Apesar de apenas terem um milhão de neurónios (contra os 100 mil milhões do ser humano), as abelhas conseguem reconhecer caras da mesma forma que as pessoas: através da configuração, que consiste em juntar no cérebro as componentes de um rosto para reconhecer padrões.
No estudo, o grupo de investigadores utilizou uma série de desenhos de caras e objectos. Utilizaram água com açúcar em taças postas à frente dos desenhos de rostos humanos, para criarem a rotina nas abelhas.
Depois de limpo o rasto de açúcar, as abelhas reconheceram as caras 75% das vezes, durante horas de treino. "Concluímos que, através de exposições repetidas, podemos treinar máquinas para extrair a configuração dos objectos e distinguir uma moto de um cão", explicou Adrian Dyer, um dos autores do trabalho.
O grupo de cientistas tem esperança de que a descoberta traga valor acrescentado às actuais investigações em tecnologia, nomeadamente no que toca ao reconhecimento facial. "Era óptimo se alguém [além de biólogos] achasse isto interessante e o utilizasse, por exemplo, na segurança dos aeroportos", admitiu Dyer.
Contudo, na ciência da computação a ajuda das abelhas pode não ser suficiente. David Forsyth fala do actual desafio no reconhecimento facial: reconhecer as mesmas caras depois de envelhecerem, com outro corte de cabelo ou quando usam óculos escuros. Diz o cientista de computação: "Se as abelhas conseguissem fazer isso, eu caía da cadeira!"
Joana Azevedo Viana
2 comentários:
Sr. Vice, olhe que alguém pode interpretar isso como uma ameaça! LOL!
amsf
Se elas entrassem pela A.R.Madeira, ou na Quinta Vigia, eu queria ver a malta toda no calhau dentro de água. Muitos haveriam de morrer afogados.
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