quinta-feira, 19 de junho de 2008

Encarregado de educação agride professor

Ontem, numa escola básica do Funchal, um encarregado de educação, alegadamente descontente com a avaliação do seu filho, entrou na Escola e, na Cantina, perante testemunhas, agrediu o professor que teve de receber tratamento hospitalar.
Podem dizer que é um caso pontual, podem tentar desvalorizar, a verdade é que os professores são alvos fáceis dos alunos, dos governantes e dos pais/encarregados de educação.
Embora não atinjam estes contornos, há mais casos, considerados graves, espalhados pelas diversas escolas da Região. Que medidas tomar? Teoria existe muita.
Mas o que seria das famílias se não fossem os professores e a Escola!!

26 comentários:

pin gente disse...

que situação mais complicada esta!

Naty disse...

ola passei para te conhecer e gostei
voltarei bom fim d semana
bjs naty

Patricia disse...

Realmente, os pais ao invés de agredirem os professores devido notas baixas do seu filho deveriam acompanhar mais a rotina acadêmica da criança e saber o real motivo da nota baixa... Isso é um absurdo!!!

Xinha disse...

Que vergonha.

Que belo exemplo, esse encarregado deu aos seus e a quem assistiu.

Não podemos culpar os miúdos. Eles agem de acordo com a educação.
Na maioria das vezes, eram os pais quem deveriam ser punidos, pelas asneiras cometidas pelos filhos.

Medidas a tomar??
Na pratica, existem algumas eficazes... pena é que fiquem apenas na teria...


Xi-coração

Joana disse...

Pois... como consciencializar as famílias de que a Escola as ajuda? Essa é grande questão e o grande desafio.

Um passo que me parece essencial, necessário e urgente é a criação de uma Ordem. Uma classe que pretende reconhecimento nomeadamente do peso que detém na sociedade tem que se unir - coisa difícil! - organizar e se constituir enquanto grupo social. Não? (Além do que existindo uma Ordem, com critérios devidamente estabelecidos, haveria mais ordem :), ficariam resolvidos, por exemplo, questões e questiúnculas ligadas à excelência científico e de desempenho profissional que obstam também à valorização por parte do grande público; haveria mais representatividade e até uma maior legitimidade na defesa e salvaguarda dos direitos da classe)junto das cúpulas.

Jinhos.

elisabete fialho disse...

Olá Sr. Rui Caetano,obrigado pelo comentário.
Do ponto de vista de uma mulher de 43 anos,quer isso dizer,que cantei o hino nacional na primária (julgo fazer-me entender),o tema abordado neste post e no anterior não é mais que o resultado de uma transformação deturpada e muito mal gerida.
Repare:fomos um povo silenciado 50anos e numa celebre madrugada de um Abril tomem lá a Liberdade...pois é...experimente dar um pacote de rebuçados a uma criança...o pacote na mão...pois é ou come todos ao mesmo tempo(e sai urgencias médicas) ou ficam espalhados no chão partidos em pedaços e colados às paredes etc etc
Pois foi o que nos aconteceu,erramos por excesso e falta de preparação.
Foi uma pena...
Um abraço até esse lado de Portugal

3RRR (Henrique Freitas) disse...

Caro Rui,

mesmo sendo um caso pontual, não deixa de ser grave.
Há que restituir imediatamente autoridade ao professor.
E o proliferar de situações idênticas também só fará que mais casos surjam. Quase que é necessário pôr um polícia à porta de cada escola.
E os pais julgam que os professores é que têm de educar os seus filhos, além de os instruírem.

Dani disse...

Retribuindo a visita!
=D

Cara, isso é um absurdo! A cada dia que passa, percebo que os pais conhecem muito pouco seus filhos. Se eles quisessem, saberiam que eles andam mal na escola, que não são chegados a estudar e tal. Mas não. Preferem acreditar que anda td certo, e, quando recebem a notícia de uma avaliação baixa, transferem a culpa para o prefessor!

Ah Deus, esse mundo está perdido realmente.

Lembro que no 3º ano, tinha uma professora de biologia exelente. Durona, passava exercícios bem complicados. Mas tudo compativel com o nível de sua aula. Como a maioria dos alunos não prestava atenção, quando tinha um teste ou prova, 99% da turma se ferrava. Conclusão: Resolveram criar um abaixo assinado para que mudassem a professora. É mole isso? =O

Eu fui uma das únicas que se opuseram. E consequentemente, tive a turma td contra mim. Sofri com o gelo que os "babacas" me deram. Mas, eu não ia permitir que uma professora fosse afastada por ser uma ótima professora.


Eu sei que a cada dia que passa, os professores tão perdendo o repeito dos alunos. Em todos os sentidos. E isso me irrita bastante. Pq como vc mesmo disse, o que seriam de muitos alunos, se não fossem seus professores?

Beijos
Dani.

Gabriella Bontempo disse...

Olá Rui!

Muito bom o texto e preocupante também... e isso acontece em toda parte!


Muito obrigada por ter aparecido no Perspectiva, desculpe a demora em agradecer, viu?!
Parabéns pelo blog.

Vou aparecer mais vezes.

Abração.

JoaoLuis disse...

Com certeza o remédio é aprender ;D
Gostei do blog !!
voltarei sempre !!
;)

Adriana disse...

