sábado, 11 de outubro de 2008

Prémio Nobel da Literatura visto por Carrilho

Carrilho afirma que Le Clézio foi a escolha francesa «mais óbvia».
O ex-ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, considerou hoje que a Academia Sueca fez «a escolha mais óbvia» dentro da literatura francesa ao atribuir o Nobel 2008 ao escritor francês Jean-Marie Le Clézio.

Em declarações à agência Lusa, a propósito da atribuição do Nobel da Literatura, Manuel Maria Carrilho considerou o prémio «merecido» porque Le Clézio «é um grande escritor da língua francesa, e talvez até a escolha mais óbvia» nesse universo literário.«É um escritor muito diversificado, mas profundo», disse ainda, recordando algumas obras que leu do galardoado, entre elas, Deserto (Dom Quixote), La Fiévre e La Guerre, lançadas nos anos 60.
Questionado sobre se por detrás desta escolha estaria uma intenção de promover a literatura e cultura francesas, num ano em que os media têm falado numa certa perda de protagonismo no mercado cultural global, o ex-ministro comentou: «Os critérios da Academia Sueca são insondáveis!».«Talvez [a escolha] tenha também a ver com o facto de ser um escritor de causas. Marginais, mas, no entanto, muito importantes», acrescentou.Por outro lado, na opinião de Manuel Maria Carrilho, «de vez em quando surge a mesma conversa estereotipada sobre a perda de influência da cultura francesa».
«Há, de facto, uma alteração no papel da língua francesa no mundo, mas continua a ser pungente», concluiu.
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=112450

2 comentários:

Ailime disse...

O "óbvio" pode ser uma resposta para quem não é muito conhecedor da obra de Le Clézio, que será o meu caso!
Não entendi o que Manuel Maria Carrilho quis dizer com a palavra "pungente", em relação à actual cultura francesa, mas alguns dos comentários que emite também não deixam de ser, no mínimo...comovedores!.

Luis Eme disse...

porque não um francês?

os suecos gostam de variar...