sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dia da Cidade do Funchal

Hoje, 21 de Agosto, comemora-se o dia da Cidade do Funchal. Os funchalenses merecem uma grande festa, mas esperam por muito mais.
Ao longo dos anos, houve meios financeiros e humanos para que se tivesse feito desta cidade uma capital de referência internacional, mas, também aqui, os interesses colectivos foram descurados em benefício dos interesses privados. Faltou visão de futuro. Cometeram demasiados erros estratégicos do ponto de vista do ordenamento, do planeamento, do ambiente e até em termos económicos, recusando investir na preservação das nossas potencialidades patrimoniais e naturais.
O Funchal não cresceu fruto de uma política urbana coerente, onde se soubesse que tipo de centro urbano se apostava, que modelo de desenvolvimento, como se distribuiria o tecido económico, que áreas a privilegiar, que mais-valias a preservar, que historia seria interessante guardar para as gerações futuras e que poderiam servir como pólos de atracção turística, definindo, etapa a etapa, o carácter da nossa cidade, criando uma identidade funchalense. Faltou desenhar uma cidade.
A ganância e a cegueira pela construção desenfreada, sobressaindo a especulação imobiliária, destruíram os bens públicos colectivos: grande parte do património histórico, o ar puro, o ambiente, as paisagens, o mar e respectivos acessos.
O Funchal de hoje é uma cidade construída avulsa, sem um critério coerente, sem qualquer linha de ordenamento, sem o respeito por um plano de pormenor ou urbanístico, sem respeitar minimamente o Plano Director Municipal.
Em virtude deste crescimento apressado e descoordenado, o Funchal de hoje é uma cidade com demasiados problemas estruturais, começando nas zonas altas e terminando no centro urbano. Não se construiu uma cidade a pensar nos cidadãos e na sua qualidade de vida. Como se verifica, os problemas sociais aumentaram e diversificaram-se.

2 comentários:

Joana disse...

Tem muita razão.

Mas ainda assim, APROVEITE O DIA para usufruir do melhor da cidade. Era o que faria se aí estivesse.

;)



Jinhos.

Anónimo disse...

o grave são os maçons á volta de sócrates.