terça-feira, 11 de maio de 2010

Pior que opção nos guarda-redes e centrais a mais é não levar alternativa a Deco

Carlos Queiroz surpreendeu mais do que seria expectável, mas percebe-se o critério seguido em pelo menos duas das três chamadas inesperadas. Pepe regressou aos treinos apenas há dias, depois de uma sempre complicada operação aos ligamentos cruzados do joelho, e Ricardo Carvalho está parado desde 24 de Março, também por lesão.
As (naturais) dúvidas sobre a possibilidade de os utilizar, em condições aceitáveis, terão levado o seleccionador a convocar Ricardo Costa e Zé Castro, opção claramente indiciadora de que irá ser um deles a não receber o bilhete para a África do Sul.
Mais difícil de entender é a convocatória de Daniel Fernandes e a não chamada de Quim.
Depois de Scolari, parece sina dos seleccionadores de Portugal criarem polémica com decisões relativas aos guarda-redes que, objectivamente, contrariam o senso comum dos adeptos.
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A convocatória de Carlos Queiroz, como seria de esperar, não é consensual. Naturalmente que a escolha é do seleccionador, os critérios são da sua responsabilidade.
O que eu questiono, enquanto treinador de bancada atento ao futebol, são os tais critérios. O primeiro critério deveria ser o da qualidade demonstrada. Não foi isso que aconteceu.
Depois, perante dois jogadores do mesmo nível, o seleccionador deveria dar prioridade aos que jogam em Portugal. Mas, novamente, até nem foi isso que aconteceu, pois os que jogam em Portugal com nível para serem convocados são bem melhores do que alguns dos convocados.
Por exemplo, a que propósito é que surge o Daniel Fernandes, que nem nasceu em Portugal, em vez do Rui Patrício ou do Quim? Depois o Zé Castro? Estes jogadores não são titulares nos seus clubes no estrangeiro. E jogam no estrangeiro.
Então, não deveria haver uma promoção dos jogadores que jogam em Portugal e que, além disso, têm dado provas da sua grande qualidade? Melhores, de longe, dos que referi. Falo do Moutinho, do Amorin, do Carlos Martins, entre outros possíveis!!
Até parece que jogar no estrangeiro foi um dos critérios do Queiroz.
Espero que não exista, nesta aventura futebolística, uma jogada de bastidores. Isto é, os interesses de certos e conhecidos empresários que pretendem valorizar os seus activos pouco produtivos!!!
Gostava de saber quem são os empresários do Daniel Fernandes, do Ricardo Costa e do Zé Castro e que tipo de relação têm com o Queiroz!!!

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