Primeiro-ministro diz-se orgulhoso de Jardim.
Prejuízo próximo dos mil milhões, custos serão repartidos
Alberto João Jardim e José Sócrates lado a lado na Avenida Sá Carneiro, no Funchal, a ver a banda passar em cortejo de flores entre sorrisos de compreensão e respeito mútuo, num quadro de convergência já reconhecido pelos dois governantes. Depois da tragédia, as tréguas fizeram-se.
Hoje, Sócrates e Jardim vão acordar os termos em que a ajuda à Madeira se fará nos próximos quatro anos. E, mais importante, o método. Se Jardim contabilizava os prejuízos em 1,3 mil milhões, as contas do Governo estarão mais próximas dos mil milhões, apurou o DN. Quanto ao respectivo financiamento, será repartido por três: Estado, Europa e a própria região - para além do que será assegurado por donativos ou por seguros contratualizados. Falta saber quem pagará que parte.
No início da tarde de ontem, o primeiro-ministro aterrou na Madeira e logo expressou a sua satisfação pelo facto de "verificar que o trabalho do Governo Regional foi a todos os títulos exemplar, o que orgulhou todos os madeirenses, mas também todos os portugueses", disse.
Já no recinto do desfile, Alberto João Jardim fazia justiça à boa relação com a República. Ambos concordaram que a Madeira entrou num novo ciclo.
Da mesa do jantar de ontem à noite na Quinta Vigia passa-se hoje para a mesa de trabalho entre governos. Em discussão, precisamente, os prejuízos da catástrofe.
Até agora, ainda, não houve transferências. Foi constituída uma comissão paritária, composta por técnicos e governantes da República e da região, que estão a avaliar no terreno os estragos.
O relatório está já praticamente concluído, permitindo que no encontro formal de hoje se acerte pelo menos o modelo financeiro das ajudas nacionais para a reconstrução. Em Março, quando Sócrates e Jardim se encontraram, ficou claro que o quadro de cooperação financeira exigia legislação específica a submeter à Assembleia da República, substituindo a Lei das Finanças Regionais.
Ontem, o primeiro-ministro foi parco nas palavras. Selou só a intenção de criar "um quadro bem claro de como se vão fazer as coisas, co-financiar as coisas, de forma a que a Madeira tenha a garantia que será recuperado tudo aquilo que a tragédia destruiu".
Mas se há convergência entre Jardim e Sócrates o mesmo não se pode dizer dos partidos da oposição a Jardim. Mesmo o deputado socialista Carlos Pereira quer saber, por exemplo, qual é a estratégia de reconstrução.
"Reconstruir o quê? Como? Por quem? Entra tudo no Orçamento Regional? São perguntas sem resposta, mas eu percebo o problema do Governo e do PSD: antes de 20 de Fevereiro já "lambiam o chão" porque conduziram as finanças públicas da região à bancarrota; agora querem rapidamente aproveitar a tragédia para arranjarem o dinheiro que lhes permita continuar com a política habitual", disse ao DN.
Uma coisa é certa. Os elogios de Sócrates ao Governo de Jardim não caíram bem nas hostes socialistas madeirenses, que já pensam nas eleições regionais de 2011.
E prometem não baixar a guarda: depois de chumbada pelo PSD/M uma comissão de inquérito de apuramento das responsabilidades da tragédia, foi entregue uma proposta para criar mecanismos de controlo na aplicação das verbas destinadas à reconstrução.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1547719&seccao=Madeira
Prejuízo próximo dos mil milhões, custos serão repartidos
Alberto João Jardim e José Sócrates lado a lado na Avenida Sá Carneiro, no Funchal, a ver a banda passar em cortejo de flores entre sorrisos de compreensão e respeito mútuo, num quadro de convergência já reconhecido pelos dois governantes. Depois da tragédia, as tréguas fizeram-se.
Hoje, Sócrates e Jardim vão acordar os termos em que a ajuda à Madeira se fará nos próximos quatro anos. E, mais importante, o método. Se Jardim contabilizava os prejuízos em 1,3 mil milhões, as contas do Governo estarão mais próximas dos mil milhões, apurou o DN. Quanto ao respectivo financiamento, será repartido por três: Estado, Europa e a própria região - para além do que será assegurado por donativos ou por seguros contratualizados. Falta saber quem pagará que parte.
No início da tarde de ontem, o primeiro-ministro aterrou na Madeira e logo expressou a sua satisfação pelo facto de "verificar que o trabalho do Governo Regional foi a todos os títulos exemplar, o que orgulhou todos os madeirenses, mas também todos os portugueses", disse.
Já no recinto do desfile, Alberto João Jardim fazia justiça à boa relação com a República. Ambos concordaram que a Madeira entrou num novo ciclo.
Da mesa do jantar de ontem à noite na Quinta Vigia passa-se hoje para a mesa de trabalho entre governos. Em discussão, precisamente, os prejuízos da catástrofe.
Até agora, ainda, não houve transferências. Foi constituída uma comissão paritária, composta por técnicos e governantes da República e da região, que estão a avaliar no terreno os estragos.
O relatório está já praticamente concluído, permitindo que no encontro formal de hoje se acerte pelo menos o modelo financeiro das ajudas nacionais para a reconstrução. Em Março, quando Sócrates e Jardim se encontraram, ficou claro que o quadro de cooperação financeira exigia legislação específica a submeter à Assembleia da República, substituindo a Lei das Finanças Regionais.
Ontem, o primeiro-ministro foi parco nas palavras. Selou só a intenção de criar "um quadro bem claro de como se vão fazer as coisas, co-financiar as coisas, de forma a que a Madeira tenha a garantia que será recuperado tudo aquilo que a tragédia destruiu".
Mas se há convergência entre Jardim e Sócrates o mesmo não se pode dizer dos partidos da oposição a Jardim. Mesmo o deputado socialista Carlos Pereira quer saber, por exemplo, qual é a estratégia de reconstrução.
"Reconstruir o quê? Como? Por quem? Entra tudo no Orçamento Regional? São perguntas sem resposta, mas eu percebo o problema do Governo e do PSD: antes de 20 de Fevereiro já "lambiam o chão" porque conduziram as finanças públicas da região à bancarrota; agora querem rapidamente aproveitar a tragédia para arranjarem o dinheiro que lhes permita continuar com a política habitual", disse ao DN.
Uma coisa é certa. Os elogios de Sócrates ao Governo de Jardim não caíram bem nas hostes socialistas madeirenses, que já pensam nas eleições regionais de 2011.
E prometem não baixar a guarda: depois de chumbada pelo PSD/M uma comissão de inquérito de apuramento das responsabilidades da tragédia, foi entregue uma proposta para criar mecanismos de controlo na aplicação das verbas destinadas à reconstrução.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1547719&seccao=Madeira
1 comentário:
Arrufos..Arrufos...e mais arrufos de namorados.
No essencial estão de acordo estas duas figuras sinistras que nos têm governado na Madeira e no País.
Ou seja:
Executam politicas de direita.Executam uma politica anti-sindical,governam em favor dos capitalistas,empobrecendo cada vez mais o país,a região e as suas populações.
São amigos no que concerne a distribuirem os seus amigos por tudo o que é Empresas Públicas e Bancos.
Convergência de seforços até na Corrupção que mina o Estado e a Região...enfim..PS/SÓCRATES+PPD/PSD/P.COELHO/AJJ=MESMA MERDA-SÓ O CHEIRO É DIFERENTE.
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