quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Na ESCOLA GONÇALVES ZARCO - República em debate

No âmbito das comemorações do Centenário da República, a Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco está a organizar um conjunto de actividades com o objectivo não só de educar para a cidadania, como também de levar à prática o papel que a escola deve desempenhar na transmissão e na evocação dos grandes valores republicanos. Objectivos reafirmados, ontem, por Rui Caetano, presidente do conselho executivo.
Na conferência, o professor Agostinho Lopes, docente naquela escola, e o professor Xavier Dias, presidente da Associação de Professores de História, falaram sobre o tema: 'O Funchal: da implantação da República ao Estado Novo'.
Agostinho Lopes fez a ligação entre a obra de Fernão Ornelas e aquilo que tinha sido pensado aquando da implantação da República. Disse, a propósito, que todas as obras projectadas aquando da implantação da República foram apenas realizadas no tempo do Estado Novo. A conjuntura atrasou a execução de muitos planos, dada a instabilidade política, com 45 governos em 16 anos, seguindo-se a I Guerra Mundial, as desigualdade sociais, os problemas económicos e os movimentos autonomistas.
Só a consolidação do regime de Salazar vai criar as condições para avançar com a obra, como sinal de que era preciso conter o descontentamento.
Inicia-se assim a modernização do Funchal, com a construção de uma série de edifícios para os vários sectores da administração e uma série de outros projectos, que tiveram como principal obreiro Fernão de Ornelas.
Agostinho Lopes diz que a grande lição é que não basta ter um ideal e defendê-lo, como aconteceu em 1910, é preciso também lutar para que as coisas se concretizem.

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