sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Um ano nos Açores dá dois meses de JM - Carlos César dá 600 mil à comunicação social, o 'JM' leva quatro milhões


O total dos apoios anuais que o Governo Regional dos Açores atribui aos órgãos de comunicação social daquela Região Autónoma, dariam para menos de dois meses de transferências do Governo Regional da Madeira para a empresa 'Jornal da Madeira'.
O Executivo de Carlos César tem orçamentados, no programa Promedia II (2009-2012), 600 mil euros anuais. Só num ano, o JM recebe, do Orçamento Regional, mais de quatro milhões de euros. Sete vezes mais do que todos os órgãos de comunicação social dos Açores juntos.
Estes números poderiam fazer parte dos esclarecimentos que Alberto João Jardim exige ao seu homólogo açoriano, como condição para estar presente na comissão de Ética da Assembleia da República, onde se está a discutir a liberdade de expressão e eventuais tentativas de pressão e controlo sobre a comunicação social.
O presidente do Governo Regional da Madeira, como revela o 'JM', acusa Carlos César de distribuir subsídios pela comunicação social e de ter um departamento do Governo, uma direcção regional, que até distribui as notícias.
Uma consulta ao Orçamento Regional dos Açores para 2010 permite concluir que o programa de incentivos à comunicação social (Promedia II), destinado a apoiar projectos de renovação tecnológica, formação e outros investimentos, tem reservados 600 mil euros para os vários jornais e revistas que se publicam nas várias ilhas.
Uma verba que representa um aumento de 20% em relação ao programa anterior. Desde 2006, o Promedia I atribuiu um total de 1,2 milhões de euros em apoios, tendo sido aprovados 200 projectos. Em quatro anos, o JM recebe, em média, 16 milhões. Treze vezes mais.

1 comentário:

MFerrer disse...

e alguns observadores/comentadores/jornalistas ainda nos querem convencer da sua ( deles) independência, neutralidade e elevados conceitos democráticos postos à frente dos interesses tout court dos grupos que mantêm esses orgãos de informção. Os que ainda restam sob tutela pública ou alinham com o mainstrem ou são chamados de serventuários do regime. Uma vergonha é o que isto é!