segunda-feira, 8 de março de 2010

Madeira - A dimensão da catástrofe na URBANIZAÇÃO das EIRAS, Caniço



Hoje, voltamos a visitar uma zona bastante afectada. Pela segunda vez, no mesmo local. Não foi na Ribeira Brava nem no Funchal. A destruição não atingiu apenas estes dois concelhos.
A urbanização das Eiras, no Caniço, foi atingida de uma forma devastadora. E há responsabilidades. A urbanização está construída por cima do Ribeiro dos Pretetes e em U, com o Ribeiro canalizado no início da urbanização. Uma irresponsabilidade.
A canalização reduziu o ribeiro a um metro, com outro de altura. Uma armadilha que à mínima enchente teria de transbordar. Foi o que aconteceu. No dia 20 de Fevereiro, destruiu tudo o que encontrou. Mais de 30 carros, e a água, a pedra, o entulho e a lama encheram os primeiros andares das moradias partindo muros e levando tudo à frente. Um desastre. Não houve vítimas mortais por milagre.
No primeiro dia, a Câmara disse às pessoas que ajudaria em tudo, agora estão a entregar um papel a dizer que a Câmara não assume os estragos ocorridos e estão a pedir que os moradores assinem um documento a desresponsabilizar a Câmara. Grave muito grave. Quem é que querem enganar?
Quem licenciou aquela urbanização daquela forma? Quem autorizou aquela configuração feita de modo a ficar fechada como uma armadilha? E os serviços hidráulicos autorizaram construir em cima de um Ribeiro que já tinha histórias de grandes enchentes?
Quem assume as responsabilidades? Os moradores que se limitaram a comprar? Não existe aqui irresponsabilidade? Não existe motivo criminal? Naturalmente que sim.
Tem de ir tudo para tribunal.

Sem comentários: