por MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO
Se for para melhor...
Augusto Cury, psiquiatra, psicoterapeuta e autor de uma vasta obra sobre o conhecimento e a inteligência, afirmou que educar não é "corrigir erros, mas sim criar ideias". O nosso atribulado e sempre experimental sistema de ensino tem gasto grande parte dos seus recursos e energias a corrigir os erros e parece não lhe restar tempo para o resto. Os últimos anos foram consumidos pela polémica em torno do modelo de avaliação dos professores e antes, se a memória me não falha, um dos pontos altos da agenda da educação foi a colocação dos professores e, recorrentemente, as gaffes nas provas nacionais. Quanto ao que interessa, pouco ou quase nada.
A recente decisão governamental de fechar 900 escolas básicas, todas com menos de 20 alunos, para os reagrupar em unidades com as condições necessárias a um melhor ensino e a uma melhor aprendizagem, desatou um novo alvoroço. Parece fácil a qualquer pessoa de bom senso perceber que, sobretudo nos dias de hoje, a escola precisa de escala e de massa crítica e que, por mais esforçados que sejam os professores dessas pequenas escolas sobreviventes à desertificação e ao Inverno demográfico, estas crianças estarão sempre numa situação de desigualdade face às oportunidades a que têm direito.
A interioridade desses territórios deprimidos repercute-se inevitavelmente naquilo que é uma parte substancial da educação enquanto formação e capacitação pela falta das componentes de um mundo exterior a essa interioridade, como é o caso de uma convivência alargada, o contacto com outras realidades, a diversidade das actividades e o acesso a outros meios de conhecimento.
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LER o ARTIGO na ÍNTEGRA EM:
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1589555&seccao=Maria
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