terça-feira, 9 de março de 2010

Linha de apoio à recuperação do tecido empresarial -Mais de duas centenas de empresas já pediram apoio

O presidente do Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE), Jorge Faria, revelou à Agência Lusa que mais de duas centenas de empresas afectadas pelo temporal de 20 de Fevereiro já solicitaram apoios a este organismo.
Os governos da República e Regional, através do IDE, criaram uma linha de apoio à reactivação do comércio e serviços afectados pelo temporal que causou 1,4 mil milhões de euros de prejuízo, cujas enxurradas de pedras e lamas atingiram várias áreas comerciais no Funchal e na Ribeira Brava.
"No âmbito de um projecto de cooperação entre o Ministério da Economia e o Governo Regional, através do IDE, foi criada uma linha de apoio à recuperação do tecido empresarial da Região Autónoma da Madeira", explicou o presidente do IDE.
Os empresários e comerciantes, com "uma mera declaração de compromisso junto da banca", revela Jorge Faria, podem solicitar apoios para recuperação das respectivas empresas e negócios até ao valor de 75 mil euros, dos quais 80% estão assegurados pela Sociedade de Garantia Mútua.
Para isso, adianta o presidente do IDE, "os interessados têm seis meses para o fazer".
"Aqui, pelo IDE, já passaram mais de duas centenas de [pedidos de] empresas", disse.
"Aquilo que se pretende é reactivar a actividade comercial e todo o sector terciário e secundário da nossa economia, que rapidamente os postos de trabalho sejam garantidos e que a cidade fique uma cidade dinâmica e pujante como nós tínhamos e não uma cidade fantasma que isso é aquilo que nós não queremos", realçou.
"O nosso objectivo é que as empresas tenham os meios financeiros para rapidamente poderem reactivar a sua actividade", concluiu.
As fortes e contínuas chuvas do temporal de 20 de Fevereiro, cujas águas revoltas desceram das montanhas para o litoral levando e invadindo tudo quanto não resistiu à sua fúria, provocou 43 mortos, oito desaparecidos e milhares de euros de prejuízos em infraestruturas públicas e privadas.
Lusa
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Estes apoios do Governo da República são fundamentais para que o tecido empresarial garanta os empregos e dinamize a economia da nossa Região.
Mas para quando o apoio efectivo para as famílias que perderam as suas casas, os seus terrenos agrícolas, os seus carros, em suma, que perderam, os seus bens.
Estas pessoas continuam a aguardar que alguém lhes diga alguma coisa de concreto. E, até agora, nada.

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