata! Ganham o que sabemos que ganham e depois não querem trabalhar o tempo que for necessário.
O senhor Miguel de Sousa que pergunte aos trabalhadores que não são deputados, nem ganham os ordenados que o sr. ganha, quantas horas seguidas têm de trabalhar e quantas vezes não almoçam porque não têm tempo ou o patrão não permite!!
Haja vergonha!
É esta a imagem que alguns deputados do PSD-M criam na opinião pública.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Manuel Alegre irreverente?

Manuel Alegre, deputado do PS, votou ao lado da oposição e de uma forma diferente do seu partido.
O seu voto contra teve a ver com a sua posição em relação à empresa Estradas de Portugal. Manuel Alegre votou, ao lado da oposição, a favor da revogação dos decretos-lei do Governo que pretendem alterar a empresa Estradas de Portugal.
Não concordou com a solução e votou segundo a sua consciência.
Apesar de discordar de muitas das suas posições na política e de algumas das suas opiniões, reconheço que é um homem de coragem e que não tem medo.
Entre a espada e a parede escolheu a espada da sua consciência.
Está de parabéns.
Nem todos pensam da mesma forma, é pena!
Alguns têm medo de afrontar o primeiro-ministro, outros não.
Imagine-se que até o Alberto João já cita o Manuel Alegre, embora não aceite ninguém com o espírito do poeta.
Quem ousar, no seu PSD-M ou fora dele, agir como Manuel Alegre, está frito!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Proteccionismos?


A rede de supermercados LIDL já tem cerca de 30 anos de história. É uma empresa alemã que faz parte do grupo chamado Schwarz.
É hoje uma empresa da distribuição alimentar com sucesso no continente português e na Europa apresentando como uma das suas principais características vender produtos alimentares próprios a preços baixos.
Só gostaria de saber as razões que levam o Governo Regional a não autorizar a instalação desta rede de supermercados na Madeira. Tenho dificuldade em perceber esta atitude.
Questões de qualidade? Parece-me que não. Questões de não viabilidade económica? também não me parece, pois se continuam a autorizar a abertura, em todos os sítios e recantos da ilha, de outros supermercados e grandes superfícies comerciais significa que ainda há espaço para este tipo de negócios.
Ou será por praticarem preços tão reduzidos? Será por questões de concorrência?

Protecção a alguns lóbis do ramo? Outros interesses menos visíveis? Não sei!
O que é evidente é que nós, os consumidores, sairíamos beneficiados com a concorrência destes supermercados na Madeira. Mas pelos vistos "outros valores mais altos se alevantam" !!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A Praxe!

Um estudante da Escola Superior Agrária de Coimbra ficou paraplégico em consequência de uma praxe em Novembro passado.
O rapaz de 20 anos foi obrigado a se lançar de cabeça de um escorrega com um desnível de dois metros para um túnel. A aventura custou-lhe muito caro.
Cá está mais um exemplo dos excessos e dos abusos da Praxe. É para isto que os estudantes querem uma praxe?
Não estamos perante um caso isolado, são tantos os casos que se ouvem falar. Mas que integração é esta? Ninguém pára este tipo de abusos?
Vamos continuar a ouvir casos deste género nos próximos anos e haverá sempre alguém a defender este tipo de praxe!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Mais guerras de facções no PSD-M!!

Volto às guerras no interior do PSD-M.
Pode parecer exagero da minha parte, desculpem a minha insistência, mas é porque aquilo anda em tal alvoroço que as brigas, os jogos de bastidores, as intrigas, as estratégias de assalto ao poder interno caem "de bandeja" todos os dias, na praça pública e, talvez por isso, não consigo conter a minha vontade em escrever sobre a situação.
Depois dizem que estão unidos, afirmam que no PSD-M não há guerras e que está tudo em paz.
Basta ler a comunicação social e o blogue Ultraperiferias do alto dirigente do PSD-M, Filipe Malheiro, para percebermos o estado caótico em que o partido laranja se encontra.
Volto a não resistir à tentação de transcrever, mais uma vez, um post do Filipe Malheiro.
O seu texto diz tudo, nem precisa de qualquer outro comentário.

