quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Novo estádio do Marítimo- GR mexe no projecto

Li hoje no DN uma notícia do jornalista Artur de Freitas Sousa a dizer que o "GR mexe no projecto dos Barreiros" ?
"CMF já tem conhecimento da decisão
O Conselho de Governo decidiu hoje eliminar algumas infraestruturas do projecto de remodelação do Estádio dos Barreiros.
Em comunicado, o Conselho de Governo sustenta que o clube possui algumas das infraestruturas projectadas para os Barreiros enquanto outras existem em quantidade suficiente na Região.
O GR recorda ainda as actuais dificuldades financeiras da Região sendo que algumas das infraestruturas eliminadas não constituem, de momento, prioridade de despesa pública".
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Não entendo nada! O concurso público está a decorrer, há já 12 empresas que levantaram o caderno de encargos para depois concorrerem e o projecto ainda está a sofrer alterações? Mas que planeamento é este?
E como já aqui publiquei, porque razão não apresentam o projecto publicamente tal como fizeram com o da Praia Formosa? O que pretendem esconder?
É verdade que o Diário de hoje descreve as diversas infra-estruturas do projecto do novo estádio, mas, e o desenho, a estrutura, o modelo onde está? Tem piada que o Diário, a título de comparação, apresentou a imagem de um estádio inglês.
Não existe desenho ainda? Antes, não tinham terrenos e mostraram o projecto, agora, têm terrenos, noutro local, e já não mostram o projecto.

6 comentários:

il _messaggero disse...

O pior disto tudo é a submissão com que o clube acata todas as alterações realizadas pelo GR (numa parceria que pela composição da SAD deveria ser de iguais), quando os sócios nem são tidos neste processo (nem uma Assembleia Geral foi tida no processo).

Unknown disse...

Não sei se é verdade ou não,mas ouvi dizer que o projecto que pretendem construir irá desfigurar a vista que actualmente as pessoas que vivem na rua onde está situado o museu do brinquedo usufruem,que irá alterar por completo esta zona e que têm medo de possíveis revoltas que os moradores desta zona possam ter e mesmo alguma acção cautelar que seja interposta.Realmente é caso para perguntar,têm medo de quê?,porque não é tornado público o projecto?,até quando irá a promiscuidade entre o CSM e o Gr?, onde andam os sócios do marítimo?,porque não se convoca uma assembleia-geral do clube para esclarecer todas as dúvidas que têm sido postas e tornadas públicas?,será que o marítimo irá continuar toda a vida e mais seis meses como uma sucursal do governo regional e de AJJ?,TUDO ISTO DEVERIA SER ESCLARECIDO.Cumprimentos.

Jingas disse...

Porque não se pára duma vez com esta fantochada. Numa ilha tão pequena parece que ter um estádio é uma questão de honra... Já ninguém vai aos estádios, as camadas jovens não jogam nos estádios, gastou-se milhões na choupana, vamos gastar mais milhões nos barreiros. Corrigir um erro com outro erro...

Anónimo disse...

Diz quem viu e disse a RTP Madeira que a "variante" apresentada por 32 milhões para os Barreiros é igual ao Estádio do Nacional e terá sido desenhada pelo próprio Rui Alves, através da empresa e projectista que fez o Estádio dele.
Interessado e fortemente que o rival tenha, como ele, um elefante branco dependente dos subsídios públicos.
Esperemos que o Marítimo saiba fugir dessa solução, como o diabo na cruz, mesmo que só se veja financiado nesses mesmos 32 milhões.
É preferível ter apoio parcial (só a parte desportiva) e poder desenvolver componente "comercial" que lhe pode garantir o futuro. Do Estádio e do Clube...
E essa componente é possível e cabe lá. Afinal, a tão falada "limitação" determinada por antigos donos do terreno (aquando da doação) apenas se aplica a menos de metade do terreno (o resto foi expropriado sem condições).

Anónimo disse...