Continuo achando que voce mora no Brasil!Tudo é muito igual por aqui.Bom fim de semana!

Marrie disse...

Infelizmente, esta é uma profissão q ainda não tem o seu real valor definido pela sociedade!
bjs e obrigada pela visitinha

Heduardo Kiesse disse...

grande confusão...
um enorme abraço de amizade e muito respeito estimado amigo!!

JPD disse...

Olá Rui

Lamentavelmente essa e outra situações ainda mais graves -- Não há-de tardar a réplica potuguesa do tiroteiro e morte de professores e alunos -- nas nossas escolas.

Menina do Rio disse...

Os valores estão se invertendo!!! Minha opinião que que os pais precisam ser RE-EDUCADOS! Pois acho que o comportamento desses adolescentes agressivos é fruto da (falta de) educação os pais...

Um beijo

mdsol disse...

Caso pontual, não?
:))

De dentro pra fora disse...

Belo exemplo não haja duvida...
são situações que como encarregada de educação , não percebo nem desculpo...além de professores, são educadores e merecem todo o nosso apoio, acho eu! será que estou errada!??


PS: obrigado pela visita ☺

Anónimo disse...

Meu amigo, Rui.

Essa realidade é cd vez mais constante na educação...É preocupante imaginar q os professores são vitimas do meio em q vive, um absurdo.

Beijos Poéticos.
;**

Conso Triay Coll disse...

Grácias por visitar mi blog!
Saludos!

Ailime disse...

Há bons professores, há bons pais, há bons alunos, assim como o oposto também existe, com honrosas excepções!
A educação em casa, para mim é ponto principal! Com pais tão vulneráveis onde vamos chegar?
Ao desrespeito total!
Quem fica a perder?
Os futuros homens e mulheres deste país!
Com cordialidade.

~ Marina ~ disse...

Uma boa e reflexiva pergunta, amigo!
Sou professora em escolas públicas, aqui no Brasil. E nossa realidade também é lastimável. Somos maltratados pelo governo e, principalmente pelos alunos, que sempre procuram oportunidades para nos humilhar. É uma pena que isto aconteça em tantos lugares neste mundo, pois o professor é uma figura que possui um papel relevante na orientação para a construção da cidadania.

Abraços!

Cristina Caetano disse...

Há anos isso vem acontecendo. Acho que falta uma cumplicidade entre pais e escola; na minha humilde opinião, os pais desconhecem completamente o papel importantíssimo do professor na formação de seus filhos.

Há qualquer coisa mal estruturada partindo de cima, do Ministério responsável. O que não é possível, é que os professores se sintam ameaçados quando entram numa escola para cumprirem seu papel de educadores.

Abraços

eu disse...

Obrigada pelo comentário. Gostei do seu blog e vou voltar.

Creio que o que está a acontecer com estes "pais" tem alguma coisa a ver com os efeitos da mudança acontecida em 74. Estes pais (agora na casa dos trinta-quarenta) nasceram por essa altura e cresceram numa grande confusão de valores porque os seus pais e a sociedade em geral, por sua vez, não souberam lidar com a mudança que estava a acontecer.
A confusão continua com as políticas desenfreadas introduzidas na educação.

Concordo com um comentário acima em relação à criação de uma Ordem para os professores

Um abraço

W. C. Fields disse...

Se os professores já sabem que nunca se lhes faz justiça quando são agredidos física e verbalmente, torturados psicologicamente todos os dias por Ministério, Governo, alunos, pais e inspectores, a solução é retribuir na mesma moeda. Vai lá um pai para agredir. Professores homens, toca a unir e dar-lhe no focinho em legítima defesa.
Continuo a acompanhar o seu blogue e a louvar a sua coragem de afrontar o Bokassa da Madeira, ALBERTO JOÃO JARDIM.

Espaço do João disse...

Fez-me lembrar um filme muito antigo, chamado "Sementes de Violência". Não será o que está a acontecer? Se esta geração o visse então seria o caos.Todos os professores seriam corridos à pedrada e, ainda seria apresentada queixa à polícia contra a violência dos professores sobre os alunos.

Margarida B. disse...

Olá professor Rui Caetano!
Obrigada pelas palavras encorajadoras no Monologo :)Gostei imenso! Tem sido complicado, mas lá vou dando a volta à minha vida, à minha maneira. O assunto do blogue é algo que me revolta...Se bem que muitos enc. educação podem não concordar com os pontos de vista dos professores, isso e mais nada deve ser motivo de agressões!!! Tal situação, e muitas outras semelhantes, são vergonhosas. Uma falta de respeito perante os profissionais de educação e uma mentalidade deveras repugnante está presente nalguns encarregados de educação. Parece que, com a frustração da vida económica e social do nosso país,encontram um bode expiatorio... Isso deixa-me deveras aborrecida pq cada vez é uma classe profissional menos respeitada, é uma classe sujeita a todos os conformismos políticos, é uma classe em constante evolução para a frustração...Não é lhes dado o devido valor: os professores fazem de tudo, inclusive de papel de psicólogos, de pseudo-pais, de educadores...Levantar de pé, para cumprimentar os professores e o trato de "Senhor Professor" já la foram... Antes eram as marcas da reguada nas mãos dos alunos, agora são os gritos exarcebados pelo telemóvel...