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Filipe Malheiro escreveu, sobre o seu PSD-M, no seu blogue Ultraperiferias:

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«Fora dos subterrâneos

Ressalvando que cada um é livre de fazer o que bem entender, a verdade é que a mesquinhez dos almoços e dos jantares para uns, ficando outros deliberadamente de fora (fiquem descansados que eu não alinho nessa mediocridade), tudo por causa do futuro do PSD, continua. Cada vez mais estou convencido que os "coveiros" do partido estão activos. E caso as bases social-democratas, as que não se rendem a manipulações, ou a aliciamentos, reagem e estão atentas a tudo o que se vai passando - e que se vai passar cada vez mais até 2011 - e escorraçam esses "conceitos" convencido que ganham votos no eleitorado, ou o PSD da Madeira vai passar por tremendas dificuldades em relação às quais eu nem quero imaginar. E não me venham com moralismos. Eu estou fora de tudo, não faço parte de grupinhos, grupelhos (também os há), não alinho em intrigas, não me faço a lugares, não anda a correr atrás de ser eleito seja para o que for. Graças a Deus, estou fora de tudo o que se passa nos subterrâneos. Mas não contem comigo para atacar pessoas, com quem trabalhei ou trabalho no partido e politicamente colaborei ou colaboro, e contra as quais nunca me posicionarei, quer gostem ou não deles. Fujo como o "diabo da cruz" quando me vêm com a mediocridade da "política com a pança cheia"»
Mais palavras para quê?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Cunha e Silva critica vedetismo de Miguel Albuquerque?

imagem retirada do Jornal da madeira
O vice presidente do governo regional, Cunha e Silva, o delfim escolhido por Alberto João Jardim, ontem, no seu reduto da Calheta, durante um mega-jantar com idosos daquele Concelho, voltou a criticar fortemente o seu rival de sucessão, dr. Miguel Albuquerque??
No seu discurso, referindo-se, com rasgados elogios, ao trabalho da Câmara da Calheta, nesta vertente da política social, disse que esta autarquia está a trabalhar bem "enquanto outros dedicam-se a procurar a vaidosa primeira página dos jornais" e continuou no seu tom crítico: "porque é a pensar nos outros que se deve fazer política e não a pensar na tal primeira página dos jornais".
Ora, na minha opinião, e na opinião de imensa gente que abordei acerca destas críticas do vice, o alvo só poderá ser o Presidente da Câmara do Funchal.
Não há qualquer dúvida.
Assim temos, na praça pública, mais um exemplo a demonstrar o clima de guerra aberta entre as facções internas do PSD-M que correm pelo poder.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Os ajustes de contas no PSD-M!

O PSD-M está em guerra aberta. Quem o confirma é Filipe Malheiro, no seu blogue Ultraperiferias.
Este destacado dirigente, que não tem medo de falar, informou-se e descobriu algumas das jogadas dos seus colegas de partido para tomarem de assalto o poder interno.
Os barões deste partido laranja já fazem jantares com o objectivo de dividirem os despojos da máquina interna, os tachinhos do governo e as cadeirinhas do poder parlamentar.
Já começam a pensar enterrar alguns dos actuais poderosos e organizam-se para despachar o "chefão maior e os jardinistas da velha guarda".
Quando o dr. Alberto João ceder o seu lugar de presidente, o PSD-M vai implodir de tal forma que, desta vez, os cacos vão atingir as Selvagens. A implosão vai espalhar mais destroços do que uma enorme explosão.
Penso que Filipe Malheiro não levará a mal a minha ousadia de transcrever na íntegra o seu post, do Ultraperiferias, onde aborda estas questões.
Vale a pena ler o estado de sítio do PSD-Madeira.



«A política e a "pança cheia"...

Eram tantas as referências ao assunto que eu, realmente, procurei confirmar se é verdade ou não que andam umas “aves” de rapina loucas a almoçar e a jantar, num frenetismo doido e que tem a ver com o futuro do PSD madeirense. De facto tem havido aqui e acolá algumas iniciativas, poucas, mas que nada de concreto propiciaram. Muitos dos participantes nestes “repastos” há muitos anos que estão á espera que João Jardim se ponha a andar. Até me lembro de um comentário, recente, de um desses gananciosos - que apenas levaria o PSD para a derrota eleitoral, porque da fama ele não se safa.. - lamentar-se que o anúncio de uma recandidatura estragava-lhe todos os planos. Contudo disseram-me hoje que, num desses repastos de intriga surgiram “luzes”: Miguel Mendonça, toca a andar porque FULANO quer o tacho. Quanto a Jaime Ramos, patins com ele porque BELTRANO quer ser líder parlamentar. Quanto ao resto depois veremos. O objectivo agora é o Parlamento. Antes que Alberto João Jardim pense passar por lá na fase de mudança no partido. Relativamente a João Jardim, dizem os tais “repastensess”, quanto mais longe melhor, desde que não se meta na “história”. O que eu posso dizer a essa gentinha é que da parte que me toca, apoiarei e farei parte da corrente “jardinista” que por enquanto está tranquilamente à espera que estas aves poisem, para então avançar. Há tempo para tudo. E falo de uma verdadeira corrente “jardinista”, constituída não por “jardinistas” que estão doidos por o ver pela costas.»

Filipe Malheiro, melhor do que ninguém, sabe do que fala.

As facções internas do PSD-M!

A vida interna do PSD-M está mesmo complicada. As facções internas abriram definitivamente as trincheiras, pela guerra da sucessão ou da queda!!
O nervoso desta gente salta cá para fora sem qualquer complexo. Os seus interesses têm demasiadas raízes, receiam perder as influências, tudo farão para não perderem o poder. A luta será dura.
As facções internas deste partido laranja há muito que têm vindo a juntar os seus apoios para o seu delfim preferido.
O mais curioso desta luta fratricida reside no pormenor de se servirem de "fontes" para passar informações cá para fora. Agora, tudo serve para enfraquecer a facção adversária.
Tomamos conhecimento, pelos meios de comunicação social, das birras em reuniões, das jogadas da JSD para minar a eleição directa do líder, a atenção e a resposta do dr. Alberto João aos lóbis desta jota e ao seu ex-líder, ou ainda verdadeiro líder.
As facções que lutam pelo poder já mostraram que não vão olhar a meios para atingir os seus fins.
O presidente do PSD-M, que já escolheu o seu sucessor, pelo que tenho ouvido e lido, quanto a mim, está a menosprezar demasiado esta guerra interna entre as facções.
Os últimos acontecimentos vêm provar que os excluídos da sucessão não vão aceitar passivamente a sua polémica escolha.
Já disse, e volto a repetir: o PSD-M já está em implosão.
E nós assistimos.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Comparem os preços - Açores e Madeira









Segundo o semanário Tribuna da Madeira, os açorianos, governados pelo Partido Socialista, pagam menos pela gasolina, gasóleo e gás que os madeirenses.
Esta realidade já era conhecida por todos nós, no entanto, não fica mal a ninguém relembrar estas diferenças.



AÇORES ------------------------------------ MADEIRA

Gasóleo - 0,90 --------------------------------- 1,154
Gasolina 95- 1,25 ------------------------------ 1,339
Gasolina 98- 1,29 ------------------------------ 1,48
Garrafa de gás de 13 Kg - 12,74 -------------- 18,95

Crise no turismo?

O Turismo na Madeira caminha, a passos largos, para um período de enormes problemas. António Trindade, uma das referências da hotelaria regional, garantiu a um meio de comunicação social que, além do abandono do operador TUI Nordic a partir de 2008, parece que o Thomas Cook Nordic, outro operador de alguma importância, também se prepara para abandonar a rota Madeira.
Isto está a ficar bonito!
Não nos podemos esquecer de que hoje chegam à Região cerca de 70 mil turistas provenientes destes países nórdicos.
As razões apontadas para o abandono são, entre outras, os preços exorbitantes das taxas aeroportuárias do Aeroporto da Madeira, que custam o dobro das praticadas em Espanha e o fracasso na promoção do nosso destino.
Perante estes dados, como é frequente nestas ocasiões, os trabalhadores serão os primeiros a sofrerem as represálias caindo no drama do desemprego.
Contudo, aqui, a responsabilidade não deve recair apenas no Governo Regional, pois os empresários do ramo hoteleiro também devem assumir a sua quota-parte.
Não obstante, continuam a construir hotéis e mais hotéis em toda a Região!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Gostem ou não gostem, este é o símbolo do boletim de voto!

Não conheço nenhum deputado eleito pelo circulo eleitoral da Madeira para a Assembleia da República que não tivesse sido eleito nas listas de um partido.
No caso do PS-M, foram eleitos três deputados com os votos dos madeirenses para representarem os reais interesses da Região autónoma.
O Partido que os levou em ombros até à Assembleia da República foi o PS-M, o símbolo foi o do PS-M, pois sem esse símbolo socialista, ou de outro partido, ninguém seria eleito.
Quando os eleitores pegavam no boletim de voto para cumprirem o seu dever cívico, não encontravam o rosto de nenhum candidato, mas o símbolo do partido, tendo votado no PS-M, os que votaram, e não na pessoa A, B ou C.
Naturalmente que os madeirenses estão atentos e também não estão preocupados. Estão, todavia, de consciência pesada por terem visto os eleitos do PS-M não terem seguido as orientações do Partido Socialista da Madeira que os elegeu e por se terem apercebido ainda que estes eleitos não defenderam os interesses da Madeira, na hora da verdade.
A actual direcção do PS-M e o seu líder defendem, sem complexos, os interesses do povo madeirense.
Eu pessoalmente considero que o nosso partido tem de olhar primeiro para a Madeira, pela salvaguarda da democracia, da liberdade, da equidade e do Estado de Direito. Primeiro para os madeirenses, lutando pela sua qualidade de vida. E primeiro para as necessidades da Região, em todos os níveis da sociedade.
Esta deverá ser a nossa principal luta política.
Primeiro os madeirenses.
É porque do lado do continente português, ninguém está disposto a nos ajudar a combater o poder autocrático da Região.
Mas não vamos desistir. Sabemos o que queremos e para onde vamos!
Há quem não saiba!

Um PSD dos grandes no desemprego? Porque será?

Roque Martins inscreveu-se no Centro de Desemprego!!!!
O ex-presidente do conselho directivo do Centro Social da Madeira, que não foi reconduzido no cargo, por ter divulgado a realidade sobre a pobreza na Região e ter falado dos lóbis da Segurança Social, está no desemprego.
A vida tem destas coisas não tem?
Não houve uma vaga no rol dos conselheiros técnicos, nem uma secretária para o senhor se sentar como assessor de um qualquer secretário regional ou director?
Recebia um ordenado de 6 mil euros e agora vai receber do desemprego 1200 euros? Pois é, nem todos têm a sua sorte.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O PSD-M mente aos madeirenses


Os deputados do PSD-M estão a percorrer os Concelhos da Região numa tentativa de enganar os madeirenses.
Nas suas intervenções têm afirmado que as obras previstas no seu programa serão adiadas para os anos seguintes, os contratos-programa assinados com as Câmaras, porque a Lei das Finanças Regionais veio impedir o cumprimento dessas promessas.
Uma descarada mentira.
Esta desculpa é uma farsa. Esta justificação é uma grande mentira política e com esta demagogia tentam apenas enganar os madeirenses.

Ora, se agora não conseguem cumprir os contratos-programa prometidos, em virtude da nova Lei das Finanças Regionais, porque é que não cumpriram as promessas entre 2002 a 2005? Neste período, não havia esta nova Lei das Finanças Regionais a impedir a execução das obras. Havia toda a liberdade para gastar o dinheiro, mas mesmo assim, o Governo Regional adiou também nesta altura imensas obras em todos os concelhos da Região. Não houve um único que tivesse todas as promessas cumpridas.
Então, em que ficámos? Há ou não há demagogia barata nesta desculpa de hoje?
Naturalmente que há. A culpa não é da Lei das Finanças Regionais, mas da incapacidade de execução do Governo Regional.