Estádio dos Barreiros

Mais algumas informações sobre o processo de avaliação das propostas apresentadas no concurso para a construção do (novo) Estádio dos Barreiros:
A providência cautelar apresentada pela empresa afastada do concurso aquando da abertura das propostas terá surtido efeito pelo que, aparentemente, terá sido reintegrada à condição, até a decisão do tribunal. Afinal, com o benefício do Marítimo pois sabe-se que será a proposta mais barata.
Não se entende mesmo a razão de tal afastamento. Afinal quantas mais propostas sobre a mesa, mais haveria por onde escolher. Nem sequer colhia a justificação da falta do tal documento (entre milhares) com menos uma assinatura. Assinatura que podia ser recolhida em qualquer momento, por simples opção do Júri, que poderia dar um prazo para o efeito ficando, naquela altura a análise documental suspensa até a regularização da situação. Era possível e, do ponto de vista do Marítimo, vantajoso. Mistérios insondáveis que estarão por detrás da opção (inicial) do Júri.
Entretanto, a hipotética proposta anunciada como a mais barata será, afinal, a mais cara. Custos na ordem dos mil euros por metro quadrado fazem dessa proposta (retira 20% ao custo global, mas constrói quase 50% menos que as restantes) uma má proposta, quer para o Marítimo (que ficaria com uma instalação mínima), quer para os contribuintes e Governo Regional (financiadores) que pagarão mais por muito menos. Haverá, a concurso, algumas propostas de construção a valores pouco acima dos seiscentos euros o metro quadrado.
Em paralelo, consta que aquela mesma proposta (é uma alternativa e não uma variante à proposta base) não se enquadra, legalmente, no concurso público que é de construção (só podem ser aceites variantes ao projecto base – do Marítimo) e não de concepção-construção (única situação onde os concorrentes poderiam apresentar projectos alternativos, como fez o Nacional).
Esta foi uma boa opção do Marítimo, definindo em projecto o que pretendia - não entregando essa tarefa a outros – mas não deixando de abrir a possibilidade de apresentação de variantes (alterações ou reduções de programa simples à proposta base, definida e colocada a concurso).
Face a esta situação, é de esperar que a obra seja adjudicada a uma das empresas com custo m2 inferior, garantindo a execução do projecto base, mesmo que o governo limite o seu apoio financeiro, exclusivamente às áreas desportivas ali (bem) definidas.
Para os outros espaços, comerciais, como queria o Presidente do Governo (a maioria nos baixos das bancadas) caberá ao Marítimo encontrar financiadores (possíveis investidores, futuros utilizadores dos espaços comerciais) que suportarão a construção e acabamentos (agora ou no futuro em fase de maior desafogo económico) de espaços que viabilizarão o Estádio resultante, libertando-o (como todos os que agora se vão construindo por esse Mundo fora) de ser consumidor eterno de recursos públicos. Evitando o exemplo do adversário regional que enfrenta um futuro difícil face aos custos de manutenção do seu espaço poderem se tornar incomportáveis quando os recursos públicos se reduzirem ou estancarem. Será provavelmente por isto, que algumas forças e lóbis conotados com a Choupana têm lutado contra um projecto comercial nos Barreiros. Para garantirem que também o Marítimo terá a dependência que não puderam evitar na sua opção.
Este processo deverá ser validado logo que se concretize a assinatura do acordo da cedência do terreno do actual Estádio dos Barreiros que já está agendado.
O atraso esteve ligado ao facto do registo do terreno, realizado há alguns meses, estar incorrecto, pois terá alargado inutilmente a todo o terreno (30mil m2) as condicionantes e limitações de uso do mesmo (uso desportivo exclusivo) só aplicável a uma parte do mesmo (17mil m2). Como comprova diversa documentação, referente à cedência do terreno ao Estado (Junta Geral) nos anos 50 do século passado, já na posse das entidades financiadoras e da competente (D R Património) para o efeito.
A alteração do registo do prédio a ceder é determinante para que o Estádio dos Barreiros não seja (mais) um elefante branco. Não sendo feita essa alteração (e mantida a restrição “desportiva” para toda a sua área, terá vencido a posição de algum empreiteiro e do seu lóbi no departamento governamental do sector das obras e dos defensores do elefante branco (para não haver diferenciação do Nacional). E, em simultâneo, uma “facada” nas costas do Marítimo e nas do Presidente do Governo Regional, que sempre pugnou por um Estádio Comercial (que é possível sem ser às custas do Governo) que liberte recursos para a sua manutenção.

