Segundo o presidente do Marítimo, houve pelo menos 11 empresas que levantaram o caderno de encargos referente ao concurso público internacional para a empreitada de construção do novo Estádio do Marítimo. Uma obra que apresenta um valor estimado em 46,5 milhões de euros.
Quando o projecto estava previsto para a zona da Praia Formosa, o presidente do marítimo apressou-se a apresentar o projecto, com pompa e muita circunstância, embora ainda não tivesse adquirido a totalidade dos terrenos necessários.
Projecto da Praia Formosa anuladoEntretanto, o Estádio mudou de sítio e caiu nos Barreiros, mas agora, nesta nova versão, ninguém conhece o projecto. Está escondido.
Porque será? De que é que têm medo? Porque será que nenhum meio de comunicação social conseguiu ter acesso ao referido projecto? Não tem interesse jornalístico?
Como já foi publicado, o projecto já deu entrada nos serviços da Câmara Municipal do Funchal e contempla acomodação para nove mil espectadores, sendo que o relvado e parte da pista serão as únicas estruturas existentes a serem preservadas.
Quer dizer que a pista é para se manter? Então, já houve mudanças, parece que as críticas dos partidos políticos e dos atletas sobre a anunciada retirada da pista de atletismo surtiram efeitos positivos.
Mostrem lá o projecto. É público ou não é público? Ou há problemas com o Plano Director Municipal?
1 comentário:
Estádio dos Barreiros
Com o tempo a passar, vão transbordando algumas informações sobre o processo de avaliação das propostas apresentadas no concurso para a construção do (novo) Estádio dos Barreiros.
A providência cautelar apresentada pela empresa afastada do concurso aquando da abertura das propostas terá surtido efeito pelo que, aparentemente, terá sido reintegrada à condição, até a decisão do tribunal. Afinal, com o benefício do Marítimo pois sabe-se que será a proposta mais barata.
A hipotética proposta mais barata será, afinal, a mais cara. Custos na ordem dos 1000 euros por metro quadrado fazem dessa proposta (retira 20% ao custo global, mas constrói quase 50% menos que as restantes) uma má proposta, quer para o Marítimo (usufruente de uma instalação mínima), quer para os contribuintes e GR (financiadores) que pagarão mais por muito menos. Haverá algumas propostas de construção a valores pouco acima dos 600 euros o metro quadrado.
Em paralelo, consta que aquela mesma proposta (alternativa e não variante à proposta base) não se enquadra legalmente no concurso público que é de construção e não de concepção-construção (situação onde os concorrentes poderiam apresentar projectos alternativos). O que terá sido uma boa opção do Marítimo, definindo em projecto o que pretende - não entregando essa tarefa a outros – mas não deixando de abrir a possibilidade de apresentação de variantes (alterações ou reduções de programa simples à proposta base, definida e colocada a concurso).
Face a esta situação, é de esperar que a obra seja adjudicada a uma das empresas com custo m2 inferior, garantindo a execução do projecto base, mesmo que o governo limite o seu apoio financeiro, exclusivamente às áreas desportivas ali (bem) definidas.
Para a restante verba e restantes espaços (a maioria nos baixos das bancadas) caberá ao Marítimo encontrar financiadores (possíveis investidores, futuros utilizadores dos espaços comerciais) que suportarão a construção e acabamentos (agora ou no futuro em fase de maior desafogo económico) de espaços que viabilizarão o Estádio resultante, libertando-o (como todos os que agora se vão construindo por esse mundo fora) de ser consumidor eterno de recursos públicos. Processo que deverá ser validado aquando da assinatura do acordo da cedência do terreno do actual Estádio dos Barreiros que estará para breve.
O atraso neste processo terá a ver com o facto do registo do terreno, realizado recentemente, estar incorrecto, pois alarga a todo o terreno (30mil m2) condicionantes e limitações de uso do mesmo (uso desportivo exclusivo) só aplicáveis a uma parte do mesmo (17mil m2) como comprova diversa documentação, referente à cedência do terreno ao Estado (Junta Geral) nos anos 50 do século passado, já na posse das entidades financiadoras e da competente (D R Património) para o efeito.
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