Ocupação das Ribeiras

Os problemas graves que têm ocorrido na Madeira, provocados por derrocadas ou pelas águas das ribeiras, ainda não serviram de lição. Hoje, continuamos a encontrar empresas instaladas em sítios demasiado perigosos para os trabalhadores e residentes.
Estas atitudes de negligência das entidades governativas, que autorizam e licenciam a instalação destas empresas nestes locais, mostram a irresponsabilidade do seu estilo de governação.
Na Ribeira Brava, Junto à Ribeira da Tabua, existem empresas instaladas umas nas margens outras em pleno leito da Ribeira, estrangulando completamente o curso da água.
O mais grave desta situação é que, na última reunião de Câmara, o executivo, apenas com os votos do PSD-M, aprovou a remodelação total de uma dessas empresas.
E este novo projecto não é para afastar a referida empresa de dentro do curso da ribeira, mas sim para aumentar as suas instalações.
Ora, se existe um parque empresarial no Concelho que está vazio, por que razão a Câmara continua a licenciar a criação e remodelação de empresas fora do Parque.
A Empresa Madeira Parques, que gere os parques empresariais, e as Câmaras da Região estão de costas voltadas.
Não têm um projecto concertado, não tem uma estratégia comum de ordenamento do território e da defesa da qualidade de vida dos munícipes.
Mas apesar desta inércia e erros políticos por toda a Região, o Governo Regional insiste em atribuir milhões de euros a esta Empresa Madeira Parques.
Porque será?

domingo, 2 de dezembro de 2007





Mais uma obra de Vergílio Ferreira que me atrevo a sugerir aos amantes da leitura. Nem faço qualquer comentário ao romance, apenas deixo à consideração dos leitores um pequeno excerto.


Excerto:
"E seres aí a vida rodeada de verdade por todos os lados. Um dente visível. Mas os lábios separaram-se mais e são agora um sorriso claro solar. E instintivamente deixei que se demorasse aí até eu poder reconhecer-lhe o esplendor. É um riso, não vou cometer a imprudência de o perder. Está na linha do céu e do mar, não vou. A juventude sem uma força excessiva de o ser. A confiança - não vou. O futuro dos séculos a quererem vir. A segurança contra o medo a vileza a degradação. A morte. Nem na realidade há nele futuro algum. Porque todos os séculos do futuro e do passado se conglomeram ali no instantâneo presente. O riso. Sem olhos nem face. Nem cabelos. Porque toda a sua ausência está lá. São olhos iluminados de uma festa terrível, cabelos de ar. Fixar-te para sempre, riso da minha pacificação".

sábado, 1 de dezembro de 2007

Curiosidades da língua portuguesa



Bancarrota


A palavra vem directamente do italiano bancarrotta e significa "banca rotta". Em português, "banco quebrado, partido, destruído". Assim, bancarrota é a justaposição de "banca + rota" (quebrada, em italiano).
A sua história remonta à Idade Média.
Nas feiras, havia comerciantes que colocavam um "banco", isto é, uma estrutura formada por uma tábua colocada sobre quatro pés de madeira e que, então, servia de mesa como de assento com o objectivo de comercializar moedas ou metais preciosos.
A determinada altura, começaram a chegar à feira comerciantes que queriam vender e trocar moedas e outros valores em ouro e prata. Quem fazia as pesagens destas moedas, avaliando ainda a autenticidade dos metais preciosos era o homem que estava por trás da tal "banca", por isso, chamado "o banqueiro".
Depois de pesadas e avaliadas as mercadorias, o referido banqueiro comprava o que lhe interessava e para as trocar exponha-as sobre as estruturas de madeira, as bancas.
A partir de algum tempo, os italianos passaram a denominar "banca" a esse negócio de comercializar moedas, ouro e prata, palavra que existia , mas com o sentido de assento.
A determinada altura, o negócio evoluiu, ganhando um novo valor: a confiança.
Assim, o homem, sentado no banco de madeira, o banqueiro, começou a fazer adiantamentos aos vendedores mais frequentes e aceitava também depósitos daqueles que receavam transportar a mercadoria valiosa.
Como garantia, levavam um simples papel a dizer o seu nome e a quantidade de valores depositados naquele lugar. Este papel poderia ser utilizado como pagamento num outro local, em vez da quantidade de ouro que tinha guardado na "banca".
No entanto, quando algum desses banqueiros não conseguia assumir os compromissos, por ter emprestado a outro negociante, para obter uma comissão, os prejudicados, revoltados, partiam-lhe a "banca".
Por vezes, quando não podiam pagar as dívidas, era o próprio banqueiro ou os seus colegas de profissão que destruíam a sua "banca" (banco em português) aos pedaços, ficando a "banca partida, rota", simbolizando a falência e a saída da acção do negócio.
Esta é a origem da expressão bancarrota.