João Santos disse...

No dia 23, será escolhido o projecto do Marítimo ou o do …. Nacional?

O Clube Sport do Mar necessitava de um autocarro de 20 lugares. Para o efeito, definiu as suas características e lançou uma consulta ao mercado. O concurso admitia variantes.

Responderam meia dúzia de concorrentes.

Um deles, esqueceu-se de referir na proposta escrita, que a viatura tinha suporte para a matrícula. O Júri, rigoroso, a pedido de uma das empresas, tratou logo de excluir a proposta. Mais tarde, soube-se que era a proposta cumpridora mais barata…

A maioria das empresas apresentou várias variantes: uns com cadeiras com forros de cabedal, outros, tecido. Uns com GPS outros com ABS. Outros ainda pintaram a viatura com as cores do Clube, outros apresentaram-na verde, outros, vermelha.

Um concorrente, mais espertalhão, apresentou… uma carrinha de 9 lugares. Para além da viatura de 20 (esta, muito cara).

A carrinha de 9 lugares era igual à que tinham “vendido” ao clube concorrente (o Clube Desportivo da Serra) anos atrás. Com algumas diferenciantes. Claro que era mais barata que os autocarros de 20 lugares propostos. Mas, viu-se logo, a diferença de custo era mínima e o valor do bem, quase metade do dos outros.

Não se entendeu porque não foi eliminada esta proposta ALTERNATIVA que não era, de alguma forma, uma VARIANTE ao que pretendia (e definiu isso à partida), o CSM, na definição do objecto a concurso.

Claro que não estamos a falar de carros. Mas sim do Estádio dos Barreiros.

As últimas notícias referem que a “carrinha de 9 lugares” está na corrida. Mas como? Não respeitou o objecto de concurso que solicitava a apresentação de valores de construção para um Estádio pré-definido pelo Marítimo (projecto base).

Em vez de um Estádio com capacidade (agora ou no futuro, quando aparecer um investidor) de introdução de espaços comerciais temos, nessa proposta, um Estádio “aberto aos lados”, sem futuro e que faz perder e dispersar todo o ambiente desportivo criado pelo público. Para entendermos do que estamos a falar, basta comparar os ambientes de estádios como o de Braga ou do Nacional com os de tipologia inglesa onde o público quase “toca” os jogadores após os golos ou na marcação dos pontapés de canto. Quais são as imagens de maior emoção a que assistimos nos jogos ingleses e que mais marcam quem as vive e quem as vê? As que se sucedem junto às balizas. Quando há um canto, um livre, uma jogada, … um golo. Alegrias dos jogadores logo ali, partilhadas com o público.

Ora, colocando as bancadas apenas nas laterais, fazemos crescer o estádio em altura. Prejudicando a cidade, a vizinhança e os espectadores, que ficam mais longe da relva…
Um Estádio igual ao do Nacional? Não obrigado. Foi para evitar essa opção que o Marítimo elaborou um projecto base.

É mais barato? Como?

Se constrói apenas 28 mil metros (é uma carrinha de 9 lugares) e hipoteca a expansão comercial determinante para o futuro do estádio e do clube? Não sendo a proposta excluída (como deveria ser), como comparar preços de propostas quando o objecto proposto é diferente?

Utilizando o custo por metro quadrado. Obviamente. Preço, em construção, tem que ser relativo. Até porque o Governo Regional, e bem, já clarificou o que apoia (a componente desportiva) e com que valor (trinta e um milhões e meio). Gastar mais de 1000 Euros por metro quadrado (as variantes apresentam construção a pouco mais de 600 Euros) e ficar com o futuro hipotecado, um estádio igual ao Nacional e sem o (pretendido) forte e carismático ambiente desportivo? Não obrigado.

Aguardemos pelo dia 23 pela decisão a anunciar na Assembleia Geral, mas, um Estádio igual ao do Nacional?

Não obrigado.