As Câmaras têm uma relação de subserviência com o poder regional e com as Sociedades de Desenvolvimento. O modelo de governação imposto pelo Presidente do Governo é centralizador e penalizador para os municípios. Em qualquer altura do mandato, o Governo Regional decide, por um lado, alterar os contratos-programa sem cumprir o inicialmente acordado, por outro, sem planeamento estratégico, retira apoios e promessas financeiras e os municípios calam-se. As Câmaras são condicionadas a não exigirem nada ao Governo: escutam em silêncio, fazem a vénia e auto-amordaçam-se.
As Câmaras da Madeira vivem demasiado dependentes da vontade das Sociedades de Desenvolvimento, foram entregues às suas mãos, reduzindo o poder de decisão dos órgãos eleitos pelo povo. Os municípios perderam a sua autonomia nas decisões estruturantes para os concelhos, contudo, mantêm-se calados e serenos.
As Câmaras têm de reconquistar o seu poder local, não podem continuar debaixo da alçada das Sociedades de Desenvolvimento. Exige-se mais autonomia para as Câmaras da Região.
2 comentários:
As Câmaras deveriam ser todas encerradas e aproveitando a embalagem, as Sociedades de Desenvolvimento também. Os presidentes, vereadores, assessores, gestores. directores e demais fauna que infernizam a vida do povo (e quantas vezes na verdade o impedem de produzir PIB que se veja) deviam ir para o quadro de excedentários, promovidos a moços de lavoura e postos a cavar batatas, passando a ganhar a vidinha com o suor do dito rosto. Peço desculpa por estar tão avinagrado mas um post destes lago ao domingo de manhã, chateia qualquer um. Beurk
mais autonomia para quê? pelo que se tem visto não saberiam sobreviver sózinhas.
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