segunda-feira, 22 de março de 2010

Corrida desenfreada à pedra da ribeira da Ponta do Sol


Por ser sábado e por haver uma corrida desenfreada aos inertes que estão a ser retirados do leito da ribeira da Ponta do Sol, junto ao limite da estrada na zona de expansão da Vila, levantou anteontem fortes suspeitas de irregularidade.
Camiões e até 'meios carros' faziam fila nesta zona 'escondida' da Vila para carregar pedra que estava a ser removida do interior da ribeira com o auxílio de várias retroescavadoras.
A inquietação provocada pela nossa reportagem no local, fez adensar ainda mais os rumores de eventual ilegalidade, que foi posteriormente desfeita pelo próprio presidente da Câmara.
Embora as linhas de água sejam da tutela da Secretaria do Equipamento Social, e face à impossibilidade de confirmar junto desta entidade a legalidade desta ocorrência, acabou por ser Rui Marques a garantir que a situação era do conhecimento das autoridades e estava devidamente autorizada.
"Devido à necessidade de se proceder ao desassoreamento da ribeira, as empresas do concelho foram convidadas a proceder à recolha destes inertes, que reverterão depois para os trabalhos de reconstrução dos prejuízos provocados pelo mau tempo, nomeadamente para muros, caminhos e veredas", explicou o autarca. Assegurou ainda que deste modo o custo desta 'matéria-prima' essencial para obras públicas sairá muito mais barato à edilidade.
Clarificou ainda que o facto desta operação de limpeza desenrolar-se ao fim de semana, prende-se com o facto de haver trabalhos do IGA nas proximidades do local, nomeadamente a construção de uma vala, que impedia que durante os dias úteis da semana fosse possível desenvolver esta operação de remoção do material excedente sem interferir nos trabalhos que são prioritários e que estão relacionados com a conduta de água.
O presidente ponta-solense admitiu contudo que entre aqueles que estavam devidamente autorizados a transportar inertes, pudesse haver "um ou outro que se aproveite da situação" para levar também alguma pedra, mas desvalorizou o eventual 'oportunismo', até porque "também não consigo controlar tudo", justificou-se.
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AGORA É ASSIM?

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