sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Políticas eficazes de apoio à natalidade? Quando?

O envelhecimento da população é uma notícia que arrasta uma série de problemas, mas, no meu entender, os sucessivos governos do nosso País continuam a investir muito pouco no apoio aos novos casais e ainda menos nos apoios aos nascimentos. Falam imenso, prometem bastante, contudo, na prática, resume-se a pouco.

Li a seguinte notícia, em diversos órgãos de comunicação social: "Mortes superaram número de nascimentos em Portugal
Estatísticas confirmam abrandamento do crescimento populacional e a tendência de envelhecimento demográfico
Pela primeira vez em 90 anos, o número de mortes registadas em Portugal foi superior aos nascimentos, segundo os indicadores demográficos relativos a 2007 divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No ano passado morreram em Portugal 103.512 pessoas, enquanto o número de nascimentos não foi além dos 102.492, dados que traduzem um saldo natural negativo, na ordem dos 0,01 por cento.
As estatísticas confirmam o abrandamento do crescimento populacional e a tendência de envelhecimento demográfico, já que diminuiu, mais uma vez, o número de nados vivos (menos 2.957 do que em 2006), aumentando o número de óbitos (mais 1.522). De acordo com o INE, a taxa de crescimento efectivo fixou-se nos 0,17 por cento, só não sendo negativa devido ao ligeiro aumento da população imigrante no país, que no ano passado cresceu 0,18 por cento.
Até agora, só uma vez, em 1918, coincidindo com a gripe espanhola, o número de mortes registadas em Portugal tinha sido superior ao de nascimentos.
No total, no final de 2007 residiam em Portugal 10.617.575, dos quais 446.333 imigrantes legais. Entre os residentes, 15,3 por cento eram jovens com menos de 15 anos e 17,4 por cento idosos com mais de 65. "A população residente em Portugal tem vindo a denotar um continuado envelhecimento demográfico, como resultado do declínio da fecundidade e do aumento da longevidade", salienta o INE.
O índice de fecundidade foi de 1,33 crianças por mulher, face a 1,36 registado no ano anterior e muito longe das 2,1 necessárias para assegurar a substituição de gerações. Já a idade média da mulher ao primeiro filho aumentou ligeiramente, fixando-se nos 28,2 anos". (...)

1 comentário:

Roberto Rodrigues disse...

Caro Rui, sobre este tema há mais um caminho!

faço-lhe uma sugestão leia este relatório do Grupo de Missão que no CDS estudou este assunto.

http://www.cds.pt/items.aspx?id_item=1859

RR