quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Estádio do Marítimo chumbado?

Já percebi as razões que levaram a Câmara Municipal do Funchal e o Marítimo a esconderem, da opinião pública, o projecto de remodelação dos Barreiros. Enquanto que o projecto da Praia Formosa foi apresentado com pompa e muita circunstância, gastando dinheiro sem necessidade, o do Estádio dos Barreiros tem vindo a ser escondido. Não publicam o projecto!
Segundo o Diário de Notícias, o projecto vai ser chumbado pela Câmara do Funchal. Naturalmente que, se esse for o caminho, o concurso internacional já a decorrer terá de ser anulado e quem o tiver ganho terá direito a uma indemnização. Ou não?
Isto é, mais um exemplo de falta de planeamento. A irresponsabilidade leva a que não exista uma estratégia concertada entre a Câmara, o clube e o Governo. Isto é, mais uns interesses e uns caprichos a satisfazer. Sejam responsáveis.
Há outras prioridades, as famílias madeirenses precisam de medidas políticas concretas que venham ajudar a ultrapassar a crise. Não vivam obcecados em gastar sem controlo nem contenção os dinheiros públicos.

"Câmara vai chumbar Estádio do Marítimo.
PARECER TRADUZ ENTENDIMENTO DO GOVERNO SOBRE A VOLUMETRIA.
O parecer do arquitecto responsável pela apreciação técnica, que deverá sustentar a posição política da Câmara do Funchal é inequívoco: tal como está, o projecto do Estádio do Marítimo não deve ser aprovado.
A Câmara do Funchal ainda não tomou posição. Ou seja, oficialmente o projecto ainda não foi à reunião e como tal não tem um despacho. E fonte da autarquia disse, mesmo, que o mais provável é que a vereação nem venha a apreciá-lo, pois o entendimento é que a partir das declarações públicas do presidente do Governo Regional, a impor alterações, a posição da Câmara do Funchal é de esperar que o Marítimo apresente um novo projecto".

4 comentários:

Anónimo disse...

Trata-se de um dos inquéritos sobre ilegalidades nos serviços da Câmara Municipal de Lisboa, cuja investigação está a cargo da equipa especial coordenada pela procuradora-geral-adjunta Maria José Morgado.

No despacho agora proferido, o MP acusa o ex-presidente da Gebalis, Francisco Ribeiro, e dois vogais do conselho de administração de terem utilizado verbas da empresa municipal para despesas ilegais.

Os administradores da Gebalis demitiram-se em 2007, após a Comissão Nacional de Eleições ter considerado irregular o pagamento pela empresa de um concerto do cantor Toy, no âmbito da campanha de Carmona Rodrigues às eleições intercalares para a Câmara de Lisboa.

Anónimo disse...

A realidade é que desde há 4 anos o Governo Regional, nem define o programa nem o tecto financeiro admissível para a obra do Marítimo.
Limita-se a dizer que não, a tudo o que o Marítimo vai fazendo.
Será que quer mesmo a obra?
Ou que a quer adiar eternamente (o que é igual)?

Anónimo disse...

onde está miguel albuquereque?
a ver?
ele decide? o quê?

Anónimo disse...

Estádio dos Barreiros

Com o tempo a passar, vão transbordando algumas informações sobre o processo de avaliação das propostas apresentadas no concurso para a construção do (novo) Estádio dos Barreiros.
A providência cautelar apresentada pela empresa afastada do concurso aquando da abertura das propostas terá surtido efeito pelo que, aparentemente, terá sido reintegrada à condição, até a decisão do tribunal. Afinal, com o benefício do Marítimo pois sabe-se que será a proposta mais barata.
A hipotética proposta mais barata será, afinal, a mais cara. Custos na ordem dos 1000 euros por metro quadrado fazem dessa proposta (retira 20% ao custo global, mas constrói quase 50% menos que as restantes) uma má proposta, quer para o Marítimo (usufruente de uma instalação mínima), quer para os contribuintes e GR (financiadores) que pagarão mais por muito menos. Haverá algumas propostas de construção a valores pouco acima dos 600 euros o metro quadrado.
Em paralelo, consta que aquela mesma proposta (alternativa e não variante à proposta base) não se enquadra legalmente no concurso público que é de construção e não de concepção-construção (situação onde os concorrentes poderiam apresentar projectos alternativos). O que terá sido uma boa opção do Marítimo, definindo em projecto o que pretende - não entregando essa tarefa a outros – mas não deixando de abrir a possibilidade de apresentação de variantes (alterações ou reduções de programa simples à proposta base, definida e colocada a concurso).
Face a esta situação, é de esperar que a obra seja adjudicada a uma das empresas com custo m2 inferior, garantindo a execução do projecto base, mesmo que o governo limite o seu apoio financeiro, exclusivamente às áreas desportivas ali (bem) definidas.
Para a restante verba e restantes espaços (a maioria nos baixos das bancadas) caberá ao Marítimo encontrar financiadores (possíveis investidores, futuros utilizadores dos espaços comerciais) que suportarão a construção e acabamentos (agora ou no futuro em fase de maior desafogo económico) de espaços que viabilizarão o Estádio resultante, libertando-o (como todos os que agora se vão construindo por esse mundo fora) de ser consumidor eterno de recursos públicos. Processo que deverá ser validado aquando da assinatura do acordo da cedência do terreno do actual Estádio dos Barreiros que estará para breve.
O atraso neste processo terá a ver com o facto do registo do terreno, realizado recentemente, estar incorrecto, pois alarga a todo o terreno (30mil m2) condicionantes e limitações de uso do mesmo (uso desportivo exclusivo) só aplicáveis a uma parte do mesmo (17mil m2) como comprova diversa documentação, referente à cedência do terreno ao Estado (Junta Geral) nos anos 50 do século passado, já na posse das entidades financiadoras e da competente (D R Património) para o efeito.