Equilibrar os OE é a última coisa que se deve agora fazer.
A crise está a ser passada, como uma batata quente, do sector privado para o sector público no início da crise e, agora, no sentido inverso. Paul De Grauwe diz que a única solução é uma acção conjunta de todos os países da zona euro.
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O que é que pensa que os líderes europeus deveriam fazer para sair da crise?
Certamente não o que estão a fazer agora, que é o que a Alemanha quer, ou seja, equilibrar os orçamentos. É uma ideia parva. O que precisam é de fazer alguma coisa em conjunto para eliminar os desequilíbrios da zona euro, e isso significa que a Alemanha terá de assumir também as suas responsabilidades.
A crise está a ser passada, como uma batata quente, do sector privado para o sector público no início da crise e, agora, no sentido inverso. Paul De Grauwe diz que a única solução é uma acção conjunta de todos os países da zona euro.
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O que é que pensa que os líderes europeus deveriam fazer para sair da crise?
Certamente não o que estão a fazer agora, que é o que a Alemanha quer, ou seja, equilibrar os orçamentos. É uma ideia parva. O que precisam é de fazer alguma coisa em conjunto para eliminar os desequilíbrios da zona euro, e isso significa que a Alemanha terá de assumir também as suas responsabilidades.
A Alemanha poderia fazer hoje alguma coisa para estimular a economia. Porque se Portugal, Espanha, Grécia ou Irlanda têm défices na balança de transacções correntes, isso também acontece porque a Alemanha tem excedentes na sua.
E não se pode dizer que o primeiro grupo é mau e o segundo bom, porque não é assim que as coisas funcionam. A responsabilidade é dos dois lados. Houve erros em Portugal, mas também houve erros na Alemanha, com esta forma excessiva de construir excedentes nas exportações à custa dos outros.
Agora é preciso fazer o contrário, porque senão entramos numa espiral deflacionista. Se Portugal e os outros reduzirem salários e se a Alemanha continuar a fazer o mesmo, teremos um grande problema. Os alemães têm de assumir a sua parte da responsabilidade, mas não querem.
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