quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Serrão assume crítica ao líder Sócrates


Líder do PS-M queria mais esforço da banca e menos penalização do trabalho.
Se quiserem entender que é uma crítica, que seja", afirma Jacinto Serrão, depois de uma análise às medidas de austeridade apresentadas por José Sócrates e que o líder do PS-M não apoia na totalidade.
"Acho que as medidas, ao nível nacional, eram necessárias, poderiam era ter seguido outros caminhos", justifica. Serrão lamenta que as propostas de contenção de despesa aprovadas pelo Governo da República sejam "bastante penalizadoras para os trabalhadores".
O trabalho, afirma o dirigente socialista madeirense, num contexto global, é um capital que deveria ser cada vez mais valorizado e não castigado com impostos.
"Precisamos é de ter cada vez mais pessoas a trabalhar, mas a política europeia parece que perdeu a ideia base das suas fundações que é a coesão social", acusa.
Serrão não concorda que sejam os mercados financeiros a definir as orientações dos governos, como terá acontecido em Portugal e na maioria dos países europeus.
"Há um conjunto de preocupações financeiras, nesta lógica mundial e num conceito de neoliberalismo que está a prejudicar este pilar essencial da construção europeia que é a coesão social", justifica.
O presidente do PS-M considera que as reflexões sobre as medidas de austeridade devem ser feitas, sobretudo, ao nível nacional.
"Eu, como presidente do PS-M, tenho que me preocupar com a Madeira", sublinha Serrão que faz questão de lembrar que não participou na reunião da comissão política em que as medidas de austeridade foram apresentadas.
Cortar no desperdício
Em relação à Região, o líder socialista mantém o desafio ao Governo Regional para que adopte medidas de contenção da despesa, alternativas às penalizações dos trabalhadores, pensionistas e empresas.
"Acho que a Madeira tem todas as condições, até mesmo pelos investimentos e despesa pública supérfluos, para poder canalizar verbas para atenuar os efeitos negativos que inevitavelmente essas medidas vão ter nas famílias e nos trabalhadores".

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