Sábado dia 20, a Natureza avançou em ataque combinado das diversas forças. Depois de uma noite de aturada flagelação pluvial, a precipitação disparou na alvorada e os batalhões marcharam para a vertente sul da Madeira. Às primeiras horas da manhã, derrocadas e deslizamentos ruidosos carregaram em simultâneo sobre as populações das cotas altas e médias, levando consigo corpos humanos, casas e carros.
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Caudais em fúria aguilhoados por chuvas diluvianas desceram das faldas da cordilheira central e entraram na capital com imprecações de guerra, galgando muralhas e mainéis à força da água, calhaus e penedos. O bombardeamento de uma artilharia dissimulada abatia pontes e desfazia estradas. Horas de pânico.
(...)
A dúvida está no feitio dos homens. Se serão capazes de ultrapassar questões pessoais, políticas e partidárias para se lembrarem dos comerciantes em desgraça, de quem perdeu casa e carro, mas também dos camponeses que só não são 'vilões' durante as campanhas eleitorais.
Perdemos 42 conterrâneos e aí não há auxílios que neutralizem os prejuízos no íntimo de todos nós. Ironicamente, a Madeira parece voltar à 'estaca zero'. A mais obras primárias - casas, estradas, pontes e correcção de ribeiras, falésias e encostas. Quando se falava de um novo ciclo, surge da tragédia novo fôlego para os abencerragens do jardinismo desenvolvimentista. O regresso dos falcões da construção.
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1 comentário:
A gaveta cheia de estudos, que não são utlizados para tomar decisões.
O contribuinte paga os estudos, e depois paga as consequências ...
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